ESTÃO RINDO DO QUÊ?

Palmeiras consegue levar virada de time que luta para não ser rebaixado

WEVERTON – BOM
NOTA 6

Soltou duas ou três bolas fáceis, mas se recuperou no final impedindo com duas ótimas defesas que nossa derrota fosse pior. 

MAYKE – RUIM
NOTA 4,5

Se não foi o único, já que outros também erraram, foi certamente o maior culpado pelo primeiro gol, já que não marcou quem apareceu às suas costas. Além disso, foi pouco efetivo no apoio.  

GUSTAVO GÓMEZ – REGULAR
NOTA 5

Deixou a incumbência da marcação em Marcos Leonardo pro cara aí de baixo, e nem assim conseguiu se destacar. Desde que não foi negociado na última janela caiu demais de produção. 

MURILO – MUITO RUIM
NOTA 4

Se levamos o segundo gol foi por responsabilidade única do indivíduo acima, que preferiu simular uma falta recebida e, pior, parar na jogada, a seguir tentando impedir o pior. Fpoi mal demais e mereceu ser substituído.

 

PIQUEREZ – BOM
NOTA 6

O único a ter uma avaliação realmente positiva em nossos defensores de linha. Marcou bem em seu setor e ainda paraceu com competência no apoio.

ZÉ RAFAEL – BOM
NOTA 6

Tenho cá minha dúvidas se o gol foi mesmo dele ou de Gabriel Menino. De qualquer forma, foi bem enquanto suas condições físicas permitiram. 

GABRIEL MENINO – REGULAR
NOTA 5

Vinha mal, mais uma vez exagerando nas tentativas de chutes de fora da área. Mas como cobrou a falta que culminou no nosso gol, consegui se livrar de nota e avaliação piores.

RAPHAEL VEIGA – RUIM
NOTA 4,5

Mais um que não joga nada há muito tempo e fica procurando desculpas para explicar o mau futebol. Hoje, pelo que não jogou, deveria ter sido substituído ainda no primeiro tempo. 

 

ENDRICK – MUITO BOM
NOTA 6,5

É verdade que caiu de produção no segundo tempo, mas na etapa inicial foi o melhor jogador em campo e só não fez um golaço porque os deuses do futebol, sabe-se lá por que, não quiseram. Pelo que o time não vem jogando e pelo que vem melhorando, merece ser titular até o fim da temporada.

RONY – REGULAR
NOTA 5

Correu pra lá, correu pra cá, errou uma jogada, se equivocou em outro lance, chutou quando deveria passar, passou quando deveria chutar. E, no fim, apesar da entrega, não criou nada que realmente prestasse. 

KEVIN – MUITO BOM
NOTA 6,5

Ao lado de Endrick, foi um tormento à defesa santista no primeiro tempo. Na etapa final pareceu estar cansado mas, ainda assim, talvez tivéssemos tido mais sorte no clássico se não tivesse sentido cãibras e sido substituído.

ABEL FERREIRA – REGULAR
NOTA 5

Meus amigos.

É verdade que ser eliminado da final da mais importante competição continental por uma equipe tecnicamente bastante inferior abala qualquer grupo.

É verdade que tal resultado causa um aumento exorbitante na já pra lá de gigantesca pressão que é defender a camisa do maior campeão brasileiro.

É verdade que devido a estes dois fatores e também à entrega em campo nos últimos jogos está mais do que evidente que o Palmeiras caiu muito fisicamente, sobretudo nas etapas finais das partidas.

É verdade que perder Dudu, nosso melhor jogador e mais importante atacante, fez com que o time ficasse capenga e, também, órfão do principal criador de nossas jogadas ofensivas – e olha que o Baixola viveu em 2023 sua pior temporada em nosso clube.

É verdade que vários jogadores importantes – e outros nem tão importantes assim – deixaram o clube no final de 2022 e no decorrer de 2023.

É verdade que a proposital inércia da diretoria na contratação de reforços, já explicada na crônica pós-jogo anterior, prova agora ser preponderante para os maus resultados que o Verdão vem obtendo. 

Porém…

Nenhuma das seis verdades acima descritas, seja individual ou mesmo coletivamente, justifica uma derrota diante de nossa torcida e para uma equipe que, além de não nos vencer havia 12 jogos e, destes, perdera nada menos do que nove, sendo oito deles consecutivos.

Da mesma forma, não justifica tomar uma virada de um time que, desde o começo do Brasileirão – e com certeza também até ao seu final – joga apenas para tentar escapar da queda para a Série B. E pior: os caras mereceram ganhar da gente, pois não têm culpa se nosso ataque parou de marcar gols e perde chances claras em todos os jogos.

Este, aliás, foi o principal ponto abordado por nosso treinador na coletiva após a vergonhosa derrota para o Santos/SP por 2 a 1 neste domingo, na Arena Barueri. Como muito bem frisou Abel Ferreira, futebol é eficácia, e o Palmeiras parece a ter perdido nos últimos tempos. Hoje, aliás, o português até que não foi mal, já que escalou muito bem a equipe titular, sacando Marcos Rocha e o horrendo Artur e colocando Kevin e Endrick, este meio que na função de um segundo centroavante pelo lado direito. Graças principalmente a ambos, o Palmeiras dominou o primeiro tempo e só não abriu uma larga vantagem no placar pelos motivos já explicados acima. Nas alterações, o nosso portuga só errou quando escolheu Flaco López e não Luís Guilherme para o lugar do contundido Kevin, mas foi muito bem no momento em que decidiu arriscar tudo e sacou um zagueiro – Murilo – para a entrada de um dos caçulas do nosso elenco.

Agora, talvez vocês acreditem que o Brasileirão deste ano já era – afinal, estamos 11 pontos atrás do líder momentâneo da competição. Mas não é bem assim: ainda faltam 12 partidas, e do mesmo jeito que perdemos as três últimas poderemos ganhar as três próximas e, assim, talvez diminuir a distância. 

Mas, admito: se não voltarmos a jogar pelo menos 50% do que podemos, realmente as chances do dodeca vir neste ano ficarão cada vez menores. 

LUÍS GUILHERME – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Entrou quando já perdíamos a partida e demorou um tempo para entender seu posicionamento e sua função. E, mesmo assim, deixou nossa equipe mais agressiva com boas jogadas individuais.

FABINHO – REGULAR
NOTA 5

Entrou apenas porque Zé Rafael sentiu cansaço. Mas como logo em seguida levamos a virada e só fomos ameaçados em contra-ataques, ficou meio que sem função em campo. 

FLACO LOPES – RUIM
NOTA 4,5

É de uma inutilidade impressionante. Raramente consegue ter uma chance clara de gol e, quando a tem, prefere tocar a um companheiro em claríssimo impedimento. Motivo? Está sem confiança porque, no fundo, sabe que não tem bola para ser jogador do Palmeiras.

JHON JHON – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Mesmo sem se destacar, foi melhor do que Raphael Veiga. Pelo menos fez um preciso lançamento que, se Endrick fosse dois centímetros mais alto, teria se convertido em nosso gol de empate.

RICHARD RÍOS – RUIM
NOTA 4,5

O cara entra, não faz nada de relevante e, para piorar, ainda força o terceiro cartão amarelo mesmo podendo voltar de sua seleção, que jogará na terça-feira no Equador, na véspera do próximo jogo. Vá entender…

 

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

4 Responses to ESTÃO RINDO DO QUÊ?

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, tem um ditado antigo no Futebol, quem não faz Toma, olha no que deu se perderam em campo no segundo tempo, agora só resta buscar vaga na próxima Libertadores, e mesmo assim vai ter que jogar muito para melhorar na Tabela.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Vou ser sincero: concordo com você.

      Neste momento, o principal objetivo do Palmeiras é terminar o Brasileirão pelo menos na 4ª colocação.

      O título é possível? Sim. Mas é provável? Não.

      Abs.

  2. Bom dia, Márcio.

    Acredito que este deve ser um dos momentos mais delicados da comissão técnica à frente do clube. Porém, serve para consolidar a máxima de que bom elenco sem bom treinador não alcança bons resultados, e vice-versa.

    Como se não bastasse a redução do elenco, quem ficou não está jogando absolutamente nada. Veiga, Rony, Zé Rafael, Menino e até mesmo Gómez e Murilo, que eram considerados não apenas zagueiros, mas zagueiros artilheiros, caíram demais de rendimento.

    O time perdeu ofensividade e poder de criação e se tornou uma equipe comum, sem atrativos. Creio que este é o maior desafio de Abel e sua equipe no comando do Palmeiras, pois terão que ressuscitar um time que parece morto.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      A ressuscitação do Palmeiras de forma completa só se dará no ano que vem e mediante duas condições: saída de jogadores que não estão satisfeitos (talvez porque não tenham aceitado vantajosas propostas financeiras) e contratação de atletas que venham para substituí-los à altura.

      O lado ruim é que, com certeza, alguns titulares de fator deixarão o time; o lado bom é que eu tenho certeza de reforços de nível serão contratados, e motivo é simples: em 2024 teremos eleição presidencial.

      Abs.

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