FOI MAL, “CHIQUI”…

Palmeiras acorda no 2º tempo, goleia Cerro Porteño/PAR e praticamente garante vaga na Liberta

Meus amigos.

Dentre os 1.604 jogadores que vestiram a camisa do time principal do Palmeiras pela primeira vez, um dos que mais respeito merece é o paraguaio Arce. Com 241 partidas disputadas pelo Verdão, é o estrangeiro a mais vezes ter defendido o nosso clube, ao lado do chileno Valdivia. Além disso, foi o autor de 57 gols, inúmeras assistências diretas e, também, levantou quatro títulos, com destaque para o da Copa Libertadores da América de 1999. E nem mesmo o fato de nos ter abandonado quando caímos para a Série B, no fim de 2002, ofusca sua brilhante passagem pelo maior campeão do Brasil.

Só que o tempo passou, a vida seguiu e, agora, eis que Palmeiras e Arce, também conhecido como “Chiqui”, novamente se encontraram, desta vez em lado opostos. Por isso, foi impossível assistir ao jogo desta noite, em Assunción/PAR, e não se emocionar ao ver ao lado do gramado a figura, hoje já levemente envelhecida e bem mais rechonchuda, do craque com quem tive o prazer de trabalhar em meus tempos de Assessoria de Imprensa do alviverde.

Aliás, após o futebol que o Palmeiras não jogou nos primeiros 45 minutos, cheguei a acreditar que até mesmo os nossos jogadores estavam respeitando demais este que, sem dúvida alguma, foi um dos principais nomes de toda a nossa história. Mesmo reconhecendo que a partida acontecia fora de casa e que, por isso mesmo, um empate não seria um resultado tão ruim assim, a verdade é que a diferença técnica entre ambas as equipes era gritante – afinal, enfrentavam-se o melhor dentre todos os primeiros e o pior dentre todos os segundos colocados da Primeira Fase da Copa Libertadores da América. Daí não ter entendido a mudança da forma de jogo do nosso time, a qual nem mesmo a forte marcação paraguaia pôde explicar em tamanha quantidade.

Parecia-me claro que bastaria um pouco, apenas um pouco de ousadia , preferencialmente nos minutos iniciais da etapa final, para que chegássemos não só ao gol mas também à vitória. Não deu outra: depois de retornar dos vestiários, o Verdão voltou a ser o vem sendo nos últimos anos, impôs seu futebol ao frágil adversário e, com todos os méritos, chegou não só à goelada por 3 a 0 mas, sejamos honestos, também às quartas de final da competição, pois pensar numa derrota palmeirense por quatro gols de diferença dentro da Arena Palestra Itália na semana que vem beira não só o absurdo, mas também ao brutal desconhecimento do que é o futebol.

Por tudo isso, espero que você, Arce, nos perdoe. Foi mal, “Chiqui”.

O MELHOR: RONY
Ótimo – Nota 7

Vive a melhora fase de sua carreira mesmo sem ter a qualidade técnica que todos nós esperamos de alguém que vista a camisa do Palmeiras. Hoje, mais uma vez, fez dois gols de centroavante (aliás, chegou aos 39 no Verdão e já está entre os 74 maiores artilheiros da nossa história). E nem centroavante é.
 

MERECE ELOGIOS: PIQUEREZ
Ótimo – Nota 7

Reconhecidamente muito limitado, hoje parece ter acordado com algo a mais. Foi muito bem defensivamente e, o que é mais incrível, também ofensivamente. Bem que poderia repetir atuações como esta em todas as partidas…


PALMAS PRA ELE: MURILO
Muito Bom – Nota 6,5

Um jogador que faz 6 gols em 32 jogos não pode, nem de longe, ser criticado. Mas se este jogador é um zagueiro, então é merecedor de todos os elogios. Ninguém atinge esta marca por acaso – se Murilo vira e mexe balança as redes, é porque sabe se colocar muito bem em lances de bola parada na área adversária. Se continuar assim, não demora muito e pode ultrapassar o inesquecível Luís Pereira, zagueiro que mais vezes marcou pelo Verdão – afinal, só lhe faltam 29 gols.

 

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:

Abel Ferreira – Muito Bom: nota 6,5
Gustavo Gómez, Raphael Veiga, Dudu e Gustavo Scarpa – Bom: nota 6
Danilo e Gabriel Menino – Satisfatório: nota 5,5
Weverton, Marcos Rocha, Zé Rafael, Wesley e Gabriel Veron – Regular: nota 5
Luan e Rafael Navarro – Sem Avaliação: sem nota

FOTOS: CÉSAR GRECO /AG. PALMEIRAS

8 Responses to FOI MAL, “CHIQUI”…

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, com todo o respeito ao Arce pois sempre admirei e foi exemplo quando atuou no Palmeiras, mais valeu pela vitória elástica e ao esforçado Rony.

    Agora no próximo sábado com casa cheia é manter o foco.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      No próximo sábado temos que manter o foco e atuar com a equipe titular, pois é imprescindível que vençamos.

      Agora, na quarta, pode entrar até com o sub-17 que não leva de 4 a 0 dos paraguaios, de jeito nenhum.

      Abs.

  2. Murilo é melhor centroavante do que o Navarro. E, o tal Navarro talvez seja até um bom zagueiro pq como centroavante é um cabeção de bagre.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Fernando.

      Navarro está em dívida e será emprestado, se não no meio deste ano, com certeza no final de 2022. O Objetivo é que ganhe experiência – tem apenas 21 anos – e volte mais “cascudo”. O mesmo foi feito com Raphael Veiga.

      Abs.

  3. Leonardo Madureira

    Bom dia Márcio. E o melhor do Murilo é que conseguiu por no banco o Luan. Nada contra nosso simpático zagueiro, mas parece que ele sempre tem uma atração por falhas em partidas que deveriam ser infalíveis.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Léo.

      Além das falhas, tem um azar descomunal.

      Por exemplo: na final do Mundial/2022, a bola poderia ter batido na mão de qualquer um, mas bateu na mão dele.

      Abs.

  4. Gustavo Cantieri

    Bom dia, Márcio. Há uns 10 anos o pai do Marcelo Moreno deu aquela declaração infeliz dizendo que o Palmeiras era um time de fracassados.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Gustavo.

      Foi no começo de 2013, quando o Palmeiras acertou a troca do centroavante Barcos por cinco jogadores do Grêmio/RS (Leandro, Vílson, Rondinelli, Léo Gago e Marcelo Moreno).

      O vagabundo do pai do centroavante, Mauro Martins Moreno, disse que seu filho não iria jogar em times fracassados, como Palmeiras e Flamengo/RJ, e vetou a vinda do jogador. A equipe gaúcha, então, prometeu compensar o Verdão com uma quantia em dinheiro, mas até hoje não o fez.

      O idiota que gerou o camisa 9 boliviano morreu há pouco, em 22 de abril deste ano, vítima de câncer no fígado.

      Abs.

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