Vitória no Paraguai garante Verdão como líder de seu grupo nas oitavas da Libertadores 

Meus amigos.

Não é segredo pra ninguém que o fator emocional é fundamental para que qualquer ser humano possa exercer suas atividades profissionais e pessoais de maneira positiva. No futebol, onde a pressão é gigantesca quando se atua por uma equipe de ponta, ter uma cuca legal é primordial ao bom desempenho dentro de campo.

Justamente por isso, assustou-me muito o comportamento de Vítor Roque após ele perder o gol absolutamente imperdível que perdeu. Não que isso tenha me surpreendido, pois em primeiro lugar é algo que acontece com todo e qualquer centroavante, e também porque, na condição de palmeirense, estou acostumado com os Breno’s Lopes, com os Rony’s e com os Flaco’s da vida. O que deixou arrepiados os poucos cabelos que me restam foi o brutal e evidente nervosismo do atleta no restante na partida.

Durante todo o segundo tempo, nosso camisa 9 não acertou uma única jogada. E pior: errou passes fáceis e tomou decisões equivocadas todas as vezes. Chegou até a me lembrar de Borja que, se perdia uma chance logo no começo do jogo, acabava-se para o restante da partida – a diferença entre o atual dono da camisa 9 alviverde e o jogador colombiano é que este se escondia em campo e nem mesmo tentar jogar ousava.

Tal situação tinha tudo, absolutamente tudo para se manter e, perigosamente, comprometer futuras atuações de Vítor Roque. Mas, graças aos deuses do futebol e também a um perfeito lançamento de Paulinho, o jovem atacante do Verdão fez uma brilhante jogada aos 49 do segundo tempo e, após se livrar de dois marcadores e mais o goleiro, marcou o golaço que garantiu de vez a vitória e a classificação (e em 1º lugar do grupo) às oitavas de final da Copa Libertadores da América. E, espero, tenha garantido também um estado psicológico positivo para o homem cuja missão é transformar em gols a maior parte das chances que o Palmeiras cria em todos os jogos.

O jogo – Não há muito o que dizer sobre mais esta vitória. O Cerro Porteño/PAR, já se sabia, é um adversário bastante inferior ao nosso time. Mesmo atuando diante de seus torcedores, pouco ou quase nada fez que pudesse nos incomodar ou preocupar. Com exceção das duas bolas que parcialmente atingiram as traves, já nos últimos minutos do encontro, foi um oponente que, até sofrer o primeiro gol, pareceu estar satisfeito com o empate, um resultado que o manteria ainda mais vivo do que está agora na busca pela segunda vaga do grupo.

Nosso treinador, em minha opinião de forma correta, poupou Ríos e Piquerez deste jogo, com certeza pensando no Choque-Rei do próximo domingo, em Barueri/SP, pelo Campeonato Brasileiro. Mas ainda melhor foi Abel Ferreira nas alterações que promoveu, sacando logo no intervalo Fuchs (que não vinha bem) e Evangelista (que vinha muito bem) pelo fato de ambos já estarem “amarelados”. As entradas de Murilo e do próprio colombiano mantiveram o rendimento da equipe e, logo depois, quando colocou Mayke e Paulinho nos lugares de Allan e Facundo Torres, respectivamente, fez o time melhorar em campo.

Por fim, esta classificação antecipada como líder da chave garante algo ainda melhor: nas duas últimas partidas pelo torneio continental, ambas em casa e diante das mais fracas equipes do grupo, o portuga poderá dar um descanso para um número maior de titulares, algo que em um calendário insano como o do Brasil pode ser um diferencial importantíssimo na busca por títulos.    

WEVERTON: REGULAR
NOTA 5

GIAY: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5 

GUSTAVO GÓMEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

 

BRUNO FUCHS: RUIM
NOTA 4,5

VANDERLAN: RUIM
NOTA 4,5

 

EMI MARTÍNEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

LUCAS EVANGELISTA: MUITO BOM
NOTA 6,5

ALLAN: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

 

ESTÊVÃO: ÓTIMO
NOTA 7

VÍTOR ROQUE: REGULAR
NOTA 5

 

FACUNDO TORRES: RUIM
NOTA 4,5

 

ABEL FERREIRA: MUITO BOM
NOTA 6,5 

PAULINHO: MUITO BOM
NOTA 6,5

MURILO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

RICHARD RÍOS – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

MAYKE – BOM
NOTA 6

RAPHAEL VEIGA – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

 

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS