O QUE NÃO NOS MATA NOS FORTALECE

Árbitro prejudica Palmeiras e depois pede desculpas. Quanta personalidade, não?

Meus amigos.

Não é segredo para ninguém que, faltando apenas três partidas para o término do Primeiro Turno do Campeonato Brasileiro, apenas três equipes podem ser apontadas como favoritas à conquista do título – Palmeiras, Atlético/MG e Flamengo/RJ, não necessariamente nesta ordem. Claro que, com o decorrer da competição, outros times podem aparecer neste grupo, mas este trio é o que temos para o momento.

Daí a vital importância do jogo desta noite, no Mineirão. Qualquer resultado que não fosse uma derrota seria positivo ao Verdão, já que a distância para o Galo permaneceria, na pior das hipóteses, em apenas dois pontos. E tinha tudo para ser assim: pelo que vínhamos jogando, muito provavelmente não sairíamos de BH com a vitórias, mas o empate poderia, sim, ser obtido, já que a partida estava muito equilibrada – e sem muita qualidade, admitamos – até que o sempre confuso árbitro Bruno Arleu de Araújo/RS resolveu aprontar.

Aos 35 minutos do primeiro tempo, Patrick de Paula escorrega e atinge Jair. Um lance totalmente involuntário que, no máximo, seria passível de marcação de falta. Aliás, era exatamente isso que o árbitro carioca estava marcando até resolver dar ouvido a assistente Rodrigo Correa/RJ, que o orientou a aplicar aquele que seria o segundo cartão amarelo ao nosso volante. Sem personalidade alguma, o apitador optou por aceitar a opinião de alguém que estava a dezenas de metros de distância e expulsou o jovem atleta palmeirense.

Tal erro, grotesco e imperdoável, desequilibrou a balança. A partir do momento em que fatores externos influem no resultado final de uma partida, tudo o que nela aconteceu fica relegado a segundo plano, pois nunca saberemos de fato o que teria acontecido. Não vou, aqui, assegurar que se terminássemos o jogo com 11 em campo certamente não o teríamos perdido, mas como disse acima era isso o que se desenhava. Se não bastasse a lambança que fez, para piorar Bruno Arleu pediu desculpas aos jogadores do Palmeiras assim que a partida acabou, pois é claro que alguém da Comissão da Arbitragem o avisou, no intervalo do jogo, o quanto ele havia prejudicado o nosso time.

Mas não há de ser nada. O Atlético/MG se isolou na liderança? Sim. Abriu cinco pontos de vantagem sobre o Verdão? Sim. Mas tal situação alija a nossa equipe da disputa pelo título? Não, absolutamente não – até porque ainda faltam 22 partidas para o encerramento do Brasileirão. Aliás, tal fato poderá até mesmo servir como uma injeção de ânimo para que passemos a brigar ainda mais pelo endecacampeonato.

Porque o que não nos mata com toda a certeza irá nos fortalecer.

 

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS

11 Responses to O QUE NÃO NOS MATA NOS FORTALECE

  1. António Manara

    Márcio, analisando várias vezes a imagem do lance acho que o Patrick recebeu a falta, primeiro com um ponta pé no saco e em seguida um empurrão pelas costas.

  2. Boa tarde, Márcio.

    Até concordo que a expulsão do PP foi injusta e prejudicou o desempenho do Verdão, mas jogar 90 minutos e ter uma conclusão a gol é piada.

    Sabe o que mais me incomoda no Palmeiras? A falta de vontade. Eu não vejo determinação em nosso elenco e os jogadores em campo pouco transpiram. Não se vê entrega, mas sim um bando tentando fazer o que dá.

    O jogo contra o Atlético/MG foi desanimador, daqueles que nem dá vontade de assistir até o fim.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Concordo com o amigo. E digo mais: o Galo também não jogou nada.

      Mas a questão é simples: dificilmente ganharemos a Libertadores neste ano, mas temos a obrigação de nos classificarmos na terça. E o motivo é simples:se não levarmos gol levaremos a vaga, jogaremos em casa e temos um time e um elenco superiores.

      Abs.

  3. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, concordo com a sua boa Crônica, fomos prejudicados, mais para a próxima Terça – Feira o Palmeiras vai ter que jogar um bom Futebol.

    Me desculpe, abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Na terça, se não jogarmos pelo menos um pouquinho, seremos eliminados por um time mais fraco e ainda por cima dentro de casa.

      Aí, meu amigo, seria crise na certa.

      Mas como iremos jogar bem e nos classificar às semifinais…

      Abs.

  4. José Aparecido

    Bom dia a todos!

    A expulsão do PP pode até ter sido injusta, mas sejamos honestos.
    Falta sem querer é falta também, e PP já estava amarelado.
    Oque é mais preocupante, é o futebol que o Palmeiras vem apresentando.
    Nunca sabemos quem vai jogar.
    Não tem padrão de jogo.
    Mesmo com 10,como tomar gol (novamente pelo alto e no ultimo minuto).
    Não vou nem mencionar os caras que costumeiramente não jogam nada, principalmente em jogos difíceis como o de ontem, mas até o Wewerton começou na falhar novamente.
    Falhou contra os bambis e ontem no segundo gol era uma bola totalmente do goleiro.
    E o portuga tem lá suas razões de reclamar, mas tá muito mimimi.

    • Márcio Trevisan

      Zé: vc tem razão em quase tudo o que escreveu (e ainda esqueceu a falha de Weverton no segundo gol do Fortaleza/CE).

      Mas está errado em uma coisa: falta sem querer também é falta, mas não digna de cartão amarelo.

      Abs.

  5. Ainda bem que libertadores os árbitros são internacionais.

    • Márcio Trevisan

      Verdade, Tadeu.

      No jogo de volta com o River, no ano passado, o VAR estava nas mãos de um uruguaio e ele acertou em todas as decisões.

      Se tivesse sido comandado por um brasileiro, teríamos sido eliminados.

      Abs.

  6. JORGE FARANI

    Caro Márcio,

    O problema é que quando o Palmeiras fica com um jogador a mais ele não sabe tirar proveito, e quando ficamos com um jogador a menos os adversários só faltam “moer” no time. Perdoe-me dizer: tem muito a ver com falta de personalidade de cada time, e isso pe um grande defeito do nosso time.

    • Márcio Trevisan

      Farani: concordo plenamente com o que vc escreveu.

      Aliás, nem gosto quando o Palmeiras joga com um a mais, pois geralmente não conseguimos o resultado que queremos.

      Abs.

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