CAMISA BRANCA, CALÇÃO VERDE E… GRAVATA VERMELHA.

Palmeiras “morre” no segundo tempo e leva virada do fraquinho Fluminense/RJ

Meus amigos.

Não sei se vocês repararam, mas o Palmeiras que hoje perdeu no Maracanã foi tricolor: na etapa final, jogamos de camisas brancas, calões verdes e, juntando-se a ambos, frondosas gravatas vermelhas. Afinal, depois de um primeiro tempo, senão primoroso, pelo menos razoavelmente interessante, o Verdão “apagou” na etapa final e, visivelmente sem pernas, levou merecidamente os dois gols.

Durante a coletiva pós-jogo, o técnico Abel Ferreira fez questão de salientar, diversas vezes, que o fato de ter tido um dia a mais de descanso (jogou na terça-feira, enquanto nós atuamos na quarta) fez com  que o Fluminense/RJ levasse uma enorme vantagem nesta partida. Pode até ser, mas o portuga se esqueceu de um detalhe: enquanto seu adversário de hoje atuou em Porto Alegre/RS – ou seja, viajou mais de 3.000 km, somando-se a ida e a volta -, sua equipe atuou em casa. E mais: na partida anterior, o Palmeiras havia se exibido em Santos/SP, distante apenas cerca de 80 km da Capital.

Assim, mesmo respeitando a opinião do nosso treinador, creio que os 2 a 1 que levamos se devam muito mais a outros três fatores. O primeiro é que, quando decidiu trocar Mayke, que vinha muito bem, por Gabriel Menino, que entrou muito mal, ele acabou com boa parte de nossa força ofensiva; o segundo é que, assim como eu e você, os jogadores já sabem que as chances de título brasileiro neste ano são, na melhor das hipóteses, desprezíveis. Então, é aquele negócio: correr pra quê, não é mesmo? E o segundo é que, também assim como eu e você, eles só pensam no próximo dia 27, quando terão a chance de conseguir um feito inédito em nossa mais do que centenária história – conquistar dois títulos seguidos da Copa Libertadores da América.

Rony perdeu mais um gol imperdível quando o jogo ainda estava 0 a 0

É claro que se Rony não tivesse perdido o gol que perdeu logo no começo do jogo (veja imagem acima), se o chute de Gustavo Scarpa não tivesse quase riscado a trave direita de Marcos Guilherme, se a bola não tivesse desviado nas costas de Luan no primeiro gol dos caras e se, no segundo, o fraco Danilo Barbosa não tivesse permitido toda o espaço do mundo para Yago Felipe chutar de longe, o placar teria sido uns 3 a 0 para o Palmeiras, no mínimo. Só que, como sabemos, o tal do “se” não joga. Então, de nada ficar arrumando desculpas, pois a verdade é que, como o próprio comandante palmeirense admitiu, o Fluminense/RJ (mesmo sendo fraquinho, fraquinho) foi melhor no segundo tempo e mereceu a vitória.

Agora, a situação é simples: temos de somar o máximo possível de pontos nos seis jogos que nos restam nesta competição, e nada melhor do que os três primeiros venham já nesta quarta-feira, quando enfrentaremos um outro tricolor, aliás bastante acostumado a perder pra gente na Arena Palestra Itália.

Confiram as avaliações:

Mayke e Dudu – nota 6,5
Kuscevic, Victor Luís e Gustavo Scarpanota 6
Luan – nota 5,5
Weverton, Zé Rafael, Raphael Veiga, Danilo e Abel Ferreira – nota 5
Gabriel Menino, Felipe Melo, Danilo Barbosa, Rony e Breno Lopes – nota 4,5
Gabriel Veron – sem nota

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS

6 Responses to CAMISA BRANCA, CALÇÃO VERDE E… GRAVATA VERMELHA.

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, agora é tentar ficar com a vaga na Libertadores entre os 3 primeiros no Brasileirão e preservar o Elenco para o dia 27 próximo.

    Não podemos arriscar e perder jogadores pelo excesso de partidas.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Alfano: não precisa ficar nem os três – basta o quarto lugar.

      Mas, se de repente levarmos o tri da Liberta, aí pode terminar até em 10º que eu não estarei nem aí.

      Abs.

  2. Boa tarde, Márcio.

    Se eu fosse escrever a crônica, meu título seria: “Perdemos. E daí?”.

    Cá entre nós, esse brasileirão já era e ficar em segundo ou em quarto para mim é o famoso tanto faz. Alguns vão dizer que a premiação é maior para o segundo. Não estou dando a mínima pra isso, já que na minha conta isso faria diferença, mas na do Palmeiras não faz nem cócegas.

    O que importa agora é dia 27/11 e não aceito nada menos que o caneco de campeão, nem que seja por meio a zero. Te vira, Verdão!

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Seu título seria muito bom, devo reconhecer.

      Quanto à sua exigência, queira Deus que os deuses do futebol, assim como em janeiro último, estejam do nosso lado também no dia 27, pois somente assim teremos alguma chance.

      Abs.

  3. Opa. Ó eu aqui ó. Derrota bem sem graça hoje né, hehehe. Mas não muda nada para nós, o que vale mesmo é a final da libertadores. Concordo plenamente com o nosso tutor Márcio Trevisan, o que vale é no dia 27, o resto é treino de luxo. E caros, acho que o Mayke está cravando uma vaga no time titular na final da liberta hem. O tal Gabriel Menino, bunda de elefante, esqueceu o futebol em algum lugar.

    • Márcio Trevisan

      Tadeu: a verdade é que Gabriel Menino é segundo volante, e não lateral-direito.

      Ele pode até quebrar um galho na posição, e o Tite é tão “genial” que acabou convocando o cara para a Seleção Brasileira.

      Mas ele joga, mesmo, na posição do Zé Rafael.

      Quanto ao Mayke, é aquele tal negócio: se só tem tu, vai tu mesmo.

      Abs.

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