Palmeiras joga o suficiente para ganhar do Oeste/SP e chegar embalado para o derby deste sábado

Com mais de 30 anos de Jornalismo nas costas e, pelo menos, outros 15 apenas como torcedor, nunca ouvi um jogador ou um treinador admitir que pensa em um clássico tendo antes dele uma partida a jogar. Nunca foi assim, nunca será assim. Mas, acredite: é sempre assim, sim. Por isso, mesmo que nosso velho/novo treinador e qualquer um dos nossos atletas tenha desconversado sobre o derby deste sábado, a verdade é que todos os que entraram em campo – e os que não entraram também – nesta quarta-feira, diante do Oeste/SP, já se imaginavam no gramado da Arena Palestra Itália dentro de menos de 72 horas.

E esta, acreditem, foi mais uma das razões que fizeram o Palmeiras jogar bem menos do que dele se espera. A partida desta noite se transformou em mais um exercício de paciência para o torcedor palmeirense, que já começa a sentir saudades do futebol apresentado pela equipe em 2018. A ansiedade dos que estavam em campo e sonhavam permanecer na equipe para o jogo contra o Corinthians/SP tornou-se um empecilho muito mais do que a apenas esforçada equipe que, durante quase toda a vida, foi de Itápolis/SP, mas que hoje manda seus jogos em Barueri, vizinha da Capital.

Isso ficou evidente com o mau futebol apresentado no primeiro tempo. A principal aposta de Scolari, Felipe Pires, errou todos – repito: todos – os lances de que participou na etapa inicial do jogo. Chegou, inclusive, a me lembrar Kelvin (socorro!!!). Mas para lhes provar que minha tese sobre a ansiedade é mesmo real, bastou marcar o belo gol, logo aos 13 segundos do segundo tempo, para que ele tirasse um caminhão de melancias dos ombros e começasse a mostrar um ótimo futebol. E, justamente por também se sentirem mais “leves”, todos os demais companheiros – com exceção de Raphael Veiga – também passaram a jogar melhor. O resultado disso tudo foi que o resultado de 1 a 0 acabou ficando barato para nosso adversário que, por sinal, foi bastante ajudado pela má arbitragem do fraco Salim Fende Chavez, que deveria ter expulsado dois de seus atletas.

De qualquer forma, jogando um bom futebol ou nem passando perto disso, o fato é que o Verdão somou 10 dos 12 pontos que disputou, e ganhou 7 destes mesmo atuando fora de casa ou, em outras palavras, mesmo sendo escandalosamente prejudicado na confecção da tabela (chupa, FPF!).

Só que sábado tem jogo, e será contra “eles”. Agora acabou a brincadeira.

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 5
REGULAR

MAROCS ROCHA – 5,5
SATISFATÓRIO

ANTÔNIO CARLOS – 5,5
SATISFATÓRIO

EDU DRACENA – 5,5
SATISFATÓRIO

VICTOR LUÍS – 6
BOM

THIAGO SANTOS – 6
BOM

MOISÉS – 6
  BOM

RAPHAEL VEIGA – 4,5
  RUIM

FELIPE PIRES – 7
ÓTIMO

DEYVERSON – 5,5
SATISFATÓRIO

DUDU – 5,5
  SATISFATÓRIO

LUIZ FELIPE SCOLARI – 6
BOM

BRUNOHENRIQUE – 5,5
SATISFATÓRIO

LUCAS LIMA – 5,5
SATISFATÓRIO

GUSTAVO SCARPA – 5,5
SATISFATÓRIO

Créditos Fotos: César Greco/Agência Palmeiras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO