O MÍNIMO PARA ATINGIR O MÁXIMO

Mesmo magrinha, vitória praticamente garante Palmeiras como líder-geral na Libertadores

Meus amigos.

Se existia uma semelhança entre palmeirense e não palmeirenses nesta gelada noite de quarta-feira paulistana (no começo da partida os termômetros marcavam apenas 11ºC) era que ambos os tipos de torcedores acreditavam piamente em mais uma goleada do Verdão nesta Copa Libertadores da América. Afinal, mesmo tendo pela frente o “menos ruim” adversário de chave) a verdade é que o Emelec/EQU já havia tomado de três em seus domínios e, portanto, se levasse de seis diante de mais de 32 mil palmeirenses nada haveria de anormal.

Ocorre, porém, que o futebol não é uma ciência exata, e por isso o jogo de hoje acabou sendo, de longe, o mais complicado até aqui nesta Libertadores. Muito fechado, o time equatoriano conseguiu anular quase que por completo nossas jogadas pelo meio, obrigando o time a abusar dos lances pelos lados do campo, sobretudo o direito. Tal postura sempre facilita a vida de quem está mais preocupado em destruir do que em construir e, aos poucos, vai minando as força daqueles que, em campo, são os “construtores”. Tal situação, agregada ao fato de termos começado a partida com apenas seis titulares (Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Danilo, Gustavo Scarpa e Rony) dificultou muito todas as nossas tentativas de abrir o placar o quanto antes.

Foi preciso que Abel Ferreira se dispusesse de outros três destaques da equipe (Dudu, Raphael Veiga e Zé Rafael) para o que Palmeiras, enfim, conseguisse furar a retranca equatoriana e balançasse as redes, por meio de mais um gol de Danilo. Só a partir de então é que nossa equipe de fato começou a jogar um bom futebol e, claro, a perder chances, sendo a mais clara delas nos pés de Rafael Navarro. E, como o futebol e mesmo algo inexato, não fosse Weverton poderíamos ter perdido os 100% de aproveitamento que tivemos até aqui.

Por falar neles, vale lembrar que o alviverde só depende de suas próprias forças para terminar esta fase da Liberta como líder geral da competição e, desta forma, ter a vantagem de decidir sempre em casa até as semifinais – se a estas chegar, é claro. Para tanto, bastará empatar com o Deportivo Táchira/VEN, terça que vem, de novo na Arena Palestra Itália. E mesmo que consiga a “proeza” de perder, ainda assim só será superado se um ou alguns destes três – Estudiantes/ARG, River Plate/ARG e Flamengo/RJ – vencerem seus últimos compromissos.

Ou seja, meus amigos: como bem diz o título desta crônica pós-jogo, fizemos o mínimo para conseguirmos o máximo.


O MELHOR: DANILO
Ótimo – Nota 7,5

Vive a  melhor fase de sua carreira, que tanto tempo ainda tem pela frente. Além de ter feito mais um gol – o terceiro em três jogos seguidos -, Danilo foi o único e grande responsável pela marcação em nosso meio-campo até que Zé Rafael entrasse e passasse a ajudá-lo nesta função.

MERECE ELOGIOS: GABRIEL MENINO
ÓTIMO – Nota 7

Fazia tanto tempo que não tinha o prazer de escrever sobre este jovem talento nesta seção que, confesso, demorei até mesmo para encontrar a foto acima. Mas Gabriel Menino se destacou hoje com uma ótima atuação tanto no aspecto defensivo (cobrindo os avanços de Marcos Rocha) quanto no ofensivo, praticando lançamentos com muita qualidade.

PALMAS PRA ELE: GUSTAVO SCARPA
Muito Bom – Nota 6,5

Pena que não teve pernas suficientes para apresentar na etapa final o futebol que mostrou no primeiro tempo. Mesmo assim, Scarpa mais uma vez aparece por aqui porque foi o grande articulador das jogadas do nosso time, ainda que tenha atuado durante a maior parte das vezes pelo lado esquerdo do ataque.

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:

Abel Ferreira: Muito Bom – nota 6,5
Weverton, Rony e Raphael Veiga: Bom – nota 6
Rafael Navarro, Vanderlan, Zé Rafael e Dudu: Satisfatório – nota 5,5
Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Kuscevic, Jorge, Atuesta e Breno Lopes: Regular – nota 5

FOTOS:
CAPA – MARCELLO ZAMBRANA/ AGIF

               DESTAQUE – CÉSAR GRECO /AG. PALMEIRAS

6 Responses to O MÍNIMO PARA ATINGIR O MÁXIMO

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, não é fácil jogar na noite gelada que foi, valeu por mais uma vitória.

    Seja bem vindo ao novo jogador centroavante uruguaio, venha para somar e ajudar o elenco do Palmeiras.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Aí é que está o ponto: não precisamos de ninguém para somar ou ajudar – precisamos de alguém para resolver.

      Tomara seja ele.

      Abs.

  2. Caro Trevisan. Fiquei feliz em ver o Menino sendo elogiado em sua crônica. Recuperá-lo é importante para o Palmeiras. Ele sabe jogar apenas precisa por a cabeça no lugar. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Vc sabe como são as coisas: jogador de futebol famoso é lindo de morrer e tem um monte de mulher correndo atrás.

      Daí…

      Abs.

  3. Ótima vitoria.
    3 pontos Maravilhosos
    Futebol nota 5,0001
    Tomara que o novo centroavante assuma a titularidade no comando do ataque daqui a 2 meses.
    Abçs.

    • Márcio Trevisan

      Jair: sei, não.

      Quero estar errado, mas se o tal do Merentiel fosse bom, mesmo, acho que já teríamos ouvido falar mais dele.

      Além do mais, ultimamente ando muito preocupado com o “craques” uruguaios que chegam ao Palmeiras.

      Abs.

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