VITÓRIA DE CAMISA VERDE… BOSTA DE CAVALO

Na estreia do 3º – e horroroso – uniforme, Palmeiras reserva joga pro gasto. Mas se mantém na briga.

A diretoria do Palmeiras escolheu um domingo, Dia dos Pais, para estrear o seu novo terceiro uniforme, aliás o último a ser produzido pela Adidas que, a partir de 01/01/2019, dará lugar à Puma como fornecedora do material esportivo do clube. E a estreia, até certo ponto, pode ser considerada positiva, já que o time, formado quase que exclusivamente por reservas (apenas Weverton e Bruno Henrique foram escalados), venceu o Vasco da Gama/RJ por 1 a 0 e se manteve, senão perto do líder momentâneo da competição, pelo menos nem tão longe deste.

O que não pode ser considerada positiva é esta tal da terceira camisa. Confeccionada em um tom de verde que em muito se assemelha à bosta de cavalo e, ainda por cima, com manchas que dão a impressão de que os jogadores iniciaram a partida com camisas que não foram lavadas, ela com certeza é uma das mais horrorosas que o nosso time já vestiu. Mas pelo menos é verde, ao contrário do que outras ainda mais horrendas, como a amarela, a verde-piscina e, de longe, a pior dentre todas: a cinza.

Em campo, tivemos duas situações distintas: no primeiro tempo, uma equipe pouco inspirada e também com pouca disposição para buscar os três pontos – tanto que foi a equipe carioca quem mais perto chegou do gol, o que só não consegui graças a boas defesas de Weverton. Isso aconteceu, em parte, dado ao desentrosamento, já que grande parte dos jogadores pouco ou nunca haviam jogado juntos, caso específico do miolo de zaga, hoje formado por Luan e o elo estreante Gustavo Gómez.

Mas que tom de verde mais horroroso, não?

Na etapa final, porém, bastou um pouco mais de empenho para que, nos primeiros minutos, o Verdão tomasse conta do jogo e chegasse, com méritos, ao seu primeiro gol. Da mesma forma chegou, também, ao segundo gol, erroneamente anulado pelo assistente ao apontar impedimento do zagueiro paraguaio. Isso sem contar o penal anotado e, logo em seguida, cancelado pela arbitragem, se bem que neste lance a ação se deu de forma correta. Mas o que fica claro é que, em menos de 20 minutos, poderíamos ter aberto 3 a 0.

A presença ofensiva constante, porém pouco aguda, se pode explicar por erros de escalação e, principalmente, de alteração cometidos pelo nosso velho/novo treinador. Atuando em casa e diante de um adversário cujo único jogador de qualidade, Yago Pikachu, joga aberto pelos lados do campo, parecia óbvio que a presença de um atacante pelo setor seria ideal para conter seus ímpetos ofensivos. E este atacante era Artur que, no entanto, foi preterido por Gustavo Scarpa e, pior ainda, depois também por Hyoran. Foi um erro do nosso técnico que, graças a Deus, não nos custou nada.

Mas eu não poderia terminar esta crônica pós-jogo sem citar seu melhor jogador: Deyverson. Sim, meus amigos, eu também quase não acredito no que escrevo, mas menos até pelo gol que marcou e mais por todo o empenho, por todas as bolas que ganhou pelo alto, pelas assistências que deu e pela marcação na saída de bola vascaína, o centroavante merece a qualificação de “the man of the game”. Sua humildade ao comemorar o gol pedindo desculpas à torcida pelas péssimas atuações anteriores foi, no mínimo, comovente, assim como sua emoção ao conceder entrevistas ao fim da partida. Oxalá este rapaz, mesmo com pouca qualidade técnica, consiga ao menos ajudar o nosso time sempre que ganhar novas oportunidades.

E tomara que estas novas oportunidades não aconteçam com a camisa verde bosta de cavalo.

WEVERTON – 6
BOM

MAYKE – 5
REGULAR

LUAN – 5
REGULAR

GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM

VICTOR LUÍS – 4
MUITO RUIM

THIAGO SANTOS – 6
BOM

JEAN – 5
REGULAR

BRUNO HENRIQUE – 5
REGULAR

LUCAS LIMA – 6,5
MUITO BOM

GUSTAVO SCARPA – 5
REGULAR

DEYVERSON – 7,5
  ÓTIMO

LUIZ FELIPE SCOLARI – 5
REGULAR

HYORAN – 5
REGULAR

JAÍLSON – 5
REGULAR

MOISÉS – 5
REGULAR

Créditos Fotos: Marcos Ribolli/Ag. Globo e Ricardo Moreira/LancePress

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO

8,5 – EXCELENTE
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE

8 Responses to VITÓRIA DE CAMISA VERDE… BOSTA DE CAVALO

  1. JORGE FARANI

    Caro Márcio,
    Você foi muito generoso em dizer que o verde da nova camisa é horroroso. Eu acho que ela é “horrorivel”, mistura de horroroso e horrível. Quem mau gosto. Tomara que ela saia de cena.

    • Márcio Trevisan

      Farani: para que esta camisa seja esquecida, basta ninguém comprá-la.

      Mas compraram a azul, a amarela e até a cinza. Será que não comprar esta também?

      Abs.

  2. Boa tarde, Marcio.
    O apreço de nosso técnico pode nos custar caro. Jean, por exemplo, qual função – a não ser tática – que ele exerce? Dobra a função dos laterais e pouco oferece ao Mayke, que também não agride.
    Não da pra entender o porquê vem sendo utilizado dessa maneira, sendo que pouco rende.
    Quando Lucas Lima acordou para a partida, logo saiu, e Jean continuou em campo.
    Enfim, nos resta torcer, mas o bigodudo continua teimoso!

    Abraços

    • Márcio Trevisan

      Olá, Augusto.

      Jean ajuda na marcação, algo que é essencial ao nosso velho/novo treinador. Afinal, se vc puxar pela memória, atacar nunca foi o forte dele.

      Agradeço o seu post e lhe dou as boas-vindas a esta seção.

      Escreva sempre.

      Abs.

  3. Roberto Alfano

    Bom dia, é bem verdade caro Trevisan está camisa não tem nada a ver com o verde tradicional!!!

    Bom jogo, em pontos corridos vale os 03 pontos, só temos que recuperar mais 03 vitórias para ameaçar os “Lideres”.

    Abraço.

  4. Opa. Ó eu aqui em primeiro ó. Excelente vitória do Palmeiras com o time reserva. Mas o Artur ficou no banco e o Jean jogou o jogo inteiro? É prá acabar.

    • Márcio Trevisan

      Então, Tadeu, também imaginei que o Artur fosse começar jogando ou, pelo menos, entrar no decorrer do jogo.

      Mas nossos velho/treinador nunca foi adepto da ofensividade, certo?

      Abs.

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