Centroavante sai do banco e garante mais uma vitória do Palmeiras no Brasileirão

 

Meus amigos.

Sou paulistano da gema. Nasci, cresci, me criei e fiz toda a minha vida e minha carreira profissional na maior Cidade do País. Mas nunca neguei que sou caipira de pai e mãe, pois ambos nasceram na pequena e ainda hoje um tanto quanto bucólica São João da Boa Vista/SP e só após se casarem, lá em 1950, vieram tentar a sorte na Capital paulista.

Sei que, neste momento, todos vocês devem estar pensando: “E o que isso tem a ver com a vitória do Palmeiras sobre o São Paulo/SP, nesta levemente fria tarde de outono?”. É que um dos muitos ditados que o meu “Negão” e a minha “Neguinha” (era assim que os chamava, sobretudo após chegarem à Terceira Idade) sempre repetiam é o seguinte: “Depois que se abre a porteira, a boiada não para nunca de passar”.

Quando Vítor Roque fez, já aos 51 minutos do segundo tempo, o gol que manteve o nosso time na liderança do Campeonato Brasileiro, lembrei-me daquele velho ditado sempre lembrado por aquele querido velho. Afinal, depois de amargar 12 jogos sem balançar as redes pelo novo clube, o jovem centroavante desandou a marcar e neste domingo conseguiu seu terceiro gol em três jogos seguidos. E o que é ainda mais importante: novamente o fez nos últimos instantes da partida, o que prova ser ele um jogador que aproveita todos os momentos em que está em campo, mesmo que estes nem sempre sejam muitos – como vimos hoje.

Por falar nisso, este foi o primeiro erro cometido por Abel Ferreira em Barueri/SP. Entendo que a quase insana sequência de jogos e viagens não permita outra ação que não a mudança constante na equipe titular, poupando alguns em algumas partidas e outros em outras. Contudo, se dermos uma rápida olhada na tabela de jogos do Verdão, veremos que o próximo compromisso, na quinta-feira, será pela Libertadores (torneio no qual já garantimos nossa classificação – e em primeiro lugar do grupo), na Arena Palestra Itália e diante do fraquíssimo Bolívar/BOL, último colocado do nosso grupo. Ou seja: muito mais coerente seria poupar, talvez até mesmo todos os titulares, neste jogo, e não diante do São Paulo/SP, um adversário que, mesmo não vivendo seus melhores dias, é infinitamente melhor do que o representante boliviano.

A outra falha de Abel Ferreira, admito, não nos causou danos porque não perdemos o Choque-Rei (ou melhor: o “Roque-Rei”) deste domingo, mas poderia ter sido o contrário. Ele, que aos 16 da etapa final já havia diminuído de dois para um o número de marcadores em nosso meio-campo ao sacar Ríos e colocar Evangelista, foi mais além e acabou de vez com a marcação no setor ao tirar Aníbal Moreno e colocar Raphael Veiga aos 34. Mesmo com o meia atuando um pouco mais atrás, nem de longe foi um segundo volante e, por isso, nos últimos minutos do clássico vimos o adversário crescer em campo e só não abrir o placar em chute de Oscar graças a uma ótima defesa de Weverton.

À parte tais erros do nosso portuga (que foi de novo expulso mas desta vez injustamente, pois reclamou com razão do lance que originou o cartão vermelho), o fato é que mais uma vez não jogamos um futebol brilhante e não criamos muitas chances claras de gol, porém novamente vencemos um jogo – por sinal, o 11º dos últimos 12 que disputamos.

E por que não podemos continuar nesta batida? Afinal, como diziam meu pai e minha mãe, depois que a porteira se abre…   

WEVERTON: BOM
NOTA 6

GIAY: REGULAR
NOTA 5 

GUSTAVO GÓMEZ: MUITO BOM
NOTA 6,5

 

BRUNO FUCHS: RUIM
NOTA 4,5

PIQUEREZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

ANÍBAL MORENO: BOM
NOTA 6

RICHARD RÍOS: REGULAR
NOTA 5

ALLAN: BOM
NOTA 6

 

ESTÊVÃO: BOM
NOTA 6

FLACO LÓPEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

 

PAULINHO: RUIM
NOTA 4,5

 

ABEL FERREIRA: RUIM
NOTA 4,5 

FELIPE ÂNDERSON – REGULAR
NOTA 5

LUCAS EVANGELISTA – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

RAPHAEL VEIGA – REGULAR
NOTA 5

VÍTOR ROQUE – MUITO BOM
NOTA 6,5

MAURÍCIO – REGULAR
NOTA 5

 

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS