A PRIMEIRA DE POUCAS

Estafado física e mentalmente, Palmeiras escapa de goleada em plena Arena Palestra Itália.

Meus amigos.

Sempre que o Palmeiras perde uma partida (algo que, ultimamente, tem sido ago não muito comum) os sentimentos que me tomam são, obviamente, negativos. Na maioria das vezes, fico triste; noutras, decepcionado; e, também, há derrotas que me deixam profundamente irritado. Hoje, porém, tenho que lhes admitir que, neste momento, um outro estado de espírito me é predominante: o alívio.

Isso mesmo: assim que o fraquíssimo e atrapalhado árbitro Caio Max Augusto Vieira/RN apitou o fim da partida, dei graças a Deus pelo placar apontar uma derrota por apenas 3 a 2 para o Ceará/CE. Não fossem um verdadeiro milagre praticado por Weverton e a falta de qualidade dos atacantes adversários, o Verdão teria perdido, no mínimo, de pelo menos 5 em plena Arena Palestra Itália. Então, a verdade é uma só: acatemos quietos este resultado e agradeçamos aos deuses do futebol por termos somente perdido um jogo, e não sendo humilhados por um time infinitamente inferior ao nosso e diante de milhares de palmeirenses.

Na verdade, esta derrota em algumas explicações, e a primeira é que o Ceará/CE surpreendeu o Palmeiras. Ciente da superioridade técnica em relação à sua equipe e da forma como o time de Abel Ferreira se impõe quando atua em casa, o experiente técnico Dorival Júnior montou um esquema forte na marcação, sim, mas rápido e corajoso nos contra-ataques. Assim, anulando Raphael Veiga e fazendo com que o melhor do seu time, Vina, fosse a pedra no sapato de Danilo e o impedisse de iniciar nossas jogadas ofensivas, o eterno sobrinho do eterno volante Olegário Toloi de Oliveira enquadrou o Verdão e o impediu de jogar.

Claro que também demos a nossa colaboração. Marcos Rocha estava fora de posição e errou o bote no lance do primeiro gol – isso após Rony mais uma vez ter perdido ótima chance logo os primeiros minutos de jogo e ainda errado o passe que deu início ao primeiro gol dos caras – e Gustavo Scarpa, que até vinha razoavelmente bem, foi o principal responsável pela terceira bola que balançou nossas redes, pois errou um passe simples no campo de ataque.

Nosso treinador foi mais um que caiu de rendimento, só que durante o jogo: primeiro, foi bem demais quando sacou Jorge, deslocou Scarpa para a lateral, passou Rony para a ponta esquerda e pôs em campo Rafael Navarro já no intervalo; mas, por outro lado, pisou na bola ao, precipitadamente e também antes do início do segundo tempo, sacar Zé Rafael, que vinha bem e ainda tinha marcado um golaço, somente por ele ter recebido um cartão amarelo. A entrada de Atuesta acabou de vez com o nosso meio-campo.

Mas é inegável que uma hora a enorme sequência de partidas decisivas e longas viagens iria pesar. Visivelmente cansado, talvez até mais psicologicamente do que fisicamente, o Verdão ainda se viu perdendo por 2 a 0 com apenas 16 minutos. Tal fato baixou ainda mais a guarda de nossos jogadores que, por serem humanos, não conseguiram reagir diante de um time muito bem postado e que, sem dúvida alguma, mereceu demais esta vitória.

Para finalizar, prezados palmeirenses, tenho duas notícias para vocês, uma boa e outra a má. A má é que, analisando tudo o que ainda terá de jogar e decidir nesta temporada, esta foi a primeira, mas não será a única derrota que o Palmeiras sofrerá no decorrer do ano. Já a boa é que o que vimos nesta tarde de sábado não será, podem ter certeza, algo corriqueiro até o fim de 2022.

O PIOR: MARCOS ROCHA
Muito Ruim – N0ta 4


Todos sabemos que a marcação não é o forte de Marcos Rocha. Mas, certamente, nesta noite ele terá pesados com o tal do Mendoza, de tanto drible que levou e de tanto que teve de correr atrás dele. Ele foi tão mal, mas tão mal, que obrigou o portuga a fazer algo que raramente faz: sacar um jogador por deficiência técnica no começa da etapa final

MERECE UM PUXÃO DE ORELHAS: RONY
Ruim – Nota 4,5


Em minha opinião, hoje ele deveria ter começado no banco, já que Rafael Navarro teve ótima atuação na Venezuela e mereceria uma dose a mais de confiança por parte de Abel Ferreira. Mas ele começou e terminou o jogo como titular, e o resultado foi uma ótima chance perdida no primeiro tempo, um erro que resultou no contra-ataque e no primeiro gol adversário e mais uma atuação muito fraca.

VAIAS PRA ELE: RAFAEL NAVARRO
 Ruim – 4,5

Como disse acima, eu o teria escalado como titular neste jogo, até para mostrar que ele merece este tipo de confiança. Porém, mesmo entrando no intervalo, Navarro teve tempo para mostrar futebol. Tive a  impressão, porém, que ele se abateu muito quando em seu primeiro lance a bola, que seria a do empate logo aos 2 minutos da etapa final, resvalou a trave esquerda e saiu. Só que um centroavante não pode baixar a cabeça porque uma jogada não deu certo, e este foi o seu principal erro nesta noite.

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:

Zé Rafael: Muito Bom – nota 6,5
Weverton e Gustavo Gómez: Bom – nota 6
Dudu, Gustavo Scarpa, Giovani e Abel Ferreira – nota 5,5
Mayke, Murilo, Jorge, Atuesta e Danilo: Regular – nota 5
Raphael Veiga: Ruim – nota 4,5

 

FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS

6 Responses to A PRIMEIRA DE POUCAS

  1. José Eduardo Berti

    Bom dia

    Será que não tem ninguem para mostrar a nossa presidenta que se não reforçarmos o elenco não iremos a lugar nenhum ou talvez para seríe B Ela tem que parar com o merchandinsing
    e colocar a mão na massa o Palmeiras é enorme

    • Márcio Trevisan

      Olá, Edu.

      Você está certo em sua reclamação. Leila vem me decepcionando neste ponto.

      O ideal seria o Pedro? Sim, seria, mas o Flamengo/RJ não quer vencer e o jogador também não se mostrou muito interessado em jogar no Verdão. Mas não é possível que não existe um camisa 9 que sirva para o Palmeiras neste mundo de meu Deus.

      Por outro lado, você está errado – e muito – quando fala em Série B. E acho que nem preciso te dizer os motivos, certo?

      Abração.

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, detesto perder ou melhor ver meu Palmeiras não jogar bem e como perde Gols.

    Está na hora de rodar o Elenco afim de dar descanso aos Titulares, muito boa sua crônica.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Obrigado, Alfano.

      Creio que nesta terça, dada a inexiste qualidade do adversário, teremos os reservas em campo. Até porque sábado o jogo será em Goiânia/GO e, por termos perdido em casa, agora teremos de vencer.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio.

    Esse jogo de ontem me fez lembrar o primeiro jogo da final contra o SPFC. Verdão muito abaixo do que normalmente joga e por razões que você já destacou: cansaços físico e mental que, em determinado momento, viriam à tona.

    Destaco, porém, algumas situações:
    1. Muitos jogadores que atuaram na partida de ontem não atuaram no jogo contra o Deportivo Tachira e foram mal demais. Dentre eles, na minha opinião, Scarpa, Danilo e Rony. Esse último, pelo amor de Deus. Tem horas que nem a entrega dele compensa a grosseria em suas finalizações;

    2. Não quero chover no molhado, mas como faz falta alguém que saiba fazer gols em nossa equipe. Navarro, Rony e outros dão arrepio, tamanha falta de competência para finalizar a gol;

    3. Eu queria saber quando o Abel vai começar a ter a “mente fria”. Se no primeiro jogo do Brasileirão, contra o Ceará, quase saímos no tapa com o banco de reservas dos caras, imagine quando vierem os clássicos;

    4. Por fim, que dó do Marcos Rocha. Se eu fosse ele teria sonhado com o Stiven Mendoza a noite inteira.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Vamos às respostas a suas colocações.

      1 – Nestes casos o cansaço não foi físico, mas psicológico. Quanto ao Rony, já sabemos do que ele é e do que ele não é capaz. Mas, vale lembrar: o cara não é um “9″.

      2 – O problema é que enquanto estivermos ganhando a pressa para a aquisição de um novo centroavante continuará pequena. Nesse ponto, a Leila está me decepcionando muito.

      3 – Pois é: falar é fácil, certo?

      4 – Não foram sonhos, meu amigo. Fora pensadelos.

      Abs.

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