FÁCIL, FÁCIL. EXTREMAMENTE FÁCIL…

Sem fazer muita força, Palmeiras impõe superioridade e goleia Goiás/GO na Serrinha

Meus amigos.

Não fazia muito tempo que o Verdão não vencia por 5 a 0 atuando fora de casa. Na verdade, a última vez em que isso acontecera fora um ano atrás, quando goleamos o Independiente Petrolero/BOL na cidade boliviana de Sucre. De qualquer forma, é claro que um resultado como este, mesmo levando-se em conta todas as condições, pode e deve ser comemorado, pois além de nos manter nas primeiras colocações do Brasileirão ainda certamente fará com que a equipe ganhe ainda mais confiança para todos os desafios que terá pela frente.

As condições que citei acima, é bem verdade, foram fundamentais para que o Palmeiras goleasse por 5 a 0. A expulsão de Lucas Halter, a meu modo de ver justíssima, facilitou muito a vida do Verdão, pois se já era inferior tecnicamente tendo 11 em campo, imaginem então com um atleta a menos. Para piorar o lado deles, o cara que entrou para tapar a buraco na zaga goiana, Sidimar, marcou um gol contra e deu o passe para Raphael Veiga fazer o dele. Ou seja: se tivesse ficado no banco, possivelmente teríamos vencido apenas por 3 a 0. Por fim, e como bem lembrou o nosso português, tivemos um dia a mais para treinar e descansar, e é claro que isso faz muita diferença.

Hoje, prezado palmeirense, nossa vitória foi, como aponta o título acima, fácil, fácil… Extremamente fácil. Mas eu, você e todo mundo que entende ao menos um pouquinho de futebol sabe que quase nunca é assim. Portanto, que o Verdão siga alerta e ciente de que muitas e duras batalhas estão por vir.

Até porque não é toda hora que se tem a molezinha que tivemos em Goiânia/GO.

WEVERTON – MUITO BOM
NOTA 6,5

Soam até curiosas a nota e a avaliação dadas ao nosso goleiro nesta noite, já que ele não fez nenhuma grande defesa.  Porém, além de algumas intervenções importantes, ainda criou bons contra-ataques, como o que originou a expulsão de Lucas Halter.

MAYKE – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

No começo, teve um trabalho danado com Vinícius, aquele mesmo que defendeu o Verdão entre 2010 e 2015. Mas aos poucos foi tomando conta da situação. 

GUSTAVO GÓMEZ – BOM
NOTA 6

Mais uma vez, bem tanto pelo alto quanto nos desarmes.

LUAN – BOM
NOTA 6

Substituiu à altura o contundido Murilo, tendo uma atuação segura. Destaque maior para as antecipações. 

PIQUEREZ – ÓTIMO
NOTA 7

Para quem acha que eu pego no pé desse cara, estão aí a avaliação e a nota após o jogo de hoje. Aliás, creio que esta tenha sido sua melhor atuação desde que chegou ao Palmeiras, pois deu duas assistências diretas para dois gols e também fez o cruzamento que culminou no contra feito por Sidimar. Não sei o que ele fez para jogar o que jogou nesta noite, mas espero que continue fazendo.

ZÉ RAFAEL -  BOM
NOTA 6

Mais uma boa atuação deste polivalente jogador, sobretudo na marcação e na saída de jogo..

GABRIEL MENINO – REGULAR
NOTA 5

Parece que quando atua mais atrás, ao lado de Zé Rafael, rende menos do que quando joga mais solto e próximo ao gol. Mesmo assim, não comprometeu. 

RAFAEL VEIGA – ÓTIMO
NOTA 7,5

Cobrou o escanteio que nos deu o primeiro gol e fez, ele próprio, o terceiro. Mas não foi só isso: outra vez assumiu com galhardia a função de maestro do time.

ARTUR – BOM
NOTA 6

O gol que fez foi importante porque abriu o placar logo no começo da partida e também porque foi fruto de uma jogada ensaiada na qual ele se tornou o protagonista. Depois disso, porém, sumiu. Mas enfrenta problemas pessoais e por isso merece um desconto.

RONY – REGULAR
NOTA 5

Já há algumas partidas não vive um bom momento, sem conseguir concluir a gol. Mas pelo menos sofreu a falta que culminou na expulsão e abriu as portas para a goleada alviverde.

DUDU – ÓTIMO
NOTA 7,5

Graças a Deus que voltou a marcar, pois sua ansiedade já começava a atrapalhar algumas de suas atuações. Contudo, ainda que não tivesse feito o gol que fez, ainda assim teria se destacado, pois correu o campo todo e foi o nosso principal atacante. Um prêmio na  noite em que se tornou, ao lado do lendário volante Zequinha, o 16º jogador a mais vezes ter vestido a nossa camisa.

ABEL FERREIRA – ÓTIMO
NOTA 7

Hoje o portuga aí de cima foi bem demais – ou melhor: foi ótimo. Apesar da desgastante sequência de jogos e viagens, agiu corretamente ao não poupar nenhum titular (os dois que não jogaram, Marcos Rocha e Murilo, ficaram de fora por contusão). Além disso, ciente da superioridade técnica e física em relação ao adversário, mandou o time atacar desde o começo da partida, e o resultado foi o gol de Artur logo aos 9 minutos de jogo. Como disse na crônica pós-jogo no começo desta coluna, a expulsão do zagueiro do Goiás/GO foi essencial para que obtivéssemos uma vitória maiúscula e elástica, mas o fato é que ela também foi obtida porque em nenhum momento do jogo, nem mesmo quando já vencia por 3 ou 4 a zero, o Palmeiras deixou de atacar – e isso é mérito, sim, do treinador. Contudo, o ponto mais positivo de Abel Ferreira nesta noite foram as substituições que promoveu. Todas, sem exceção, acertadíssimas: percebendo que o árbitro não pensava duas vezes antes de “amarelar” um jogador da nossa equipe, sacou Mayke aos 20, Zé Rafael aos 26 e Raphael Veiga aos 34. Além disso, percebeu a má jornada de Rony e o trocou por Endrick rapidamente e optou corretamente por Richard Ríos para o lugar de Gabriel Menino.   

ENDRICK – BOM
NOTA 6

Parecia um pouco cabisbaixo quando foi a campo, mas assim que entrou deixou o que lhe incomodava para trás e, além de marcar mais um gol, ainda encheu a paciência dos zagueiros do Goiás/GO.

FABINHO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Este rapaz parece ter futuro. Hoje, sem ter muito a quem marcar dada a impotência adversária, aventurou-se na armação e deu bons lançamentos. FGoi de seus pés, por exemplo, que partiu a bola para Piquerez cruzar e Endrick marcar o quarto gol.

GARCIA – REGULAR
NOTA 5

Entrou porque Mayke estava pendurado com o amarelo. Não brilhou, mas também não foi mal.

JHON JHON – REGULAR
NOTA 5

Não teve muito tempo para mostrar serviço, pois entrou já aos 34 do segundo tempo. Não comprometeu.

RICHARD RÍOS – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Exerceu, como sempre, duas funções: protegeu a zaga e iniciou as saídas de bola. E deu conta do recado.

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

12 Responses to FÁCIL, FÁCIL. EXTREMAMENTE FÁCIL…

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, em pontos corridos ganhar fora de casa é ótimo, imagina com muitos Gols, bom demais e ajuda lá na frente, pois o campeonato é longo.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Vc tem razão: em um campeonato tão equilibrado quanto é e será este Brasileirão, o título pode ser decidido até mesmo no critério de saldo de gols.

      Abs.

  2. Eu acho que vc pega no pé do Piquerez no sentido de que ele é muito bom lateral, lógico que não brilha em todos os jogos, mas tá muito longe de ser um perna de pau. Contra os nossos rivais da marginal por exemplo achei que ele foi muito bem, mas a atuação ficou manchada pelo gol contra onde ele foi muito azarado. Ninguém conseguiria se manter tanto tempo como titular no time do Abel se jogasse tão mal. É que as vezes nos prendemos a referências do passado como Roberto Carlos e Junior e esperamos que façam igual. Cada um tem seu estilo. Não falo isso pra ficar batendo de frente com vc, respeito muitos suas análises caso contrário eu não viria aqui.
    Quanto ao jogo, se tornou fácil porque o Palmeiras fez ficar fácil. Já vi jogos iguais também tendo jogador expulso onde ficou mais difícil ainda fazer gol. É que o Palmeiras pressionou com muita intensidade.

    • Concordo como amigo Valter em relação ao Abel, quando ele invade áreas que já fazem parte da cultura do futebol brasileiro e até mundial. É super-normal uma torcida gritar olé quando tá ganhando e goleando um adversário. No ano passado na Arena Barueri contra o nosso maior rival ele já tinha feito isso, mandou a torcida parar quando começou a gritar olé após o jogo estar 3 x 0. Abel Ferreira viaja na maionese nesse quesito. Só vai aprender quanto tiver tomando uma goleada de alguém e a torcida adversária começar a gritar olé, aí quero ver ele mandar parar. A essência do futebol é a rivalidade e as provocações. Não é teatro.

      • Márcio Trevisan

        Ed: é como eu disse ao Valter.

        Isso faz parte da arrogância natural dos portugueses – que agem, sim, muitas vezes como se ainda estivessem nos colonizando.

        Um dia, espero ter a chance de conversar com Abel e então lhe contarei o que vi e passei quando estive em Lisboa/POR. Pode ter certeza de que ele não sentirá nem um pouco de orgulho de ser português.

        Abs.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Ed.

      Nós nos conhecemos há muito tempo, ainda que virtualmente, e por isso temos esta liberdade recíproca ao conversarmos.

      Mas vou ser sincero: nada tenho contra a pessoa do Piquerez, mas dizer que ele é “muito bom lateral” mostra o atual nível em que se encontram os laterais do futebol brasileiro. E outra: nunca levo uma análise de um jogo para outro, pois isso seria uma injustiça, e nem comparo jogadores de hoje com os do passado, pois isso seria uma covardia.

      Como eu disse, espero que ele repita atuações como esta e, se o fizer, pode ter certeza de que será elogiado cada vez mais. Porém, se for “azarado” como no lance do gol “deles” ou errar 90% dos cruzamentos que fizer numa partida, aí será criticado. Simples assim.

      Abs.

  3. Vitória espetacular !
    + 3 pontos na tabela.
    Finalmente Endrick pode jogar alguns minutos.
    Só esta faltando hoje o Fortaleza dar 1 surra nos marginais sem n° pra eles dormirem mais 1 pouco na zona do rebaixamento.
    Abcs.

  4. Bom dia, Márcio.

    Que passeio foi esse jogo contra o Goiás. A segurança demonstrada pelo Verdão foi tão grande que parecia jogo treino. E pensar que tem adversário que já jogou lá nesse Brasileirão – até bem pouco tempos atrás era rival, hoje já perdeu este posto – e perdeu de lavada.

    Gostaria de usar este nobre espaço para, mais uma vez, destacar um trecho da entrevista pós jogo do Abel.

    Agora ele acha que a torcida gritar “olé” é desrespeitar o adversário?

    Alguém precisa mostrar para ele as faixas racistas que as torcidas do Milan, Inter e Juventus expõem durante os jogos contra o Napoli, indicando que os torcedores do sul da Itália são imundos e nojentos. Destacar o racismo brutal sofrido por Vinícius Júnior em qualquer jogo da Espanha, onde ele é insultado da pior forma possível. Isso apenas para citar alguns exemplos dos inúmeros eventos deste tipo que acontecem por lá.

    Sou fã do Abel e admirador do seu trabalho, mas quando ele inventa em querer opinar sobre assuntos que vão além das suas responsabilidades, principalmente em relação a comportamento de torcedor, fico decepcionado. Sinceramente, ele não é referência para se falar sobre respeito, principalmente se considerarmos o seu histórico de cartões e expulsões.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Abel, VP, JJ, o técnico do Botafogo carioca e todos os demais portugueses têm uma arrogância natural.

      Por terem nascido em um país um pouco mais desenvolvido do que o Brasil e em um continente infinitamente mais desenvolvido do que a América do Sul acreditam que podem palpitar em tudo o que é assunto.

      Esta não foi a primeira vez que Abel tentou ensinar a torcida a torcer, e não será a última se alguém na assessoria de Imprensa não levar um papo reto com ele.

      Abs.

  5. Eita, ó nós aqui ó, primeiro a comentar (kkkkkk). Meu caro tutor Trevisan, pegamos uma molezinha, sim, mas olhando sob outro prisma, além da fragilidade do adversário não seria pq o Palmeiras fez o jogo ficar fácil ? Digo isso porque os gambá foram lá e tomaram na tarraqueta, 3 a zero.
    Uma correção, se me permite, no comentário do Weverton vc colocou que quem foi expulso foi o Sidimar. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      É claro que o Palmeiras teve todos os méritos – ninguém goleia por 5 a 0 fora de casa à toa. Mas a expulsão do Lucas Halter (e não do Sidimar, como escrevi erroneamente e você gentilmente me corrigiu), foi fundamental para que conseguíssemos um placar tão dilatado.

      Agora, outro ponto: já que você me corrigiu, também irei corrigi-lo: os gambás perderam do Goiás por 3 a 1, e não por 3 a 0 (viu, todo mundo erra – rs…).

      Grande abraço!

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