Palmeiras domina, manda Botafogo/RJ pra casa e já é um dos oito melhores do Mundo
Meus amigos.
O título desta crônica pós-jogo, claro, é uma brincadeira. Ninguém que entenda um mínimo de futebol questiona a superioridade do atual campeão europeu em relação ao Palmeiras. Minha intenção ao escolher estas palavras foi mostrar a diferença como nosso time atuou diante de um adversário que, humildemente atuando defensivamente, conseguiu superar na fase de grupos uma equipe que lhe é bem superior em todos os aspectos.
E este me parece ser exatamente o ponto mais importante e que melhor pode explicar a vitória que obtivemos sobre o Botafogo/RJ (que, vale lembrar, é o campeão sul-americano). Ao contrário do que fez o PSG/FRA, o Verdão não subestimou a equipe carioca – ao contrário: ao impor seu estilo de jogo, anular as principais jogadas ofensivas e, com isso, dominar toda a partida, tanto no tempo normal quanto no primeiro tempo da prorrogação, nada mais fez do que reconhecer as qualidades adversárias. É aquela frase bem antiga que, vira e mexe, aparece no futebol: a melhor forma de respeitar um oponente é tentar vencê-lo por todos os meios, desde que sejam legais.
Uma contumaz prova do que escrevi acima é muito simples de ser obtida: enquanto Weverton foi um mero espectador do jogo, limitando-se a trabalhar apenas em bolas cruzadas ou oriundas de escanteios, John (Breno Lopes lhe mandou um abraço!) se tornou o melhor homem em campo, praticando duas grandes defesas e um verdadeiro milagre após cabeçada de Maurício. E olha que vencemos de forma incontestável mesmo sendo prejudicados pela arbitragem de campo e de VAR, que fingiram não ver a mão na bola de Vitinho no finalzinho da etapa inicial da prorrogação.
Agora, meus amigos, a verdade é que estamos no lucro. Fomos à Copa do Mundo com um único objetivo: chegarmos às oitavas de final. Pois não só chegamos como já nos classificamos às quartas, o que torna o Palmeiras um dos oito melhores do mundo – e isso no mínimo, pois, como sabemos, o Chelsea/ING nos é superior, sim, mas nem tanto.
Ou será que o time inglês está pensando que é o Paris San Germain/FRA?
WEVERTON: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Durante os mais de 120 minutos que durou a partida não fez uma única defesa, o que prova o quão ineficaz foi o ataque adversário.
GIAY: BOM
NOTA 6
Boa partida. Anulou completamente Savarino e Alex Telles e ainda tentou apoiar, quando possível.
GUSTAVO GÓMEZ
PÉSSIMO: NOTA 3
Simplesmente lamentável. É inadmissível a um jogador experiente e que não à toa é o capitão do time cometer os dois erros infantis – faltas desnecessárias bem longe da nossa área – que originaram o primeiro e o segundo cartão que recebeu no jogo. Tal procedimento poderia ter nos custado a vitória no fim da prorrogação.
BRUNO FUCHS: BOM
NOTA 6
Teve como missão marcar de perto Ígor Jesus, e o centroavante botafoguense – com exceção de duas cabeçadas após escanteios – pouco conseguiu construir.
PIQUEREZ: MUITO BOM
NOTA 6,5
Muito bem tanto defensiva (se bem que marcar Artur não é missão das mais difíceis) quanto ofensivamente, com ótimos cruzamentos e triangulações.
EMI MARTÍNEZ: BOM
NOTA 6
bastante seguro à frente da zaga, destacou-se principalmente nos desarmes e antecipações.
RICHARD RÍOS: BOM
NOTA 6
Foi bem nos chutes de fora da área, e num deles por pouco não marcou um golaço no fim do primeiro tempo. Mas, como sabemos, insiste em prender a bola e por isso muitas vezes a perde, deixando o time em situação delicada.
MAURÍCIO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
De fato, rende muito mais quando entra durante as partidas do que quando as começa. Hoje, atuando como “10″, foi mal no primeiro tempo e melhorou, só que apenas um pouquinho, na etapa final. Aliás, só não fez um gol de cabeça porque John (a quem Breno Lopes mandou um abraço) fez um milagre.
Melhor jogador do Palmeiras na etapa inicial, com boas e habilidosas jogadas individuais e também ajudando Giay. No segundo tempo, cansou-se e caiu muito de rendimento, sendo corretamente substituído.
VÍTOR ROQUE: REGULAR
NOTA 5
Lutou muito, como é sua característica, mas na função de comandante do nosso ataque mais uma vez deixou a desejar.
ESTÊVÃO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Deslocado para a ponta esquerda, foi mal no primeiro tempo e consideravelmente melhor no segundo. Deixou o campo quando mais rendia e, por isso, sua irritação ao ser substituído tem justificativa.
ABEL FERREIRA: BOM
NOTA 6
Nosso treinador começou muito bem, optando por Allan pela ponta direita e deslocando Estêvão à esquerda. Desta forma, criou problemas para os dois laterais botafoguenses, e não apenas a um deles. Também gostei da escalação de Maurício no meio, como um “10″, muito embora ele não tenha rendido o que eu – e certamente também o português – esperava.
Nas alterações, só não gostei de ter tirado Estêvão justamente no momento em que ele melhor jogava. Tivesse sacado antes, talvez até mesmo no intervalo, tal alteração faria mais sentido, mas a verdade é que Luighi, apesar de não ter ido mal, não melhorou nosso setor ofensivo.
Mas a principal ação de Abel Ferreira não foi técnica e nem tática, mas sim psicológica: foi ele quem fez com que nossos jogadores entendessem que, mesmo tendo pela frente o atual campeão brasileiro e sul-americano, lhes eram superiores e assim deveriam se portar em campo. E foi principalmente por isso que o Palmeiras ganhou e se classificou.
PAULINHO – MUITO BOM
NOTA 6
O cara tá meia boca, não consegue jogar mais do que 30 minutos e, mesmo assim, de novo decidiu uma partida. Tem indiscutíveis qualidades e é uma pena que, após a Copa do Mundo de Clubes, terá de se submeter à nova cirurgia.
LUIGHI – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Entrou no lugar de Estêvão e, apesar de todo o esforço, não melhorou o time.
MAYKE – REGULAR
NOTA 5
Sua experiência é importante em jogos como o de hoje, mas tecnicamente não é mais o mesmo jogador de dois ou três anos.
ANÍBAL MORENO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Entrou no início da prorrogação porque Martínez já sentia muito cansaço. E manteve o bom poder de marcação.
MICAEL – REGULAR
NOTA 5
Entrou para reforçar a marcação após a idiotice cometida por Gómez. Cumpriu o seu papel sem maiores problemas.
FACUNDO TORRES – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Sua entrada, já no fim do segundo tempo, visou impedir qualquer possibilidade de problemas pelo lado esquerdo da nossa defesa. E foi o que ele fez.
IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
29/06/2025 at 17:02
Boa tarde Trevisan! Fazia muito tempo que não escrevia. Mas gostei de mais do nosso time ontem. Mas porque ninguém fala do lance daquela mão na bola do jogador do bairro dentro da área? Quando dá um carrinho e o braço dele desvia a bola.No mais que bola que joga esse Paulinho. Que lance aquele do Bruno Fuks ele salvou o Weverton. De verdade quando saiu o chaveamento eu esperava o bairro como adversário e gostaria de ter eliminado eles.Agora vamos pra cima Porco. Se chegarmos na semifinal será um feito a ser aplaudido de pé. Grande abraço
29/06/2025 at 15:48
Boa tarde,
Parabéns Palmeiras, parabéns torcida pelo show a parte.
Vamos seguindo com toda vontade e determinação. Não vejo mais nenhum time, com todo respeito,que possa superar nossa força, dedicação e sorte de campeão.
Eu acredito! , vamos seguindo rumo ao título mundial!
Parabéns pela sua crônica Trevisan.
Abraços.
29/06/2025 at 13:00
Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica diz tudo, parabéns Palmeiras pela determinação no jogo e a classificação, agora temos para próxima partida que Acreditar e dobrar a mesma Raça apresentada.
Abraço.
29/06/2025 at 3:58
Caro amigo e tutor Márcio Trevisan. Sua crônica está perfeita. Eu acrescento por mim que o futebol brasileiro voltou ao normal. Esse nanico do futebol, o Bostinha, estava com síndrome de time grande ao fazer um grande ano de 2024. Foi como um meteoro, passou, brilhou mas não volta mais. Mas foi o suficiente para que os seus meia dúzia de torcedores se tornassem soberbos. Massacramos os caras e os mandamos pra casa, acho que está bem pago os últimos jogos contra eles. Agora daqui pra frente vai ser complicado pro Verdão mas o importante é que passamos. Avante Palmeiras.