Sistema defensivo foi o ponto mais vulnerável do Verdão em 2015. Se quiser ter chances na Libertadores, time terá de arrumar a cozinha.
Vítor Hugo
Números podem até ser frios, mas dificilmente mentem. Assim, é inegável que a defesa foi o maior dos problemas que o time do Palmeiras enfrentou nesta temporada. Nem mesmo a conquista do título da Copa do Brasil, cujo mérito foi reconhecido até mesmo por santistas, conseguiu mascarar tal situação – afinal, só não perdemos a taça logo no primeiro jogo graças a erros do Santos/SP e na finalíssima propiciamos a decisão por penais por mais um erro em nossa cozinha.
Jackson
Muitos podem dizer que a contusão de Gabriel (ocorrida em 02/08) foi a causa de tantos panes aéreos e terrestres que nossos zagueiros sofreram. Será? Recorramos novamente aos números: dos 82 gols que sofreu neste ano, 52 aconteceram nos 31 jogos após o cabeça-de-área deixar a equipe ( média de 1,67 gol por partida). Contudo, enquanto Gabriel fez parte do time titular, o Verdão teve suas redes balançadas apenas 30 vezes, e em 40 jogos (média de 0.75 gol por partida). Parece-me indiscutível o poder de marcação do rapaz.
Gabriel
Só que a ausência de Gabriel pode até ser a principal causa de grande parte dos gols que sofremos, mas não é, em absoluto, a única. A indefinição quanto ao lateral esquerdo titular – Egídio começou 33 partidas, Zé Roberto outras 26, João Paulo foi o escolhido em 9 oportunidades, Victor Luís em três jogos e até o zagueiro Wellington foi improvisado uma vez – também dificultou a marcação pelo setor.
Victor Ramos
O mesmo se deu em relação à dupla de zaga que, com exceção de Vítor Hugo, começou e terminou 2015 sem que seu outro titular absoluto fosse definido. Querem uma prova? Basta analisarmos, outra vez, os números do nosso miolo defensivo: VH jogou 21 partidas ao lado de Jackson, 18 com Victor Ramos, 12 com Tobio, 5 com Leandro Almeida e uma com Wellington. Isso, claro, sem que falemos das vezes em que o carismático defensor não esteve em campo, nas quais outras seis duplas distintas foram formadas: Jackson e Victor Ramos (5), Victor Ramos e Leandro Almeida (3), Tobio e Jackson (2), Jackson e Leandro Almeida (2), Nathan e Leandro Almeida (2) e Nathan e Jackson (1).
Leandro Almeida
Com tantas indefinições, seria mesmo quase impossível que o Palmeiras não terminasse a temporada vendo 82 bolas entrarem em seu gol. E olha que, neste ponto, estivemos muito bem, graças a Deus. Fernando Prass pode ter sofrido gols demais para um goleiro da sua competência – foram 72 em 68 jogos -, mas no livrou de tantos outros que nem mesmo os tais números são capazes de lembrar. Dos outros três goleiros utilizados – Jaílson (3), Fábio (2) e Aranha (1) – pouco se pode falar, até pelo baixíssimo número de atuações (se bem que Fábio foi mal demais diante d Flamengo/RJ…).
Nathan
Como se vê, meus amigos, a diretoria tem, mesmo, de reforçar o setor (o que já vem acontecendo) e Marcelo Oliveira terá de definir os donos das posições logo nos primeiros treinamentos de 2016. Afinal, a Libertadores está aí, e se quisermos alguma coisa neste torneio teremos de arrumar, e muito bem, a nossa cozinha.
19/12/2015 at 0:47
Jackson já foi, não renovou ( acho que ele acabou formando a dupla de zaga melhorzinha do ano ao lado do VH ). Victor Ramos só pensa em beber e acho que já era também ( uma pena pois começou muito bem o ano e acho que tinha qualidade ). Um nome de peso para a defesa seria ideal pois teremos libertadores pela frente. Dedé acho que seria interessante mas fez cirurgia, não sei se ainda é o mesmo. Victor Hugo merece continuar mas de vez em quando dá uns milhos horríveis também, tem que melhorar a concentração. O que sei é que não há mais desculpas para o Marcelo Oliveira. Vai ter a oportunidade de arrumar a defesa do jeito que quiser, uma pré temporada inteira para avaliar e corrigir erros. Tem que mostrar resultado a partir do Paulista sem ficar inventando histórinha. Mas já adianto, se insistir com Leandro Almeida não merecerá mais paciência alguma da torcida.
Abraços.
13/12/2015 at 8:15
Olá Márcio.
Realmente nossa defesa foi um problema em 2015.
Você saberia dizer se o Tobio voltará em 2016 ou se ele foi em definitivo para o Boca Juniors?
13/12/2015 at 16:22
Maggio: Tobio está emprestado ao BJ até 31/07/2016 – portanto, disputará a Libertadores pelo time do seu coração.
Mas ele não vem sendo titular absoluto por lá e, assim, deverá retornar no segundo semestre de 2016.
Abs.
12/12/2015 at 13:09
Caro Marcio,
Juro que já estava com um comentário para fazer a respeito desse setor do Palmeiras. Digo também que não consigo entender como pode um diretor de futebol com conhecimento administrativo, trazer para o nosso clube um jogador como Roger Carvalho. Só para que você tenha ideia, esse jogador passou pelo Vitoria/Ba e com suas atuações conseguiu desagradar a “gregos e troianos” de uma só vez, ao passo que esse tecnico atual para naturalmente aproveitar o seu afilhado Leandro Almeida, até se indispos com o Victor Ramos, um jogador que passou também pelo Vitoria por 3 oportunidades e todas elas deixou saudades. junto a torcida com suas boas atuações.
Sinceramente, se não trouxer um “zagueirão latino” não iremos muito longe nas competições que participarmos em 2016.
Outra coisa que gostaria de dizer é a respeito do time passar o ano de 2015 inteiro jogando sem ter um meia de ligação. É por isso que a nossa zaga fica fazendo ligação direta para o ataque, e com isso fazendo esse jogo feio, até porque do 1º ao ultimo jogo do tecnico esse ano vimos um time sem padrão de jogo, o que motivou comentários de que diretores do clube orientaram o presidente a demitir o tecnico mesmo ganhando a Copa do Brasil.
Vou acompanhar de perto essas contratações, pois depois que os clubes passaram a ter diretor de futebol, os empresários estão “deitando e rolando” nos clubes e com isso ficam a vontade para colocar muito “bola-pé” nos clubes.
12/12/2015 at 15:32
Olá, Farani.
Vamos por partes:
1 – Não me lembro de Róger Carvalho, nem de sua passagem pelo SPFC. Então, não posso dizer nada a respeito.
2 – O problema de Victor Ramos não foi a chegada de Leandro Almeida, mas sim seu apego à noite.
3 – Nós temos o meia de ligação – Cleiton Xavier -, o problema é que ele parece mais adepto do DM do que do gramado.
Abs.
12/12/2015 at 12:38
Marcio, bom dia , é só ver a campanha no Brasileirão 2015 e tomarmos conhecimento de quanto temos que melhorar para 2016.
Creio que o Alexandre Mattos vai investir melhor na Zaga, e aproveitando um camisa 10.
Abraço.
12/12/2015 at 15:29
Assim espero, Alfano.
O camisa 10 já temos – CX10 -, mas é preciso saber se ele vai jogar ou só ficar no DM.
Abs.
11/12/2015 at 19:18
Marcio uma pergunta que não quer calar !
Leandro Almeida seria o PIOR zagueiro do Palmeiras no século 21 ?
12/12/2015 at 15:33
Jair: tivemos uns perebas, como Maurício Ramos, Maurício (aquele que brigou com Obina) e Leandro Amaro, por exemplo.
Mas acho que Leandro Almeida é, sim, o pior zagueiro deste século no Verdão.
Abs.
12/12/2015 at 19:48
Nesse século já tivemos algumas figuras raras formando nossa defesa…Não sei se o time de 2002 teve uma das piores defesas dos últimos 15 anos, mas passa perto!!!
Lembro de um lance em particular que hj eu dou risada mas na época me deixou louco ao ponto de eu querer invadir o gramado e sentar a porrada no cara!!!
Em 2002 em um jogo contra o Paraná (que tbm brigava para não cair) fomos goleados por 5×1!!!
Em um dos gols, o Thiago Matias (não tenho exatamente certeza se foi ele, pois já estava cego de raiva e nunca revi os lances daquela partida) deixou a bola pro atacante pq se assustou com um quero quero (ou pelo menos foi a impressão que eu tive)!!!
De qualquer forma, tivemos algumas duplas de zaga que fariam Alexandre Rosa e Edinho Baiano parecerem Deuses Supremos da grande área!!!
13/12/2015 at 16:21
Oi, Marcelo.
O jogo foi em 01/09/2012, e o lance ao qual você se refere foi o 5º gol do Paraná Clube, marcado pelo meu xará, o centroavante Márcio.
Mas a história do quero-quero é lenda: Thiago Matias foi enganado pelo quique da bola e acabou falhando feio.
Detalhe: aquele jogo marcou a estreia de Vágner Love no Palmeiras e a queda de Flávio “Teixeira” Murtosa do comando do Verdão.
Abs.
13/12/2015 at 22:42
Sim!!
Brinco com a situação do quero quero, pq bem na hora que a bola quicou ele hesitou e o pássaro voou, assustado com a correria, mas o movimento que ele fez na jogada dava a impressão dele ter ficado com medo do bicho, que aliás é bravo pra caramba!!!
Lembro que o Palmeiras veio fazer duas partidas aqui em Curitiba naquela semana, uma na Arena da Baixada e a outra no Couto Pereira e antes de saírem de SP receberam um ultimato da Mancha dizendo que ou voltavam com 4 pontos ou nem precisavam voltar…
Na época da vinda do Murtosa já diziam que seria uma ponte pra trazer o Scolari de volta, fato que obviamente era inviável dado a política do bom e barato e pela alta valorização do técnico recém Penta Campeão Mundial!!!
Esse Marcio fez 4 dos 5 gols…E mais nada no resto do tempo que atuou no Paraná!!!
A propósito, fico extremamente feliz de saber que há outras pessoas tão interessadas pela história do Palmeiras (e mesmo por fatos que nem são tão históricos, mas que não deixam de ser curiosos) a maioria dos Palmeirenses que conheço acham que sou meio louco por lembrar dessas coisas!!!
O Senhor Palmeiras é de longe meu site favorito!!!
Abraços!!!
14/12/2015 at 18:00
Olá, Marcelo.
Lembro-me muito bem destes dois jogos, pois eu era o assessor de Imprensa do Palmeiras na época.
Após levarmos a goleada do Paraná Clube, perdemos a partida seguinte para o Atlético/PR por 1 a 0.
Se você gosta de histórias do Verdão, reitero o convite para acessar o nosso site aos sábados, quando inserimos a “Nossa História” em capítulos. E já lhe adianto que, a partir da primeira semana de janeiro/16, uma nova seção histórica estreará, na quais relembrarei a trajetória de vários jogadores que passaram pelo Verdão.
Abraços e muito obrigado pelo elogio ao nosso site.
P.S.: Não sei se já lhe disse, mas adoro Curitiba/PR. Ela só não é perfeita porque não tem o Palmeiras.
19/12/2015 at 0:39
Lembrando que ao lado de Thiago Matias tinha um outro Alexandre que era horrível também. Abçs.