Derrota do Verdão foi apenas em campo. Fora dele, clube ficou ainda mais gigante. 

Meus amigos.

Podem ter certeza de que sei exatamente como cada um de vocês se sente neste momento. Perder uma partida da forma como perdemos – aos 37 minutos do segundo tempo e com um gol contra – dói bem mais do que se tivéssemos sido derrotados de forma natural, ou seja, por méritos exclusivos do adversário. É óbvio que o Chelsea/ING tem um time superior ao nosso, mas também é claro que, por muito, mas muito pouco, mesmo, não levamos o jogo para a prorrogação, na qual devido a um melhor momento físico teríamos mais chances de vencer.

De qualquer forma, dizer que o Verdão perdeu nesta sexta-feira não é bem verdade. Dentro de campo, está certo, fomos superados pela equipe inglesa, mas fora dele creio que podemos até mesmo nos considerar campeões. Nossos cofres foram recheados com uma premiação absurda; nossa torcida encantou o mundo com uma presença maciça e apaixonada; nosso clube chamou a atenção do planeta com a internacionalização de sua marca; e, por fim, tudo isso resultará em um Palmeiras ainda mais gigante do que sempre foi.

Por fim, vale lembrar que a expectativa geral era que fizéssemos, no máximo, quatro jogos nesta competição. Mas fizemos cinco e, como vimos, por pouco não faríamos pelo menos mais um. Como palmeirense, admito que não estou orgulhoso do que fizemos nos Estados Unidos, mas confesso que daqui a pouco irei dormir o sono dos justos, pois nossa equipe caiu provando a todos que poderia ter permanecido em pé – se isso não aconteceu, foi porque os deuses do futebol, que tanto já nos ajudaram, desta vez assim não quiseram.

Mas não há de ser nada: daqui a quatro anos haverá outra Copa do Mundo de Clubes e eu tenho certeza de que o Palmeiras de novo a disputará. E o motivo é muito simples:

QUEM NASCEU PARA SER REI NUNCA HÁ DE PERDER A SUA MAJESTADE

WEVERTON: BOM
NOTA 6

Sem culpa alguma nos dois gols que levou, ainda fez duas boas defesas.

GIAY: BOM
NOTA 6 

Durante o jogo foi bem defensivamente, mesmo tendo muito trabalho em seu setor. No fim, teve a infelicidade de o segundo gol dos caras ter acontecido porque a bola desviou em seu pé. 

MICAEL: MUITO RUIM
NOTA 4

Dos três reservas que jogaram hoje foi o que mais sentiu. O gol de Palmeiras foi em grande parte culpa sua.

BRUNO FUCHS: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Alterou bons e maus momentos, mas no cômputo geral não pode ser responsabilizado pela derrota.

VANDERLAN: RUIM
NOTA 4,5

É um bom rapaz, um bom profissional, mas todos sabemos que não tem futebol para ser nem mesmo reserva no Palmeiras. Hoje, foi mal na marcação e ainda perdeu uma boa chance praticamente recuando a bola de cabeça para o goleiro do Chelsea/ING.

EMI MARTÍNEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

No primeiro tempo não viu a cor da bola e permitiu que o time inglês fizesse o que quisesse em nossa intermediária defensiva. Na etapa final, melhorou bastante.

RICHARD RÍOS: MUITO BOM
NOTA 6,5

Hoje foi muito bem, sobretudo quando entendeu que precisava ajudar na marcação e ser o homem que iniciaria nossas jogadas ofensivas.

ESTÊVÃO – BOM
NOTA 6

No geral, foi uma grande decepção nesta Copa do Mundo, com atuações muito abaixo da que todos sabemos que ele pode mostrar. Mas é preciso salientar que nem sempre jogou em sua posição – como nesta noite, em que mais uma vez foi escalado no meio-campo. Mas pelo menos em seu último jogo pelo Palmeiras marcou um golaço.

 
ALLAN – RUIM
NOTA 4,5

Não repetiu as boas atuações anteriores. Perdido em campo, não criou nada ofensivamente e demorou para ser substituído.

VÍTOR ROQUE: BOM
NOTA 6

O Palmeiras demora um século para contratar um centroavante e, quando o tem, nosso treinador inventa de escalar o cara na ponta esquerda. Mesmo assim, correu e lutou muito, ajudando o time enquanto o português não cometeu a burrice de trocá-lo por Flaco López.

FACUNDO TORRES – MUITO RUIM
NOTA 4

Completamente perdido em campo. Não sabia se atacava pela esquerda ou ajudava Vanderlan na marcação. Deveria ter sido sacado já no intervalo.

ABEL FERREIRA: REGULAR
NOTA 5 

Nosso treinador já deveria ter entendido que, quando resolve inventar, geralmente se dá mal. Optar por Facundo Torres na esquerda apenas para que ele fosse um auxiliar de Vanderlan na marcação, deslocar Estêvão para o meio e permitir que o Chelsea/ING fizesse o que quisesse forma decisões que pesaram muito em nossa derrota e também em nossa eliminação nesta Copa do Mundo de clubes.

Menos mal que, muito embora devesse ter alterado a equipe já no intervalo (até porque perdíamos a partida), não demorou muito a promover as trocas, e as entradas de Paulinho e Maurício nos lugares de Facundo Torres e Allan deixaram nossa equipe muito mais consistente no aspecto ofensivo, chegando até mesmo a ser melhor em campo durante alguns minutos – poucos, é verdade, mas ainda assim, alguns minutos.

Claro que ele não perderia a chance de, mais uma vez, tirar Vítor Roque no momento em que o centroavante (então de volta à sua posição) mais rendia e colocar Flaco López, decisão que fez com que voltássemos a perder espaços e deixássemos de incomodar os marcadores adversários. Mas Abel Ferreira é assim mesmo: por vezes erra, e o pior é que parece gostar de errar.

C

PAULINHO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Não reeditou o bom futebol apresentado nas partidas anteriores, mas mesmo assim por pouco não fez aquele que seria nosso segundo gol. Pena que agora será operado novamente e desfalcará a equipe sabe-se lá até quando.

MAURÍCIO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Sua entrada deu maior qualidade ao meio-campo, o que fez crescer nossa presença ofensiva. Faltou chegar um pouco mais perto do gol para concluir.

FLACO LÓPEZ – RUIM
NOTA 4,5

Só na cabeça de Abel Ferreira que ele poderia ser mais útil do que vinha sendo Vítor Roque numa partida como esta. Não fez absolutamente nada durante os 19 minutos que jogou.

ANÍBAL MORENO – REGULAR
NOTA 5

Entrou porque Emi Martínez estava cansado e não cheirou e nem fedeu.

RAPHAEL VEIGA – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas 9 minutos, sem tempo para ser analisado.

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS