Se vivo estivesse, torcedor-símbolo do Palmeiras de certo morreria diante de tantos prejuízos em relação à nossa equipe.
Os palmeirenses mais antigos, assim como eu e principalmente os mais do que eu, certamente devem se lembrar de Giovanni Capallo. Mais conhecido como “João Gaveta”, este italiano se mudou ainda criança para o Brasil adotou desde pequeno o Palmeiras como time do coração. A origem de seu apelido era bem criativa: em sua opinião, o Verdão nunca perdia – era o árbitro que sempre estava na “gaveta”.
Para João Gaveta, o Palmeiras só perdia quando era roubado
Falecido já há muito tempo, aquele que foi durante toda a sua vida o torcedor-símbolo do nosso time certamente deve estar louco da vida lá no Plano Espiritual. Afinal, não agora, mas já há algum tempo, a verdade é que o Palmeiras vem sendo sistematicamente prejudicado não apenas pelas arbitragens, mas também nos órgãos da Justiça Desportiva.
São tanto os casos que fica até difícil lembrar: punição a Vágner Love quando um dos auditores lhe disse que, se suas trancinhas fossem vermelhas e pretas – e não verdes – a postura adotada seria outra, a suspensão de Valdivia ao admitir que forçou o terceiro amarelo (como se fosse o único jogador na história do futebol a assim agir), erros específicos que nos impediram títulos (com o gol de Obina anulado por Carlos Eugênio Simon – que, como comentarista, consegue ser ainda pior do que foi como árbitro), e por aí vai.
Não sou daqueles torcedores tipo João Gaveta, claro, mas eles existem por aí – e são muitos, acreditem. Nem sempre, quando perdemos, somos prejudicados – muitas vezes, aliás, caímos porque merecemos, porque fomos incompetentes, porque nossos times, nos últimos anos, têm sido ainda piores do que nossos dirigentes – e olha que isso é muito, mas muito difícil. E mais: em alguns jogos – poucos, contudo – somos até ajudados.
Mas toda esta história que contei aí em cima tem uma razão de ser. Na verdade, gostaria de avisar a você, amigo palmeirense, que até o fim da Série B a situação deverá piorar. E o motivo é muito simples: o Palmeiras já subiu, mas quanto mais tarde isso se der, matematicamente falando, melhor para o campeonato. E mesmo após carimbarmos nosso retorno, o que deverá acontecer em no máximo cinco ou seis rodadas, seguiremos sendo prejudicados: afinal, nada melhor para nossos adversários (tanto no campo quanto fora dele) que o gigante seja vencido por um pequeno emergente, certo?
Só que eu não me preocupo muito com a Série B – preocupo-me, isso sim, com o ano que vem e com todos os que ainda virão. Ou a diretoria do Palmeiras começa a se impor, a gritar, a dar um murro na mesa e a ameaçar FPF, CBF e Conmebol com medidas junto à Fifa, ou correremos o risco de nos tornarmos uma Portuguesa – não dentro de campo, claro, mas fora dele.
Com a palavra, o presidente Paulo Nobre, que vive dizendo que o nosso time tem sangue na veia, mas que ainda não mostrou, de fato, se aquele que corre nas suas é vermelho ou desbotado.
Crédito da foto acima: site Palestrinos.
20/09/2013 at 12:50
Márcio, boa tarde.
Todos esses “erros” intencionais dos árbitros me fazem
lembar da anulação do gol de Leivinha em no Campeonato paulista de 1972,
contra o São Paulo, com o Laudo Natel no banco, para pressionar.
Desde então tenho nojo da figura patética do Armando Marques.
Também tenho asco do Carlos Eugenio Simon que, para ajudar
o Fluminense a não cair, invalidou aquele gol do Obina, e o
que é pior, como se sabe continua a falar bobagens na TV,
como pseudo comentarista.
Um abraço.
20/09/2013 at 16:38
Olá, Gleimar.
Uma correção, uma curiosidade e uma informação:
1 – A correção: o jogo valeu pelo Paulistão de 1971. O SPFC jogava pelo empate, mas o gole de Leivinha aconteceu aos 22 minutos da etapa final. Ou seja: havia tmepo mais do que suficiente para virarmos o jogo e faturarmos o título.
2 – A curiosidade: Dulcídio Wanderley Boschillia, que viria a ser o maior árbitro paulista de todos os tempos, era são-paulino roxo mas, mesmo assim, validou o gol do Palmeiras. Contrariado por ter sido desmentido pelo naquele jogo bandeirinha, Armando Marques usou de toda a sua influência para impedir que o “Alemão” cjegasse ao quadro da Fifa, o que de fato acabaou acontecendo.
3 – A informação: dois anos mais tarde, nos bastidores de um programa de TV, Armando Marques reconheceu seu erro e pediu desculpas a Leivinha.
Abs.
24/09/2013 at 9:20
Marcio,bom dia.
Obrigado pelas correções e pelas informações.
Um abraço.
20/09/2013 at 12:32
Ftadeu
Concordo em gênero, número e grau com 100 % do seu comentário.
E digo mais, não vamos ser INGÊNUOS, nos BASTIDORES do futebol, o que realmente valem são “VERDINHAS”.
20/09/2013 at 8:26
A Globo colocou no seu site os clubes mais “favorecidos” com erros de anulação de gol ou jogadas de impedimentos, adivinhem quem é líder neste quesito: Claro gambás fedorentos. Não preciso dizer mais nada, pois se não o STJD vai me punir, pois sou palmeirense até no sangue, que é verde. Bom final de semana a todos. PS. Wanderlei Luxemburgo não.
19/09/2013 at 21:22
Márcio,
Algumas observações sobre o tratamento e/ou o entendimento que deveria ser dado às arbitragens e aos tribunais:
O torcedor palmeirense é critico o suficiente, muitas vezes além do limite do razoável. Com essa característica não deveria ter receio para apontar os problemas com as arbitragens para não ser visto como alguém que dá desculpa por resultados. O palmeirense analisa, cobra e julga seu time e seus jogadores o suficiente para reconhecer as falhas, quando elas ocorrem.
Enfrentar os problemas extra campo em nada impede os cuidados com o time de futebol, com a resolução dos problemas técnicos e táticos do time. Onde está determinado que esses assuntos e a resolução dos problemas não podem caminhar em paralelo?
Nos últimos tempos o Palmeiras já teve prejuízos de sobra com arbitragens e tribunais. Perdeu jogos, classificações e muito dinheiro quando o time fez em campo o suficiente para conseguir os resultados. Já passou da hora de aprender a se defender e não fazer mais o papel de bobo da corte.
Lamentavelmente, estamos observando no Brasil que a mesma circunstância de jogo determina destinos diferentes dependendo da camisa envolvida. O que é penalidade para um, não era para outro. O que é impedimento para um time, não é para o adversário. Na TV apareceu a figura do comentarista de arbitragem que nada é além de uma figura contratada para moldar os fatos à realidade desejada. Coincidentemente, as interpretações na maior parte das vezes têm lados definidos e a direção palmeirense continua acreditando em casualidade.
É comum observar avaliações sobre o nível fraco das arbitragens no país. Entretanto, o nível fraco explicaria tantos erros grosseiros contra a mesma equipe, no caso o Palmeiras, objeto dos nossos comentários? É norma errar grosseiramente tanto contra um clube? A referência aqui é para erros grosseiros e não para falhas naturais de arbitragens.
O mais importante: Critica-se tantos os árbitros e auxiliares, mas antes é preciso analisar a pressão que eles sofrem e a repercussão do seu trabalho. Eles sabem que se cometerem erros contra os chamados times da “mídia” terão suas carreiras comprometidas, perderão escalas e consequentemente a remuneração por essas escalas. Ao contrário, caso errem contra o Palmeiras, por mais absurdos que sejam os erros a repercussão e as consequências serão mínimas ou mesmo nulas. Então, para qual lado irão as suas interpretações. A resposta é simples, para o lado deles, para o lado que não lhes traga problemas. Na dúvida, sempre contra a Sociedade Esportiva Geni.
20/09/2013 at 11:15
Marco,
Concordo com sua análise, porém acredito que nosso amigo Márcio destacou muito bem, quando disse que os dirigentes tem que se impor perante a CBF, veja só o ABC e o América de Natal, fizeram isso ontem, botaram a boca no trombone, pelo menos saiu na mídia então a repercussão possa trazer alguns beneficios temporários para eles.
Mas veja bem, nosso verdão é grande e tem tradição, portanto creio que se nossos dirigentes seguirem o exemplo do ABC e do América a repercussão pode trazer pelo menos o ponto de equilibrio da balança.
19/09/2013 at 19:21
Eu já penso em teoria da conspiração: enquanto tem dinheiro sustentando o sistema o time está lá em cima, faltou grana o time vai prá baixo. Os bambis ganharam vários títulos brasileiros (2006 a 2008) sempre ganhando de 9 a 12 pontos da arbitragem. Os gambá nem se fala nada, prá mim tudo o que eles ganharam até hoje foi na base da falcatrua. Ou seja, pensando em futebol, ninguém tem sucesso só porque é bonito, tem que ser bonito e rico, senão vai ser sempre uma Lusinha.
19/09/2013 at 18:30
Prezado Marcio , não se pode deixar de mencionar o ano passado !! 2012 no começo do campeonato fomos muito prejudicados,destruíram nossa moral ,auto confiança claro que o incapaz do Tirone e o Frizzo sempre foram péssimos de bastidores, perdemos aproximadamente 9 pontos por erros de arbitragem, alem do que deixo aqui registrado também que alem dos árbitros existe sempre estrategicamente bem colocado o STJD que entra em campo para suspender , assistindo videos e replays , logico que respondendo a claros interesses extra campo.
20/09/2013 at 16:30
Olá, Marcos.
Como eu disse: são tanto os erros que a memória acaba nos falhando.
Abs.