DEIXA PRA OUTRA VEZ: PAULISTINHA NÓS JÁ TEMOS 23!

Palmeiras, mais uma vez, não joga nada e perde título estadual no Morumbi

Meus amigos.

Sei que todos nós estamos, a esta altura, bastante chateados com a perda do bicampeonato do Paulistinha. Afinal, mesmo se tratando de uma competição de menor importância e sabendo que ainda temos totais chances de levantar a taça mais quatro vezes ainda neste ano, sempre é ruim perder um título, sobretudo quando quem nos vence é um dos nossos maiores rivais.

Contudo, alguns pontos devem ser levados em conta, e o primeiro deles é que o Palmeiras fez o que pôde e o que não pôde para ser eliminado ainda na Primeira Fase, tantos foram os garotos, alguns deles com idade até mesmo para o Sub-17, que estiveram em campo. Outro detalhe: não fossem a incrível falta de capacidade do Novorizontino/SP, a enorme falta de sorte do Bragantino/SP e a indiscutível falta de qualidade do time “deles”, o torneio ter-nos-ia servido apenas de laboratório, como tantas vezes disseram os membros da comissão técnica. Apenas quando o Verdão chegou à semifinal e teve de jogar em Itaquera é que o pessoal se reuniu e falou: “Opa, agora ficou sério”.

Um ponto adicional que também pode ser colocado aqui é que, nas duas partidas finais, não jogamos absolutamente nada. Se, na Arena Palestra Itália, mesmo sem nos ser superior o São Paulo/SP ainda assim esteve mais próximo da vitória (lembram a bola na trave, já no fim do segundo tempo?), no jogo deste domingo nosso time não viu a cor da bola. Concordo que o primeiro gol foi um lance de total sorte do adversário, mas me respondam: com exceção do gol que perdeu o imbecil do Danilo Barbosa, o que mais criamos? Além disso, o sistema com três zagueiros torna nossa defesa muito mais sólida, só que se não temos alas que apoiem constantemente acaba, também, por deixar a equipe profundamente defensiva. E isso gera outra pergunta: quem apoia mais, quem cruza melhor, quem faz mais gols, Viña ou Victor Luís? E quem vem sendo titular? Trata-se de uma óbvia incoerência.

Vocês já perceberam que cheguei ao ponto de falar sobre nosso treinador. Hoje, até admito que as cinco substituições que promoveu foram corretas, porém também tardias. Se você vira um jogo decisivo perdendo por 1 a 0, o mínimo que se espera é que retorne do intervalo com um atacante no lugar de um zagueiro, ou seja, que você coloque seu time mais à frente e mostre ao adversário que a coisa vai mudar. Mas Abel Ferreira preferiu, antes, consertar a burrice que fez ao tirar Patrick de Paula da equipe e esperar incríveis 17 minutos para tirar Luan e colocar Wesley!!! E mais: pelo amor de Deus, quanto tempo ele demorou pra ver que Raphael Veiga (que, aos poucos, vem se tornando o que antigamente se chamava de “pipoqueiro”) de novo aceitou passivamente a marcação de Luan!!!

Palmeirense, sejamos sinceros: o Palmeiras só vai bem, até muito bem algumas vezes, diante de adversários mais fracos ou que lhe proporcionem contra-ataques. Quando o oponente percebe que nossa equipe só tem esta forma de jogar, simplesmente não nos dá a bola e o resultado, quase sempre, nos é desfavorável. Ou seja: é preciso que o português encontre uma maneira adicional de o time jogar, ou viveremos em um futuro próximo situações semelhantes a que vimos nesta triste tarde de domingo para todos nós.

Por fim, quero terminar esta crônica pós-jogo com uma mensagem de otimismo. Perdemos, é verdade, dói, é verdade, mas vida que segue. Já nesta próxima quinta teremos o encerramento da fase de grupos da Libertadores, a qual terminaremos com certeza dentre os melhores, o início do Brasileirão e suas longas 38 rodadas e, já na primeira semana de junho, nossa estreia na Copa do Brasil. Ah, sim: e mais cedo ou mais tarde, Dudu voltará a vestir a camisa verde e branca, o que tornará o Palmeiras muito mais forte.

Ou seja: o ano está apenas começando. E vem muita coisa boa por aí.

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 5,5
SATISFATÓRIO

LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO

GUSTAVO GÓMEZ – 6,5
MUITO BOM

RENAN – 6
BOM

MAYKE – 4,5
RUIM

FELIPE MELO – 5,5
SATISFATÓRIO

DANILO BARBOSA – 4
MUITO RUIM

RAPHAEL VEIGA – 4
MUITO RUIM

VICTOR LUÍS – 5,5
SATISFATÓRIO

RONY – 5,5
SATISFATÓRIO

LUIZ ADRIANO – 4,5
RUIM

ABEL FERREIRA – 5
REGULAR

DANILO – 5,5
SATISFATÓRIO

GUSTAVO SCARPA – 4,5
RUIM

WESLEY – 5,5
SATISFATÓRIO

PATRICK DE PAULA – 5
REGULAR

GABRIEL MENINO – 5
REGULAR

CRÉDITO FOTOS: CÉSAR GRECO / AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO

08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO

16 Responses to DEIXA PRA OUTRA VEZ: PAULISTINHA NÓS JÁ TEMOS 23!

  1. JORGE FARANI

    Cada vez mais eu tenho certeza de que o Palmeiras venceu a Libertadores e a Copa do Brasil porque o treinador aproveitou a “estrutura tática” deixada pelo treinador Vanderlei Luxemburgo. Tanto isso é verdade que não só o próprio “alfacinha” reconheceu após a conquista da Libertadores e agora esperou terminar as competições do calendário de 2020 para poder implantar em 2021 esse sistema de jogo medíocre que acumula a perda de três finais. Acho que, se essa inerte diretoria não realizar contratações pontuais (um meia armador e o atacante) e o treinador não modificar esse formato de jogar, nós vamos passar mais uma vez em branco, principalmente porque temos outros times melhores preparados para as conquistas a nível nacional. O que o “alfacinha” precisa é parar com esse histerismo e também reconhecer duas coisas: o péssimo futebol que seu time está apresentando e não ficar dizendo que seu time não mereceu perder porque jogou melhor que o adversário. Se continuar com isso não completa um ano como técnico do time.

    • Márcio Trevisan

      Farani, olá.

      Concordo contigo. E vou mais além: se Abel Ferreira não sair do salto alto e voltar a ser humilde, não irá muito longe no Palmeiras.

      Sem querer puxar a sardinha para a minha brasa, parece-me claro que lhe falta orientação por parte da Assessoria de Imprensa do clube, formada em sua maioria por jovens jornalistas.

      Mas fiquei curioso: por que “Alfacinha”?

      Abs.

      • JORGE FARANI

        Trabalhei durante 17 anos numa corretora de seguros de São Paulo aqui na Bahia, chegando até a ser gerente dela por oito anos, e como tinha muitos contatos com os nossos colegas da “casa matriz”, um deles que tive a oportunidade de conhecer a era Português e todos o chamavam de “Alfacinha” e ele não gostava muito, não.

  2. roberto alfano

    Boa tarde, me desculpe mais acho muito esquisito está final, o Palmeiras não jogou nada do que sabe jogar foi horrível!!!

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Pois é, Alfano.

      Fomos tal mal nos dois jogos que, como eu disse no fim da crônica pós primeiro jogo, parecíamos o XV de Jaú.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio.

    Eu não consigo aceitar essa derrota por uma razão muito simples: jogamos contra um time que, no meu conceito, é mais fraco que o Palmeiras. E quando se joga contra um time mais fraco, tem que ganhar.

    Existem derrotas e derrotas e esta me deixou muito decepcionado. Se perdêssemos jogando firmes, com entrega em campo e dedicação eu aceitaria a derrota. Se perdêssemos contra um time que, nitidamente, fosse mais forte que nós, eu aceitaria a derrota. Agora, perder não jogando absolutamente nada é inadmissível.

    Todos, sem exceção, transmitiram a impressão de que preferiam estar jogando ping-pong do que estar no Morumbi naquela hora. Se chegaram na final, que incorporassem o espírito da final. Essa é a diferença entre o Palmeiras e o Flamengo, já que o time carioca não perdoa. Se está na final, ele ganha.

    Esse foi o terceiro vice de Abel. Reconheço que, com ele, chegamos em 5 finais, mas tenho a mais absoluta convicção que, com exceção da final da Super Copa do Brasil, poderíamos ter ganhado outros dois títulos.

    Não trato essa derrota do paulista com desdém. Gostaria que jogadores, comissão técnica, diretoria e presidência acordassem. As festas do ano passado acabaram.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve.

      Concordo plenamente contigo.

      Aliás, nunca vou aceitar a perda da Recopa Sul-Americana para uma espécie de Chapecoense da Argentina.

      Em relação ao SPFC, talvez seja inferior a nós, talvez, não. Mas isso nem é o que mais importa, e sim o fato de termos jogado sem alma.

      Abs.

  4. RODRIGO MIRANDA

    Bom dia Marcio e Amigos,

    A única arma do Palmeiras é o contra ataque, que realmente é muito veloz, e aí, até concordo em usar sua melhor arma sempre que preciso, agora, querer contra atacar quem não lhe oferece isso?! Fico preocupado com a falta de leitura de jogo.
    Pra mim ontem, foi a pior jornada de nosso técnico, desde que chegou, pois além de insistir com suas teimosias: 352 e laterais que não são bons apoiadores, ele parece que aprendeu rapidamente com os velhos técnicos do brasil, está amarrado em suas ideias e não consegue ou não quer dar o braço a torcer.
    Acho que alguém, de preferência seu superior (presidente do Palmeiras), tem que conversar com ele e explicar que ele é um excelente técnico, e pode fazer ainda mais história do Palmeiras, mas precisa fazer o time jogar e esquecer a história de ter que provar alguma coisa.

    Abs

    • Márcio Trevisan

      Olá, Rodrigo.

      Vc foi feliz em sua análise.

      Talvez o português esteja se “abrasileirando”. E isso não é nada bom.

      Abs.

  5. Para mim faltou vergonha na cara. Além disso, venhamos e convenhamos, nosso treinador é fraco, disputou sete campeonatos e perdeu cinco, inclusive alguns para times inferiores. Teve sorte na libertadores contra o santos, porque alí qualquer um poderia ganhar e ganhou somente a copa do brasil com méritos, mas também contra o combalido grêmio. Técnico covarde igual esse portuga tem um monte no Brasil, não precisa vir do exterior com toda essa pampa.

    • Márcio Trevisan

      Tadeu, salve.

      Meu medo é justamente este: que fiquemos reféns desta forma de jogar (ou seja: nos contra-ataques).

      Já minha esperança é que o retorno de Dudu (que, aliás, provavelmente só poderá voltar a jogar a partir de 01/08) faça com que Abel Ferreira mude de ideia.

      Abs.

  6. Vamos ver se o professor pardal vai continuar escalando mayke e Vitor Luiz.

    • Márcio Trevisan

      Jair: o Mayke jogou porque Marcos Rocha (que também não é lá grande coisa) não está bem.

      Já o Victor Luís… Bem, este não tem explicação.

      Abs.

  7. José Aparecido-Mogi das cruzes

    Bom dia a todos!

    Perder faz parte.
    Mas tem que perder com dignidade.
    Não honraram a camisa que vestem e os altos salários que recebem (em dia).
    Não parecia que estavam disputando uma final de campeonato.
    Futebol horroroso.
    Só chutão. E perdi a conta de quantas recuadas de bola e erros de passes, chutes e cruzamentos: inaceitável.
    LA parecia que veio de uma balada.
    Mike parecia uma barata tonta.
    VL horrível como sempre.
    A mulekada no 2 tempo era melhor nem terem entrado.
    Revoltante a postura da maioria dos jogadores.

    • Márcio Trevisan

      Zé: eu meio que já esperava por isso.

      Não senti falta de vontade dos jogadores, mas percebi um “saco cheio” de estar em mais uma decisão e, desta vez, sem muita importância.

      Abs.

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