UMA VITÓRIA DE PIJAMAS

Lento (ou seria sonolento?), Palmeiras sofre para vencer a Inter de Limeira/SP na Arena Palestra Itália

Meus amigos.

Eu sei, vocês sabem, todos nós sabemos: sempre que uma nova temporada começa, os jogadores – sobretudo os das equipes que atuaram até os últimos dias do ano anterior – levam um tempo até que “peguem no tranco”. Por mais intensos que sejam os treinamentos físicos e técnicos durante a pré-temporada, a verdade é que o tempo a ela destinado é insuficiente para que o rendimento dos atletas seja ao menos satisfatórios nos primeiros jogos.

Sendo assim, é claro que eu entendo este desempenho pra lá de hesitante do Palmeiras no começo deste 2024. Se no domingo, na estreia do Paulistinha contra o Novorizontino/SP, já deixamos a vitória escapar no último minuto dos acréscimos por um falhas individuais, o mesmo aconteceu hoje, em casa, diante da Inter de Limeira/SP, e pior: de novo devido a vacilos individuais.

Mesmo assim, levar dois gols de uma equipe tão fraquinha quanto a que enfrentamos hoje não me parece algo que possa ser encarado como normal. E mais: os caras saíram na frente logo aos 3 minutos de jogo, o que já indicava uma desatenção geral, e conseguiram empatar no segundo tempo, o que provou que parte do time, senão ele todo, estava a bocejar dentro do gramado.

Se a  vitória veio com um gol aos 44 da etapa final, ela se deu por méritos de Abel Ferreira, que fez uma inteligente alteração tática aos 39 minutos: ao sacar Gómez e colocar Estevão, recuou Piquerez para a zaga, deslocou Caio Paulista para a lateral-esquerda e, mesmo com pouco tempo pela frente, tornou o time mais sólido na defesa e mais ágil no ataque. Claro que o perfeito lançamento de Rocha e a boa finalização de Rony também merecem elogios, mas a jogada só foi possível graças à ação do nosso portuga.

Por fim, amigo palmeirense, a verdade é uma só: dentro de 10 dias teremos a primeira decisão deste ano, e se quisermos faturar o bi da Supercopa do Brasil é melhor que tiremos o pijama o quanto antes.

WEVERTON – 4,5
RUIM

Não teve culpa no primeiro gol, mas só levou o segundo porque passou mal demais a bola para Gustavo Gómez.

MARCOS ROCHA – 6,5
MUITO BOM

Pode não ter brilhado, mas deu duas assistências – a segunda, por sinal, brilhante, para Rony marcar o gol da vitória.

GUSTAVO GÓMEZ – 4,5
RUIM

Já havia bobeado no gol do Novorizontino/SP, domingo passado, e hoje – apesar de induzido por Weverton – errou de novo ao perder a bola e cometer o pênalti que resultou no segundo gol do ex-palmeirense Juninho.

LUAN – 5
REGULAR

Não foi mal, mas como tem uma falta de sorte incrível foi ele quem deu condições de jogo para o gol de abertura do placar. 

PIQUEREZ – 5
REGULAR

Voltou dentro da normalidade, sem se destacar mas também sem complicar. Teve duas boas jogadas individuais.

ANÍBAL MORENO – 7
ÓTIMO

Queira Deus que este cara seja, de fato, o jogador que foi hoje. Sua atuação foi digna de aplausos, pois roubou bolas e iniciou jogadas como fazia Danilo. Foi o melhor do time, ao lado de Veiga.

 

ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO

Hoje atuou como segundo volante e não decepcionou. Mas precisará de mais alguns jogos para se readaptar à sua antiga posição.

RAPHAEL VEIGA  – 7
ÓTIMO

Começa o ano muitíssimo bem, marcando gols e criando boas jogadas de bola parada. Tomara assim permaneça enquanto vesitr nossa camisa. Ao lado de Moreno, o melhor do Palmeiras. 

LUÍS GUILHERME – 4,5
RUIM

Sei que é mais um “10″ ofensivo do que um jogador de beirada de campo, como foi escalado hoje, mas a verdade é que terá de aprender a jogar nesta posição o quanto antes. Hoje, sua atuação foi bem abaixo daquilo que todos sabemos que ele pode render.

FLACO LÓPEZ – 5
REGULAR

O bom deste rapaz é que ele busca o jogo e luta por todas as bolas, mas é incrível a quantidade de decisões erradas que toma – quando deve chutar, tenta driblar; quando o melhor é tentar o drible, opta por concluir. E assim acaba errando mais do que acertando.

BRUNO RODRIGUES – 4,5
RUIM

Teve uma chance na ponta esquerda e não foi nada bem. Para dizer a verdade, não acertou uma única jogada.

ABEL FERREIRA – 6,5
MUITO BOM

Gostei bastante do trabalho do nosso treinador nesta noite, e o fato de termos vencido não interfere nesta avaliação. Abel foi bem logo de cara, ao promover mudanças técnicas na equipe com o intuito de poder avaliar quem está mais bem preparado para a decisão do próximo dia 04/02. Depois, no decorrer da partida, promoveu mudanças sempre visando deixar a equipe mais ofensiva, tanto antes quanto após levarmos o segundo gol. Mas o português se destacou mais na parte tática, alterando o esquema tático inicial – o 4-3-3 – a partir dos 39 minutos da etapa final, quando passamos a jogar no 3-5-2. Além disso, mudou as posições de Piquerez e de Caio Paulista e, com isso, fez com que o time fosse mais impetuoso nos minutos finais – não à toa, o Palmeiras ganhou a partida.

BRENO LOPES – 4,5
RUIM

Um dia, espero, vou entender por que nosso treinador gosta tanto dele. Hoje, entrou no lugar de Luís Guilherme e fez tanto quanto ele – ou seja: nada.

CAIO PAULISTA – 5
REGULAR

Seu ponto positivo é que pode desempenhar mais de uma função. Hoje, assim que entrou foi para a ponta e a meia direitas, mas no fim do jogo passou a ser o nosso lateral-esquerdo. E, desta forma, mesmo sem se destacar ajudou na obtenção da vitória.

RONY – 6
BOM

Entrou aos 31 minutos do segundo tempo e só foi tocar na bola aos 44, quando a tocou para o fundo das redes e marcou o gol da nossa vitória. 

JHON JHON – 5
REGULAR

Sua missão era deixar o time mais ofensivo, mas se preocupou mais em ajudar Moreno na marcação, já que o argentino era o único na função àquele momento.

ESTEVÃO – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

Embora sua entrada tenha propiciado uma inteligente alteração tática, jogou apenas 11 minutos, sem tempo para ser analisado.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

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