COM O MORAL LÁ EM CIMA

Mesmo com time misto, Palmeiras vence no Brasileirão e ganha mais força ainda na Libertadores 

Meus amigos.

Neste momento, como todos sabemos, as chances o Palmeiras faturar mais um Brasileirão são tão ínfimas que nem mesmo merecer ser levadas em consideração. E tal fato não se deve apenas à distância que a equipe tem em relação ao líder momentâneo da competição, mas também pela grande quantidade de times – cinco! – que estão à nossa frente na classificação.

Então, por qual razão este jornalista está tão feliz com o simplório e até certo ponto comum 1 a 0 sobre o Sport do Recife/PE deste sábado à noite? Elementar, meu caro palmeirense: obtida com uma equipe que começou o jogo com apenas dois titulares (Weverton e Luan) e terminou com somente seis (além dos dois já citados, também Danilo, Patrick de Paula, Rony e Gabriel Menino), esta vitória não só mantém em alta o moral do grupo como também enche de confiança todo o elenco.

Como bem disse nosso treinador na entrevista coletiva pós-jogo, os três pontos obtidos na Ilha do Retiro tiveram um sabor muito especial. E ele está coberto de razão: no futebol, boas fases são mantidas com grandes apresentações, sim, mas também com resultados advindos de apresentações nem tão brilhantes. Além disso, em nenhum momento da partida o time da casa conseguiu de fato se impor em campo, e não fosse a falta de sorte de Breno Lopes (anotem este nome), o bom goleiro Luan Polli e o reprovável individualismo de Zé Rafael o placar teria sido imensamente mais favorável ao Verdão.

Aliás, o único senão – e talvez assim o considere pela antipatia que, não por acaso, nutro pelo jogador – de Abel Ferreira foi improvisar Émerson Santos na lateral direita. Se o cara já é um perigo jogando na zaga, imaginem então atuando fora de sua posição. No mais, o nosso “portuga” de novo só merece elogios: acertou em poupar vários titulares e em colocar alguns deles na etapa final, foi bem demais quando optou por Kuscevic no onze principal (por sinal, este chileno parece ser muito bom de bola), foi ágil e certeiro nas alterações táticas que promoveu durante a partida (ora nosso time estava no 4-3-3, ora no 4-4-2, ora no 3-5-2) e escolheu corretamente a estratégia a ser utilizada nas diversas fases do jogo. Admito que jamais havia ouvido falar em seu nome até que o Palmeiras o contratou, mas agora começo a crer, e de forma veemente, que de fato se trata de um técnico diferenciado.

Por fim, prezado internauta, agora estamos a apenas algumas horas da decisão da próxima terça-feira. Se nada de muito anormal acontecer, chegaremos à quinta final de Copa Libertadores da América depois de 20 anos sem que conseguíssemos tal façanha.

E o melhor: com o moral lá em cima.  

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 6,5
MUITO BOM

ÉMERSON SANTOS – 5
REGULAR

LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO

KUSCEVIC – 6,5
MUITO BOM

LUCAS ESTEVES – 5,5
SATISFATÓRIO

ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO

LUCAS LIMA – 5
REGULAR

RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO

GABRIEL VERON – 6
BOM

WILLIAN BIGODE – 6
BOM

BRENO LOPES – 6
BOM

ABEL FERREIRA – 7
ÓTIMO

GABRIEL MENINO – 5
REGULAR

EMPEREUR – 5,5
SATISFATÓRIO

PATRICK DE PAULA – 6
BOM

DANILO – 6
BOM

RONY – 6
BOM

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO

08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO

10 Responses to COM O MORAL LÁ EM CIMA

  1. Bom dia, Márcio.

    Vitória importante de um time que se mostra vivo na competição, com dois jogos a menos e com chances de encostar de vez na ponta da tabela.

    Pergunta para você: qual a sua opinião sobre a polêmica do VAR – anulação do pênalti marcado pelo árbitro?

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Válter, salve!

      Iria escrever sobre isso na crônica pós-jogo, mas após ver o lance mais de 10 vezes vi que o VAR acertou, e por duas razões:

      1 – A bola de fato bate no braço do Rony, mas o jogador não leva vantagem nenhuma no lance pois o está afastando, e não o colocando no lance.

      2 – A bola foi chutada por um jogador do Palmeiras.

      Abs.

  2. JORGE FARANI

    Gostaria de saber qual motivo do Palmeiras encontrar tanta dificuldade para definir o resultado do jogo quando enfrenta os times do Z4 e também todos aqueles que fazem da 2ª parte da tabela do campeonato.
    É impressionante o que acontece, pois em muitas oportunidades fazemos 1×0 e o time demora tanto de matar o jogo e no final termina acontecendo todo esse sofrimento como o aconteceu neste sábado.

    • Márcio Trevisan

      Pois é, Farani.

      Mas isso é histórico: foram inúmeras as vezes em que deixamos a vitória escapar contra equipes mais fracas.

      Já contra os grandes parece que o Palmeiras sempre joga com mais atenção.

      Abs.

  3. Fábio P. R.

    SP perdeu de novo, Flamengo perdeu de novo… em pontos perdidos estamos a 3 do SP, a 2 do Atl-MG e empatados com o Internacional. E ainda temos confronto direto com os dois primeiros.

    Será?

    • Márcio Trevisan

      Fábio: possível, é.

      Mas não é provável, e por algumas razões.

      As duas mais importantes são:

      1 – Os jogos contra Fla, SP e Galo serão fora de casa.
      2 – Se formos à final da Libertadores – e iremos -, nossos jogadores só irão pensar no jogo do dia 30.

      Abs.

  4. Roberto Alfano

    Boa tarde, muito boa está vitória, pois da moral para próxima e decisiva Terça – Feira.

    Foi bom poupar alguns titulares afim de jogarem totalmente concentrados para Libertadores.

    Força Verdão.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Alfano: é para situações como esta que o Palmeiras tem um elenco, e não apenas um time.

      Abs.

  5. Opa. Ó eu aqui ó. Gostei da vitória ainda mais pq não gosto desse projeto de time chamado Sport. Os caras se acham e nunca foram nada. Hehehe.

    • Márcio Trevisan

      Tadeu: eu me lembro bem da Libertadores de 2009.

      Eles fizeram o que puderam, fora de campo, para eliminar o Palmeiras. Mas não deu – tínhamos Marcos no gol.

      Abs.

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