AINDA LONGE. PORÉM, MAIS PERTO.

Palmeiras empata no Morumbi e fica a um simples 0 a 0 da semifinal da Libertadores

Meus amigos.

Se eu lhes dissesse que hoje o Palmeiras jogou o fino da bola, obviamente estaria desrespeitando a inteligência de cada um de vocês. Todos aqueles que assistiram ao empate por 1 a 1 com o São Paulo/SP viram que o futebol apresentado pelo nosso time foi bastante superior, por exemplo, ao que havia mostrado poucos dias atrás em outro empate com a mesma equipe, porém válido pelo Campeonato Brasileiro, mas ainda assim distante daquele que já vimos esta equipe jogar e, principalmente, aquele que sabemos que ela pode jogar.

Contudo, em torneios eliminatórios como a Copa Libertadores da América, em que gols marcados fora de casa servem como critério de desempate (aliás, algo que muito provavelmente deixará de existir já no próximo ano), este 1 a 1 que o Verdão obteve no Morumbi merece ser comemorado. Afinal, um simples 0 a 0 na próxima terça-feira, na Arena Palestra Itália, nos qualificará às semifinais da competição.

Ou seja: para que isso não aconteça, nosso adversário terá obrigatoriamente de atacar, de marcar pelo menos um gol. E é neste ponto que poderemos garantir nossa vaga. Como sabemos, o Verdão adora dar a bola para o oponente e, assim que este a perde, partir para rápidos e quase sempre mortais contra-ataques.

Dizer que a classificação ainda está longe é verdade. Mas também é verdade que após este empate ficou pelo menos um pouquinho mais perto.

O MELHOR: WEVERTON

Fico muito feliz por poder escolher nosso goleiro como o maior destaque do time nesta noite. Afinal, na última partida, contra o Fortaleza/CE, ele ocupou esta página na condição de pior jogador da equipe devido à falha que teve no segundo gol cearense. Hoje, ao contrário, Weverton foi o grande nome não só do Palmeiras, mas de toda a partida, praticando pelo menos três ótimas defesas. Até mesmo no lance do gol que sofreu ele se destacou, evitando que ele acontecesse antes em dois lances seguidos. Se repetir na Arena Palestra Itália a atuação que teve no Morumbi, nossa ida às semifinais da Libertadores ficará mais fácil (nota 7).

MERECE DESTAQUE: PATRICK DE PAULA

Sei que todos vão pensar que ele está aqui porque marcou o gol de empate, mas não é só por isso. O jovem herói da conquista do título paulista do ano passado saiu do banco para mudar o jogo, tanto pela ótima falta que cobrou quanto por outras jogadas que realizou. Ainda que Zé Rafael estivesse bem, Patrick de Paula deu mais dinâmica e mais ofensividade ao Palmeiras, sendo essencial para que não deixássemos o Morumbi amargando uma derrota (nota 6,5).

PALMAS PRA ELE: WESLEY

É verdade: ele não precisaria fazer muita coisa para ser melhor do que Breno Lopes, que sem dúvida alguma jogou nesta terça sua pior partida com a camisa do Palmeiras. Mas este arisco jogador, quase que um ponta-esquerda à moda antiga, foi de fato muito bem, criando várias jogadas de perigo pelo setor e deixando Daniel Alves um pouco mais careca com os dribles que aplicou (nota 6,5).

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Dudu, Renan e Zé Rafael – nota 6
Gustavo Gómez – nota 5.5
Marcos Rocha, Luan, Danilo, Rony e Luiz Adriano – nota 5
Raphael Veiga – nota 4,5
Breno Lopes – nota 4
Gabriel Veron – sem nota

O TREINADOR: ABEL FERREIRA

Nosso técnico foi bem esta noite, aliás infinitamente melhor do que fora na partida do fim de semana. Gostei da troca de Gustavo Scarpa por Dudu no meio-campo, e por dois motivos: o primeiro é que, como sempre acontece, depois de cinco, seis ou sete jogos bons, o meia sempre cai de rendimento e isso já vinha acontecendo; o segundo é que com o atacante deslocado para o setor de armação e, vez ou outra, atuando onde mais sabe e gosta de jogar – a ponta direita -, a marcação são-paulina se viu por vezes confusa, algo que foi fundamental para as poucas, porém boas chances de gol que criamos. Também achei acertada a escalação de Rony no comando do ataque -  o cara não fez muita coisa, mas com certeza o pouco que fez foi bem mais do que fariam Deyverson e Luiz Adriano. Mas, claro, Abel não perde a chance de cometer seus erros. Em minha opinião, o primeiro deles foi manter Luan no miolo de zaga mesmo com Felipe Melo à disposição – para mim, nem existe comparação entre ambos. A outra, e muito mais grave, foi insistir com o hoje insípido Raphael Veiga, incapaz de uma única jogada durante toda a partida. Ele deveria ter sacado o meia muito antes do que apenas aos 41 minutos do segundo tempo, e se o tivesse feito talvez agora estaríamos comemorando uma vitória, e não apenas um empate por 1 a 1. (nota 6).

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS

9 Responses to AINDA LONGE. PORÉM, MAIS PERTO.

  1. Boa noite.
    Um joguinho ruim, outro médio!
    Sábado será mais ou menos e na próxima terça, vejo o time jogando um bolão.
    Uma ótima semana a todos.
    Abs

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, estamos vivos e só depende de nós para alcançarmos a classificação, temos que manter a cabeça no lugar e jogar sério.

    Bem cobrada a falta do Patrick de Paula.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      A falta foi mesmo bem cobrada, mas o goleiro “delas” também nos deu uma forcinha, certo?

      Em relação ao jogo de terça, o negócio é não sair atrás do placar. Se fizermos 1 a 0, creio que o desespero tomará conta do SPFC e tudo ficará mais fácil.

      Abs.

  3. Cada LOUCO com a sua MANIA !
    Um era fã do Dayverson, o que nos custou 1 Libertadores da América.
    Esse agora é fã do Rafael “bibelo” Veiga.
    Aguenta coração !
    Abçs.

    • Márcio Trevisan

      Jair: eu cantei esta bola em relação ao Luan.

      Mas vc tem razão: cada treinador tem sempre um ou dois jogadores dos quais não abre mão, mesmo que não sejam bons.

      Abs.

  4. Bom dia, Márcio.

    Excelente análise e penso da mesma forma. O Palmeiras não tirou suspiros de alegria dos torcedores, mas foi um empate com sabor de vitória para o Verdão.

    Penso que tivemos totais condições de sair do Morumbi com uma vitória, pois jogamos melhor na maior parte do tempo, principalmente depois que empatamos. Porém, alguns jogadores me chamaram a atenção pelo desempenho pífio em campo. Destaco o próprio RV – que você já citou acima – Zé Rafael, Breno Lopes e LA.

    Acredito que o jogo da volta não terminará no 0×0 e não gostaria que o Palmeiras entrasse em campo pensando nisso. Como diria meu velho pai, lagartixa tem que ser morta antes que ela vire crocodilo, então, que enterremos os Bambis de vez.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve.

      Se entrarmos pensando em empatar por 0 a 0, perderemos o jogo.

      Este placar, se acontecer, tem de ser de forma natural, e não planejada.

      Agradeço o elogio.

      Abs.

  5. Bom dia caros Sangue VERDE. Hoje estamos mais aliviados com o resultado de ontem afinal tínhamos jogado muito mal contra o time delas a alguns dias. Como torcedor só peço a Deus neste momento duas vitórias nos próximos dois jogos. O que vc acha Trevisa, é possível?

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Claro que é possível.

      Sábado, o Atlético/MG só jogará tranquilo contra a gente se hoje ganhar muito bem do River Plate/ARG fora de casa.

      E na terça serão “elas” que terão de sair para o jogo, o que nos dará mais espaços para jogar.

      Abs.

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