Verdão tem desempenho superior ao do líder nas últimas rodadas
Um campeonato de pontos corridos e com 38 rodadas não se ganha após o primeiro, o 10º ou mesmo o 30º jogo. Ganha-se rodada a rodada, somando o maior número de pontos possíveis e, caso não se esteja na liderança, diminuindo ao máximo possível e no menor tempo possível e distância para o líder.
E é exatamente isso o que o Palmeiras vem fazendo neste Brasileirão. O Verdão venceu quatro e empatou uma das últimas cinco partidas que disputou pelo torneio, enquanto o time que no momento ocupa a primeira colocação empatou três e venceu apenas duas partidas. Em outras palavras (ou melhor, em outros números): enquanto somamos 13 dos 15 pontos em jogo, “eles” ganharam somente 9. Aos poucos, estamos colocando fogo no campeonato.
Obviamente, a diferença entre ambas as equipes é ainda muito grande (12 pontos), mas nem em sonho é impossível de ser tirada – até porque, vale lembrar, ainda teremos um confronto direto no returno. E se ambas as equipes mantiverem este índice de aproveitamento nos próximos cinco compromissos, ao final da 23ª rodada (ou a quarta do returno, se preferirem), eles somarão 53 pontos e nós, então, já teremos 45. Ou seja: a diferença terá diminuído em 50%, e ainda faltarão 15 partidas pela frente.
Todas estas informações, claro, são baseadas em números e cálculos matemáticos, mas só puderam ser veiculadas graças a mais uma importante vitória do Palmeiras. Aliás, importante e merecida, pois com exceção dos primeiros 15 minutos da etapa inicial, quando de fato o Botafogo/RJ foi melhor, o Verdão mandou em campo de forma tranquila e soberana. Não que tenha sido uma atuação de gala – longe disso, até. Mas, mesmo com alguns desfalques, mostramos de novo a força do elenco e, principalmente, um futebol com muito mais pontos positivos. Um destes tem nome: Deyverson.
Palmeiras tem mostrado que ainda pode sonhar com o título deste Brasileirão
Ele não viveu uma noite especial, não jogou uma bola de encher os olhos – na verdade, até perdeu duas ótimas chances, uma em cada tempo – na primeira, tocou muito fraco na bola após cruzamento de Keno e permitiu uma grande defesa do grande goleiro Gatito Fernandez; na segunda, não soube aproveitar um erro do camisa 1 botafoguense, demorou demais para concluir e permitiu que um zagueiro lhe impedisse o chute. Mas o novo centroavante palmeirense, embora não muito técnico (na verdade, é até meio caneleiro), tem algumas qualidades elogiáveis: entrega-se por completo em cada partida, não espera bola no pés, pois flutua em todos os setores do ataque e, principalmente, não se abate após um erro. Graças a esta última, conseguiu marcar o gol da vitória e sair de campo como herói.
O Palmeiras, no entanto, não foi apenas Deyverson. Egídio, que começou mal, errando dois lances, recuperou-se bem e, sobretudo no apoio, conseguiu se destacar. O mesmo vale para Thiago Santos, que fechou bem a entrada da nossa zaga e permitiu que Bruno Henrique fizesse a função de segundo volante sem ter de se preocupar tanto com a marcação. Estes dois jogadores, aliados ao sempre seguro Jaílson, compensaram atuações apagadas de jogadores que, normalmente, se destacam, como Róger Guedes e Dudu que, hoje, estiveram bem abaixo do que podem jogar.
Cabe destacar também a atuação de Cuca. Nosso treinador foi ousado (sem nenhuma alusão a seu mais recente desafeto) ao mandar a campo uma equipe bastante ofensiva em uma partida fora de casa. E, se tivesse alterado o esquema do 4-3-3 para o 4-4-2 com um pouco mais de antecedência do que apenas aos 17 da etapa final, quando sacou Keno e colocou em campo Raphael Veiga, poderia ter ajudado nosso time a vencer com um pouco mais de folga. Depois, acertou em cheio ao troca Bruno Henrique e Róger Guedes por Zé Roberto e Borja, pois desta forma fez com que a equipe tivesse uma melhor saída pelo lado esquerdo (e em qual setor começou o gol da vitória?) e também testou uma formação com dois centroavantes.
Por fim, como dizem que quem avisa, amigo é, talvez seja a hora de o atual líder do Brasileirão dar uma olhada pelo retrovisor.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
JAÍLSON – 6
BOM
MAIKE – 5
REGULAR
JUNINHO – 5,5
SATISFATÓRIO
LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO
EGÍDIO – 6
BOM
BRUNO HENRIQUE – 6
BOM
THIAGO SANTOS – 6
BOM
DUDU – 5,5
SATISFATÓRIO
RÓGER GUEDES – 4,5
RUIM
DEYVERSON – 6
BOM
KENO – 4,5
RUIM
CUCA – 6,5
MUITO BOM
RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO
ZÉ ROBERTO – 5
REGULAR
BORJA – 4,5
RUIM
FOTOS: CÉSAR GRECO / AG. PALMEIRAS
04/08/2017 at 3:04
O problema é que eles estão com um ótimo entrosamento, e com muita sorte. Ficarão por duas semanas sem jogos, porque a Chapecoense tem um compromisso com o Barcelona e o jogo deles foi adiado, com essa folga , eles terão tempo de se recuperarem fisicamente, fato que seus adversários nao terão.
05/08/2017 at 15:41
Pois é, Manara: parece que tudo converge em prol dos caras.
Impressionante!
Abs.
03/08/2017 at 21:12
Parece que o time jogou sem dois pesos: 1)Felipe Melo, 2) três campeonatos concomitantes.
Vamos atrás de ultrapassar a gambazada.
Abraços.
04/08/2017 at 0:52
Oi, Paulo.
Para ultrapassá-los não será preciso apenas uma incrível sequência de vitórias, mas também que ele percam umas três ou quatro partidas.
É possível, claro, mas não será fácil.
Abs.
03/08/2017 at 19:46
Vitória sensacional, fui dormir feliz da vida e que continue assim! Nota zero para todo mundo! abraços.
Ah só mais uma coisa:
Próximo jogo Práss está de volta! Que lástima. abraços.
04/08/2017 at 0:51
Maciel: nota zero para uma vitória sensacional?
Bom, então, quando perdermos, será 10 pra todo mundo.
Abs.
03/08/2017 at 8:58
Bom dia Márcio e amigos!
Uma coisa podemos comentar com certeza é a diferença de postura que a equipe adotou, seja com os chamados titulares ou a equipe reserva, estão mostrando personalidade e jogando pra valer, sem melindre.
O que não pode acontecer são alguns erros da defesa, como do Juninho ontem, do Luan contra os Mulambos e do Mina contra o Cruzeiro. falhas que são cruciais na partida.
Só pra variar um pouco a arbitragem quase sai protagonista do estádio, gol irregular e um lance de quase gol também em posição de impedimento. Porém esse roteiro faz parte para os assopradores de apito.
No mais vitória importante, deixando eles com aquilo na mão, rs.
Abraço a todos.
04/08/2017 at 0:50
Oi, Fagner.
Não vi falha do Juninho no lance do gol – ele tentou cortar a bola e não a alcançou.
Quem errou foi Keno, que perdeu a bola no campo de ataque e propiciou toda a jogada do Botafogo/RJ.
Abs.
03/08/2017 at 8:41
Marcio
Eu tento não perder a paciência com o Borja, mas tá dificil.
Ontem, tinha certeza que o Palmeiras marcaria no fim, e por isso, nem comemorei o gol para ficar prestando atenção no comportamento do Borja, e é evidente que o problema dele é a individualidade, não esboçou nenhuma comemoração, simplesmente pelo fato de não ter sido ele o autor do gol.
Mas no fim ainda, já nos acréscimos, quando enfrentávamos uma pequena pressão do time da casa que não queria perder,ele recebeu uma bola no meio de campo, possuindo somente um marcador a sua frente, e ao invés de tentar retardar um pouco e aguardar o apito final, quis ir pra cima e perdeu a bola, que por sua vez, voltou a rondar nossa área.
Perdi a esperança nele, e acho que a comissão técnica também.
Abs
04/08/2017 at 0:49
Rodrigo: também notei este comportamento dele na hora do gol e a perda da bola no lance que você citou.
Mas parece que problemas de relacionamento ele não tem: afinal, Foi ele quem puxou a corrente de comemoração, ainda no gramado, dando a impressão de que todos nos grupo gostam muito dele.
Abs.
03/08/2017 at 8:23
Bom dia amigos. Márcio, vc não falou nada do gol impedidásso dos caras. Outra coisa, eu queria saber porque o Dudu só arrebenta em jogos em casa? E este garoto Raphael Veiga não vejo ele fazer nada quando entra, eu queria ver o Hyoran. Abraços.
04/08/2017 at 0:47
Olá, Tadeu.
De fato: só vi que o gol fora irregular nesta quinta, mas quando fui adicionar este detalhe o site ficou fora do ar por várias horas devido a problemas técnicos na hospedagem.
Em relação ao Dudu, vc está certíssimo: é incrível a diferença de atuações que ele tem dentro e fora de casa.
Por fim, concordo contigo sobre o RV: todos querem vê-lo mais vezes em campo, mas até agora ele ainda não teve uma única atuação de encher os olhos. Hyoran poderia ser testado…
Abs.
03/08/2017 at 7:57
Os jogadores meia boca do time da av. marginal sem numero, e o técnico mais retranqueiro da historia do futebol brasileiro, depois do Milton Buzzeto do Juventos da moóca de São Paulo, venceram o Palmeiras no Allianz Parque, Grêmio em Porto Alegre, Fluminense no Rio de Janeiro e Atlético Mineiro em Minas Gerais !
Infelizmente, mas Infelizmente mesmo o campeonato esta decidido !
Concordo com todas as notas, principalmente a do Deyverson.
Apenas um pequeno comentário sobre o Borja.
Além de ele estar revoltado por ser um dos menores salários do elenco do Palmeiras, jogar com má vontade, etc. , não recebe passes de ninguém do elenco, vide ontem que o Deyverson, quando recebeu o presente do goleiro do Botafogo não passou a bola pra ele que estava melhor colocado.
Um conselho Borja:-
Faça as malas, segue teu caminho e vai ser um grande artilheiro em outro time, pois no Palmeiras você vai ser simplesmente MASSACRADO !
04/08/2017 at 0:45
Jair: decidido, não.
Mas que está encaminhado, está.
A menos que eles percam o rumo assim que perderem a primeira.
Abs.
03/08/2017 at 2:20
Ah…mas olha só o que eu já ia me esquecendo. O Borja…ah Borja…ah meu Deus…quando é que vc vai calar minha boca ??? Tá difícil hein !!!
04/08/2017 at 0:44
Pois é, Ed, mas eu me surpreendi com ele ao final do jogo.
Foi o Borja quem puxou a corrente de comemoração, ainda no gramado, e deu a impressão de que todos nos grupo gostam muito dele.
Para mim, um dos problemas dele era justamente o relacionamento, mas parece que eu estava errado.
Abs.
03/08/2017 at 2:18
Vcs já pararam pra pensar que o Jailson nunca perdeu na série A ? Gente, isso é incrível, nosso goleiro não perde hahahaha.
Faz tempo que não ficava tão feliz com um jogo como hoje. Gostei do futebol, gostei da entrega, gostei da segurança em saber que o gol da vitória era questão de tempo. Era pra ter sido assim contra o Cruzeiro não fosse a mancada do Egídio e chutar a bola em vez de passar.
Esse Deyverson, rapaz, moleque desengonçado, parece que nem sabe correr direito, mas vacilou ele bota pra dentro (alguma semelhança com Rivaldo ?).
O que desânima é a distância pro rival da Marginal sem número. Minha nossa, esses caras não vão perder não ??? Todo mundo tá abrindo as pernas pra eles.
Abraços Márcio.
04/08/2017 at 0:42
Ed – confira os números de Jaílson no Palmeiras:
Jogos: 33 (29 como titular e quatro como reserva)
Vitórias: 20
Empates: 12
Derrotas: 01
Gols Sofridos: 25 (média de 0.87 gol por jogo)
A única vez em que perdeu foi para o Grêmio/RS, em Porto Alegre/RS, pela Copa do Brasil do ano passado.
Em relação ao time “deles”, os caras parece que estão em estado de graça. Sei não, mas acho que quando perderem a primeira poderão entrar em parafuso.
Abs.