DEPOIS NÃO ADIANTA CHORAR

Palmeiras perde 5º ponto em casa, cai na classificação e dificulta vida no Brasileirão

Meus amigos.

Situação 1: o Campeonato Brasileiro é muito, muito longo. São, como sabemos, 38 quase infinitas rodadas até que que se conheça o campeão que, geralmente, garante a taça com uma ou, no máximo, duas rodadas de antecedência. E o que isso quer dizer? Significa que qualquer grande comemoração ou qualquer grande preocupação agora, quando foram disputadas apenas 5 partidas, são absolutamente precipitadas, pois é certo que quem agora está por cima poderá estar por baixo em pouco tempo, e vice-versa.

Situação 2: o Campeonato Brasileiro é muito, muito longo. São, como sabemos, 38 quase infinitas rodadas até que que se conheça o campeão que, todavia, em algumas vezes começa a ser definido logo de cara. E o que isso quer dizer? Significa que, como alguém certa vez bem definiu, um torneio de pontos corridos se ganha nas últimas 10 rodadas, mas pode ser perdido nas 10 primeiras.

Ambas as situações, prezado palmeirense, são verdadeiras, e por mais paradoxal que pareça podem até mesmo acontecer simultaneamente. E apesar da qualidade que o Palmeiras possui e, mais ainda, com o bom futebol que vem apresentando nesta temporada, confesso que começo a ficar um pouco preocupado com nossas chances de levantar mais um Brasileirão neste ano.

Senão, vejamos: disputamos até agora apenas 15 pontos, mas somamos somente 6 (ou míseros 40% de aproveitamento). Perdemos só um jogo, é verdade, porém em casa e para uma equipe que ficará, é certo, na parte de baixo da tabela. Ganhamos do líder momentâneo da competição na Arena Palestra Itália e conquistamos um importante ponto fora de casa contra um dos favoritos ao título, contudo empatamos fora de casa com uma das mais fracas equipes neste ano e hoje, diante de nossa torcida, não conseguimos vencer – aliás, nem merecemos vencer – um bom time, o Fluminense/RJ, que no entanto mais se defendeu do que atacou, com exceção dos primeiros minutos do segundo tempo.

Sei que as prioridades palmeirenses, sobretudo após as conquistas do Paulistinha e da Recopa Sul-Americana, são a Libertadores e a Copa do Brasil. Mas manter vivo o sonho do hendecacampeonato brasileiro é vital para que o elenco ganhe forças e ainda mais ânimo em busca do tetra da Liberta e do penta da Copa. Ou seja: se no Brasileirão não subirmos  imediatamente desta ridícula 13ª posição em que estamos no momento, todo o planejamento para o restante de 2022 poderá ficar seriamente ameaçado.

E se isso acontecer, depois não vai adiantar chorar.

O MELHOR: DUDU
Ótimo – Nota 7

Apesar de ter perdido uma chance incrível quando o jogo ainda estava empatado em 0 a 0 (se bem que, neste caso, há também de se dar os méritos ao sempre competente Fábio), Dudu foi o nosso mais perigoso e também o nosso melhor jogador na partida. Praticamente todas as jogadas ofensivas começaram ou passaram pelos seus pés, e uma das raras exceções foi justamente um cruzamento de Gustavo Scarpa que terminou com um gol… seu!

MERECE ELOGIOS: GUSTAVO SCARPA
Ótimo – Nota 6,5

Até entendo a esperança de Scarpa em sonhar com uma transferência para o futebol do exterior (se bem que, aos 28 anos, ele certamente já está fora dos radares das principais equipes europeias, o que significa dizer que interessará no máximo a times medianos ou, então, de outros centros menos desenvolvidos). Afinal, ele vem jogando o fino da bola e vive a melhor fase de sua carreira. Hoje, saiu do banco e melhorou a qualidade técnica do Verdão, tanto nas assistências quanto nas finalizações.

PALMAS PRA ELE: MARCOS ROCHA
Ótimo – Nota 6

Nosso lateral-direito, que dificilmente brilha ou se destaca com o melhor em campo, teve um bom desempenho nesta tarde de domingo. Cuidou dos avanços pelo lado esquerdo do Fluminense/RJ e apareceu bem no apoio, como é de costume.

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:

Abel Ferreira, Weverton, Murilo e Raphael Veiga: Bom – nota 6
Gustavo Gómez, Piquerez, Danilo, Zé Rafael, Rony e Mayke: Satisfatório – nota 5,5

Wesley e Rafael Navarro: Regular – nota 5
Jorge: Ruim – nota 4,5

FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS

5 Responses to DEPOIS NÃO ADIANTA CHORAR

  1. Bom dia, Márcio.

    Um pouco tarde para postar um comentário do jogo de domingo, mas vamos lá.

    Não credito o gol do Fluminense na conta dele, mas estou até agora tentando entender o que o Jorge fez no lance do gol. Ele dá um carrinho, mas encolhe a perna e deixa uma avenida para que a jogada prossiga a ponto do Cano receber a bola livre na pequena área. Creio que ele ficou com receio de dar um carrinho violento e ser expulso, mas mate a jogada, pelo amor de Deus!

    Sei que temos um bom time, um bom técnico, uma boa estrutura e que outros bons times também estão patinando, mas não gosto desse início de brasileiro. Como já disse um filósofo do futebol, a bola pune e eu não gostaria de ver o Verdão sendo punido por acreditar que uma hora as coisas se acertam.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Jorge temeu o cartão vermelho e por isso recolheu a perna na hora do lance. Ou seja: pensou primeiro nele e só depois no time, o que é gravíssimo.

      Em relação ao nosso começo de Brasileirão, não tem outro jeito: se não ganharmos no sábado a coisa ficará bem feia.

      Abs.

      P.S.: Nunca é tarde para falarmos sobre o Palmeiras, meu amigo – rs…

  2. Vixe, ó eu aqui ó, de novo a primeiro a comentar. Hehehe. Caro Trevisan, de fato o começo do nosso Verdão no Brasileirão está preocupante, afinal, todos os times parecem que estão fazendo o jogo da vida contra o Palmeiras. Mas me diga uma coisa, Wesley tirou um gol do Zé Rafael no jogo anterior e de presente ganhou a vaga de titular no jogo seguinte ? E esse tal de Jorge hem ?! Será que veio pensando em só dar miguézinho ? Se for isso ele vai cair do cavalo porque no Palmeiras de agora não tem mais lugar para esse tipo de jogador. Há uns anos atrás o Palmeiras era recheado desses caras, lembram de um tal de Lincon ? Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      O erro de Wesley na Bolívia é perdoável, por isso não me surpreendi com sua presença entre os titulares na partida seguinte. Muito mais grave foi o gol que ele perdeu no lance em que o Rony simulou o pênalti.

      Em relação ao Jorge, não sei o que acontece com esse cara. No Santos e no Flamengo/RJ ele era um craque, e aqui está realmente bem abaixo da crítica.

      Por fim, eu me lembro muito bem do Lincoln. Infelizmente.

      Abs.

      • José Aparecido da Silva

        Boa tarde a todos!

        Caro Trevisan, pensei que vc não iria comentar o lance do suposto pênalti no Roni.
        Chega a ser revoltante um jogador “profissional” ter essa atitude. Deixou de usar talvez a sua melhor qualidade que é a velocidade e fazer aquela palhaçada. Na Europa era amarelo com certeza.
        É um desrespeito com arbitragem, adversário, torcida, elenco e comissão técnica.
        E pra piorar o Wesley fumaça vai na bola com aquela “vontade” e chuta pra fora.
        Quanto ao gol do Flu, méritos para F. Diniz.
        Aproveitou que o lado esquerdo ficou enfraquecido com o morto do Jorge e colocou um jogador rápido. O cara engatou uma quinta e foi presentear o Cano.
        Quanto ao Dudu, o melhor da partida, mas não podia perder aquele gol

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