VIRADA DE CAMPEÃO! SERÁ?

Endrick brilha, Palmeiras obtém vitória histórica no Rio e “botafogo” no Brasileirão

WEVERTON – ÓTIMO
NOTA 7

Pode um goleiro levar três gols e ainda receber a nota e a avaliação acima? Pode, desde que ele não tenha culpa alguma nas bolas que morreram no fundo de sua rede e, principalmente, tenha defendido um pênalti aos 37 minutos do segundo tempo que resultaria não apenas em nossa derrota mas, também, numa goleada de 4 a 1.

GUSTAVO GÓMEZ – MUITO BOM
NOTA 6,5 

Se no primeiro tempo foi mais um a fracassar com o time, na etapa final destacou-se por jogar, na prática, como lateral-direito, aparecendo diversas vezes no campo de ataque. E, para melhorar, ainda deu o toque de cabeça para Flaco López empatar o jogo.

LUAN – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Cometeu alguns erros na etapa inicial, nada com o que já não estejamos acostumados a ver. Na etapa final, como o Botafogo/RJ prtaicamente não atacou, teve vida mais fácil.

MURILO – MUITO  BOM
NOTA 6,5

Além de anular completamente o principal jogador deste Brasileirão – Tiquinho Soares -, ainda utilizou-se de sua competência ofensiva para marcar o gol desta histórica vitória. 

MAYKE – REGULAR
NOTA 5

Hoje não gostei. No primeiro tempo, foi uma verdadeira avenida para as jogadas botafoguenses e, na etapa final, também não conseguiu produzir nada muito melhor.

ZÉ RAFAEL – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5 

Outro que nesta noite ficou devendo. Não marcou absolutamente ninguém nos 45 minutos iniciais. Na etapa final, mas livre para poiar, melhorou um pouquinho, mas não cortou a bola que passou à sua frente no lance que culminou no penal cometido por Rony.

RICHARD RÍOS – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Se fosse analisá-lo apenas pelo lateral que cobrou e que iniciou a jogada do terceiro gol dos caras, receberia nota “zero” e avaliação “vergonhosa”. Mas como minha análise abrange todo o jogo, reconheço que após o intervalo foi importante na condução de bola da nossa intermediária ao ataque. 

RAPHAEL VEIGA – BOM
NOTA 6

Muito bem marcado, destacou-se mais nas bolas paradas. Quase fez um lindo gol de falta no fim do primeiro tempo.

 

PIQUEREZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Outro que deu espaços demais na etapa inicial. Já no segundo tempo, com a pressão que exercemos, foi figura constante no apoio, mas errou quase todos os cruzamentos que fez.

 

ENDRICK – EXCELENTE
NOTA 8,5

Foi o único jogador do Palmeiras que conseguiu um certo destaque nos primeiros 45 minutos, pois lutou do primeiro ao último minuto. Mas assim que voltamos do intervalo, transformou-se no melhor jogador em campo. Além dos dois lindos gols que marcou, foi de seus pés que saiu o cruzamento para Gustavo Gómez tocar de cabeça para Flaco Lópes empatar a partida. Hoje viveu, sem dúvida, a melhor noite de sua carreira desder que chegou ao time principal. De quebra, como atingiu 10 gols na temporada, garantiu ao clube mais 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 13.125.000) a serem pagos pelo Real Madrid/ESP. 

BRENO LOPES – REGULAR
NOTA 5

Esteve tão sumido em campo que mal se notava que ele nele estava. Só apareceu quando marcou um gol em impedimento e também no lance que culminou na expulsão (injusta, por sinal) de Adryelson.

ABEL FERREIRA – ÓTIMO
NOTA 7,5

Meus amigos.

Se eu lhe disser que o Palmeiras jogou mal no primeiro tempo, estarei mentindo. Isso porque o Palmeiras sequer jogou no primeiro tempo. Por sinal, assim que a etapa inicial acabou, dei graças a Deus pelo placar apontar apenas 3 a 0 para o Botafogo/RJ, pois se os caras tivessem feito pelo menos mais dois gols (um em que a bola se chocou ao travessão e outro que eles perderam já com a meta totalmente aberta) nenhum de nós poderia reclamar.

Torna-se muito difícil explicar, mesmo para aqueles que há mais de três décadas e meia militam no Jornalismo Esportivo (caso específico deste jornalista), os motivos que levaram o Verdão a simplesmente inexistir nos 45 minutos iniciais. A única explicação que encontro é que não esperávamos um adversário com tamanho ímpeto em busca da vitória, resultado que o deixaria ainda mais perto do título deste Brasileirão. O volume imposto pelo time carioca, aliado a uma apoplexia geral de nosso setor de marcação, ocasionou uma ausência total de nossa parte. A única vez em que aparecemos no gramado do Nílton Santos foi quando Raphael Veiga cobrou uma falta que só não se transformou em gol graças a uma grande defesa de Lucas Perri.

Confesso a vocês que fiquei boquiaberto quando o Palmeiras voltou com a mesma equipe para a etapa final. Nenhuma mudança com 3 a 0 contra no placar? Esse português, pensei eu, deve estar louco. Em seu lugar, teria sacado Mayke e colocado Marcos Rocha, para por fim à avenida em nosso setor de marcação pela direita, Fabinho no lugar de Richard Ríos para fechar mais o nosso meio-campo e Rony na vaga de Breno Lopes, figura meramente decorativa até então.

Mas Abel Ferreira confiou nos jogadores que escolhera para iniciar a partida e, assim, fez apenas uma alteração tática – colocou Luan como primeiro volante, a fim de ter mais um homem para iniciar as jogadas. Com isso, desafogou Ríos e Zé Rafael se tornou mais um meia do que um volante. Isso, aliado ao gol de Endrick logo aos 4 minutos, fez com que o Botafogo/RJ sentisse que o jogo, a partir de então, seria outro. E como tem ciência de que, embora à frente na classificação, tem um time inferior ao nosso, foi cedendo cada vez mais espaços, deixando claro que o resultado final seria bem diferente do que o obtivera até então.

Claro que a expulsão de Adryelson, um erro que o VAR induziu o árbitro a cometer, ajudou nosso time a virar o jogo – afinal, se já éramos bem superiores no “11 contra 11″, ainda mais o seríamos com um homem a mais. De qualquer forma, ele poderiam ter “matado” o jogo se convertessem o pênalti, pois chegariam aos 4 a 1. Como erraram, pagaram caro e perderam uma partida que estava mais do que ganha. Mesmo assim, não vou iludi-los dizendo que a partir de agora somos favoritos à conquista da taça, até porque o Botafogo/RJ segue três pontos à nossa frente e tem um jogo a mais para disputar. Além disso, não somos os únicos perseguidores do líder momentâneo da competição – outros há: uns mais, outros menos, mas há. 

Mas de que esta virada foi digna de um grande campeão, ninguém pode discordar. 

RONY – REGULAR
NOTA 5

Entrou para aumentar nosso poder ofensivo, pois então perdíamos por 3 a 1. Mas não foi bem no ataque e, ao perder uma bola no meio-campo, voltou para tentar consertar o erro e acabou cometendo, sim, o pênalti em Tiquinho Soares.

FLACO LÓPEZ – BOM
NOTA 6 

Sua entrada foi uma ousadia de Abel, pois substituiu um zagueiro. Mal tocou na bola, mas quando o fez marcou, de cabeça, o gol do nosso empate.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

6 Responses to VIRADA DE CAMPEÃO! SERÁ?

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica nesta virada histórica, com certeza em jogo que estávamos perdendo no primeiro tempo.

    Valeu Palmeiras pela raça do segundo tempo, difícil, mais estamos na briga pelo Título.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Muito obrigado pelo elogio.

      De fato, nossas chances de título ainda são pequenas, não apenas em razão da distância em relação ao BFFR mas também porque há outros clubes nesta briga.

      Mas que depois de uma virada como esta a gente tem todo o direito de sonhar, ninguém discute.

      Abs.

  2. Bom dia, Márcio.

    Claro que os jogadores tiveram um mérito enorme na vitória de ontem, mas quero aqui destacar a inteligência do Abel.

    Qualquer outro técnico teria voltado para o segundo tempo com cinco substituições, provocando um desânimo geral em quem tivesse atuado no primeiro tempo. De maneira surpreendente, ele manteve o time e – como você pontuou acima – alterou a formação dentro de campo, depois de dar dado uma injeção de ânimo no vestiário.

    Um exemplo de liderança, conhecimento de equipe e motivação.

    Abel foi “o cara” deste jogo e lhe digo uma coisa: mesmo que o Palmeiras não seja bicampeão brasileiro, me sinto honrado em ser palmeirense só pelo resultado dessa partida.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Qualquer outro técnico teria, sim, mexido no time – e eu também, como frisei no texto.

      Mas Abel não o fez e conseguiu, com isso, reverter uma situação que parecia irreversível.

      Mas se tivéssemos perdido de 4 a 1, por exemplo, hoje todo mundo o estaria criticando absurdamente.

      Por fim, compartilho de sua opinião: ontem, tive um orgulho gigantesco de ser palmeirense.

      Abs.

  3. Caro Trevisan. Na expulsão do zagueiro deles, o Breno tinha ganhado a jogada e ficaria dois do Palmeiras (Breno e Veiga) contra o goleiro deles; o zagueiro percebeu e puxou a camisa do Breno. No meu entender, tinha que expulsar sim, o cara trocou o gol pela expulsão. No pênalti para os caras, o Rony toca a bola e o tal Tikinho se joga sobre o Rony, pênalti mandrake. E o resultado foi bom para o Bostinha aprender: time pequeno quando tem a chance tem que matar o jogo se não toma a virada mesmo. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Respeito sua opinião e, aliás, vários jornalistas disseram a mesma coisa sobre ambos os lances.

      No caso da expulsão, não consegui ver a situação clara de gol, já que Breno Lopes apenas iniciava a diagonal – daí o mais correto, em minha opinião, teria sido o cartão amarelo.

      Já no pênalti, Rony de fato toca da bola primeiro, mas muito fraco, e ela mal sai do lugar. Em seguida, ele levanta levemente a perna e Tiquinho, que não é burro, se aproveita disso.

      Mas, como disse, ambos os lances são interpretativos.

      Abs.

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