O SHOW NÃO ERA NO ALLIANZ ???

Sem muito esforço, Palmeiras goleia o time “deles”. E nem precisou jogar em casa.

Meus amigos.

Em síntese, prezado palmeirense: o resultado foi justo e nada negativo dadas as condições já explicadas. Porém, se levarmos em conta nosso momento na tabela, aí a situação muda bastante: foram, até agora, apenas dois pontos somados e sete perdidos, o que nos dá o pífio aproveitamento de 22.2%. Ou seja: para que saiamos o mais rapidamente possível de tal enrosco, o Verdão terá de vencer o quanto antes, preferencialmente já na próxima rodada“.

Sem querer dar uma de “Mãe Dinah”, o parágrafo acima (que encerrou a crônica pós-jogo do empate com o Flamengo/RJ) já previa que o Palmeiras teria de dar uma resposta imediata se quisesse melhorar sua campanha neste Brasileirão. Para a nossa alegria, a equipe entendeu da mesma forma e, ainda que não tenha sido necessário muito esforço, goleou com facilidade nosso maior rival jogando na Arena Barueri.

É preciso salientar, porém, que o portuga “deles” deu uma força ao nosso portuga. Ao optar pela preservação de importantes titulares – Fágner, Gil, Renato Augusto e Willian – devido ao compromisso da próxima terça-feira, pela Libertadores da América, Vítor Pereira deixou mais frágil a sua equipe que, cá entre nós, mesmo completa já não é grande coisa, sobretudo se for comparada à nossa. Para piorar o lado alvinegro, Cássio foi vetado já durante o aquecimento e a bucha sobrou para o jovem e ainda visivelmente não pronto Donelli. Resultado: um erro ao tentar sair com a bola nos pés e dois posicionamentos equivocados em lances de escanteio geraram o 2 a 0 para o Verdão antes mesmo dos 20 minutos de jogo.

Obviamente, não foi somente por isso que demos este que foi o 132º chute nessa bunda preta e branca. Taticamente, nossa equipe cumpriu perfeitamente o esquema montado por Abel Ferreira, que acertou principalmente ao optar por Gabriel Veron – e não por Gustavo Scarpa – na ponta esquerda. Com o jovem talento, não apenas seguramos o apoio do estreante lateral-direito Rafael como diminuímos demais os espaços por este lado do campo para o avanços corintianos. Tecnicamente, Dudu e – acreditem! – Piquerez estiveram em ótima noite e Raphael Veiga foi da mesma “mesmice” de quase sempre: ou seja, brilhante.

O talento do nosso técnico se fez notar, também, pelas variações mostradas pela equipe. O Palmeiras atacou de todas as formas possíveis (pelo meio, pelas pontas, em profundidade), encaixou de forma perfeita a marcação (e, com isso, impediu qualquer chance de reação por parte do adversário – basta verificar o que NÃO fizeram em campo os jogadores que saíram do banco “deles”) – e, por fim, só não conseguiu uma goleada por uma diferença ainda maior porque, como sabemos, não tem um centroavante e, também, o travessão impediu aquele que seria mais um golaço de Zé Rafael.

Ainda é cedo para afirmarmos que esta vitória dará ao Verdão a tranquilidade necessária para seguir somando pontos no Campeonato Brasileiro, mas acredito que será suficiente para, a partir de agora, não termos de olhar a parte de baixo da tabela de classificação para encontrarmos o nosso time.

O MELHOR: ZÉ RAFAEL
Excelente – Nota 8


Ele vive, sem dúvida alguma, a melhor fase de sua carreira desde que chegou ao Palmeiras. Hoje, Zé Rafael foi o grande nome do clássico, desarmando com precisão, iniciando jogadas ofensivas com talento e quase marcando um golaço. Que assim permaneça.

MERECE ELOGIOS: RAPHAEL VEIGA
Ótimo – Nota 7,5

Elogiar nosso meia-armador, que e como antigamente se definia um jogador com suas características, é se tornar repetitivo, já que ele vem jogando muito não de agora, mas pelo menos há mais de um ano e meio. Neste sábado, nem precisou ser tão ofensivo quanto tem sido, pois sua presença ao comandar nosso meio-campo foi fundamental para a vitória. De quebra não uma, mas várias vezes apareceu para ajudar na marcação.

PALMAS PRA ELE: PIQUEREZ
Ótimo – Nota 7

Já fui acusado por alguns de vocês de perseguir este uruguaio. Pois bem: a prova de que isso não é verdade está aqui. Hoje, ainda que tenha contado com inestimável auxílio de Gabriel Veron, Piquerez jogou sua melhor partida desde que chegou ao Palmeiras, não apenas sendo essencial nos desarmes e nas antecipações como, e isso é o mais incrível, também no apoio.

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:


Dudu e Abel Ferreira: Ótimo – nota 7
Gustavo Gómez e Rony: Muito Bom – nota 6,5
Marcos Rocha, Danilo e Gabriel Veron: Bom – nota 6
Weverton e Murilo: Satisfatório – nota 5,5
Kuscevic: Regular – nota 5
Rafael Navarro, Atuesta, Mayke e Wesley: Sem Avaliação – sem nota

 

FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS

8 Responses to O SHOW NÃO ERA NO ALLIANZ ???

  1. Boa tarde, Márcio.

    Excelente jogo e excelente vitória contra um adversário que não poderia ser melhor. Aliás, nos últimos jogos contra o Corinthians, o Palmeiras tem demonstrado uma superioridade incontestável, vencendo e convencendo.

    Dito isso,gostaria de tecer um breve comentário sobre a entrevista pós jogo do nosso querido Abel Ferreira.

    Então agora ele quer ditar o comportamento da torcida, dizendo que gritar “olé” é ofensivo aos adversários? Será ofensivo ou é porque do outro lado estava o seu compatriota português?

    Abel, vá catar coquinho! Concentre-se em treinar o time e deixe a torcida fazer o seu papel.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Já escrevi sobre a postura de Abel Ferreira e sua arrogância, seu sentimento de superioridade em relação aos brasileiros.

      Ditar o que diz ou o que faz a torcida não é nada se comparado ao que disse há algum tempo: “O Palmeiras só precisa vender uma de suas joias da base e investir o dinheiro no CT de Guarulhos”.

      Quer dizer, agora, que o empregado diz onde o patrão tem que investir sua grana?

      Na verdade, meu amigo, embora apoie o trabalho dele – e nem seria idiota de agir ao contrário -, já passou da hora de alguém do clube lhe chamar para uma conversa bem séria, sob pena de estarmos criando um monstro.

      Abs.

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito boa está vitória e olha que perdeu mais Gols, que Golaço o do Dudu merecia já a tempo.

    Agora vamos buscar a classificação na Libertadores, para depois brigarmos pela ponta do Brasileirão ou encostar no “Líder”.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Uma vitória no Equador já nos garantirá a classificação – senão matemática, ao menos moral.

      Quanto a lutar pela ponta, não é preciso pr4essa: ainda temos 33 partidas para isso.

      Abs.

  3. Fábio P. R.

    Parece que o portuga deles ainda não entendeu o que é um “parmera e curintia”, sorte que no nosso já hahaha

    • Márcio Trevisan

      Boas, Fábio.

      Pode ser bem por aí. No começo, Abel Ferreira também demorou um pouquinho para entender o que significa a rivalidade regional.

      Mas, por outro lado, o portuga deles tinha de administrar, pois na terça terá um jogo importantíssimo pela Libertadores.

      Abs.

  4. Ah como é bom ganhar dos gambás (quem tem amigo curintiano sabe). E foi um passeio. Se o Verdão não tivesse ficado com tanta dó teria enfiado uma sacolada. Bom domingo a todos Sangue VERDE.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Em minha página do Facebook, há duas frases de abertura:

      1 – Se você precisar de mi, pode contar comigo.
      2 – Ser pai é mais gostoso do que ganhar do Corinthians/SP.

      Tendo a reconsiderar a segunda frase.

      Abs.

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