DE PALMEIRAS A XV DE JAÚ

Palmeiras vai de ótima primeira etapa para mau segundo tempo. Obra de Abel.

Meus amigos.

Apesar da enorme fragilidade do adversário desta tarde, eu já não esperava uma grande atuação do Verdão. E o motivo é simples: por mais que digam o contrário, nossos jogadores sabem que as chances do título brasileiro, ainda que existam, são infinitamente menores das chances de título sul-americano (e olha que estas, para lhes ser bem sinceros, já não são tão grandes assim). Por isso, já sabia que nossa equipe faria apenas o mínimo para vencer a Chapecoense/SC na Arena Condá e, a partir do momento em que isso estivesse bem encaminhado, tiraria o pé e se pouparia para o primeiro jogo contra o Atlético/MG, terça-feira.

E não deu outra: após um primeiro tempo de ótima qualidade, em que abriu 2 a 0 no placar e poderia ter conseguido o dobro desta vantagem, na etapa final o Palmeiras recuou, passou  a tocar a bola de lado, a chamar o adversário para dentro de seu campo defensivo. Como disse, nossos atletas de fato se pouparam, mas mesmo que quisessem repetir na etapa final a bola que jogaram no primeiro tempo, não conseguiriam (o motivo explico logo mais abaixo, no espaço dedicado a Abel Ferreira).

A verdade, prezado palmeirense, é que se tal postura tivesse acontecido diante de um adversário que fosse apenas um pouquinho melhor do que a fraquíssima e já quase rebaixada equipe catarinense os três pontos que somamos neste sábado teriam ido para a cucuia. E este é um problema que me preocupa muito, tanto para o restante do Brasileirão quanto para as semifinais da Copa Libertadores da América. 

Se quisermos ter alguma chance de título nesta temporada, será imprescindível que o Palmeiras seja sempre gigante, ou seja, que atue como Palmeiras nas duas parte do jogo – e não como um XV de Jaú da vida em uma delas.

O MELHOR: GUSTAVO GÓMEZ

O melhor do Palmeiras e de toda a partida. Perfeito nas bolas aéreas, essencial nas antecipações e preciso nos desarmes. E ainda quebrou um galho na lateral direita em alguns momentos (nota 7,5).

PALMAS PRA ELE: RAPHAEL VEIGA

Fez um belo gol, chamou a responsabilidade da armação das jogadas ofensivas e, não raro, apareceu na área em condições de finalizar. Pena que nem sempre atue desta forma (nota 7).

MERECE ELOGIOS: LUAN

Para alguém que, na maioria das partidas, é apenas regular e, não raro, complica a vida do nosso time, ele hoje teve uma atuação até mesmo surpreendente. Não perdeu uma única disputa e até de líbero atuou (nota 7).

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Patrick de Paula e Luiz Adriano – nota 6,5
Dudu e Wesley – nota 6
Weverton, Gabriel Menino, Piquerez e Matheus Fernandes – nota 5,5
Felipe Melo, Rony e Renan – nota 5
Marcos Rocha – 4,5
Gabriel Veron – sem nota


O TREINADOR: ABEL FERREIRA

Nosso treinador, mais uma vez, deu uma de Pardal de Portugal. De novo sacou o mais agudo e perigoso jogador da equipe, Wesley e, se já não fosse este um erro grotesco, visto que repetitivo, ainda por cima colocou em seu lugar um zagueiro.

Desta forma, no intervalo promoveu mudanças que mudaram o esquema tático do ofensivo 4-3-3 para um horrendo 3-6-1, no qual Luiz Adriano ficou relegado a um ostracismo digno de um preso político nos tempos da ditadura. Juro que pensei que no banco estava não ele, mas sim Fábio Carille.

Abel Ferreira só não colocou em risco nossa vitória porque o oponente de hoje é um time que beira o ridículo. Seu único ponto positivo foi ter admitido a burrice que cometera durante a entrevista coletiva.

Queira Deus que, nos próximos jogos da Libertadores e também do Brasileirão, não repita as asneiras que fez hoje (nota 4).


CRÉDITO FOTOS INTERNAS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PA
LMEIRAS

6 Responses to DE PALMEIRAS A XV DE JAÚ

  1. José Aparecido

    Boa noite a todos!
    Não assisti o jogo contra a Chapecoense.
    Confio 100% em sua análise.
    Chegou a hora da onça beber água…
    Chegou a hora de separar os homens dos muleques…
    Etc

    • Márcio Trevisan

      Olá, Zé.

      Agradeço pela confiança.

      Mas vc não assistiu ao jogo contra a Chape?

      Que pena:perdeu uma enorme chance de tirar alguns cochilos.

      Abs.

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, espero que na próxima Terça-Feira o Sr. Abel não cometa erros, pois o jogo mais importante até aqui será este, pois necessitamos levar vantagem.

    Temos que jogar como uma Final.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Minha esperança é que em jogos de fato decisivos, nosso time costuma jogar bem (com raras exceções).

      Mas em minha opinião nossa única chance é vencer por pelo menos dois gols de diferença, e preferencialmente por 2 a 0.

      Abs.

  3. Caros Sangue Verde. Creio que como todos os palmeirenses, neste momento só consigo pensar no Galo. Temos que ganhar o primeiro jogo por qualquer placar. Trevisan, observei um pequeno erro de digitação nas notas, creio que as notas de Weverton, Gabriel Menino, Piquerez e Matheus Fernandes não seja 4,5 e sim 5,5, pois as notas estavam descendo uniformemente. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Discordo de você: vitória por qualquer placar não nos garante nada. Em minha opinião, nossa única chance é vencer por pelo menos dois gols de diferença, e preferencialmente por 2 a 0.

      Quanto ao seu alerta, agradeço. Já corrigi a bobagem (como dizem “eles”, “nóis faiô”).

      Abs.

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