CAP. 163 – E O IMPOSSÍVEL ACONTECEU (PARTE II – FINAL)

Não havia outro caminho: se quisesse voltar a ser campeão o Palmeiras teria, no tempo regulamentar ou pelo menos na prorrogação, ganhar da Inter de Limeira/SP.

Para tanto, o técnico Carbone resolveu mandar a campo, logo de início, uma equipe mais aberta do que a da primeira partida: para tanto, recuou Jorginho para o meio-campo, sacando Mendonça; e com isso abriu espaço para que, no ataque, tivéssemos a presença de dois centroavantes – Edmar e Mirandinha – ao lado do ponta-esquerda Éder. O treinador, contudo, não se esqueceu do bom poderio ofensivo do adversário, tanto que recolocou Gérson Caçapa, exclusivamente um cabeça-de-área, no lugar de Edu Manga, até para proteger mais a nossa defesa, desfalcada do contundido Vágner Bacharel.

A estratégia deu certo. No primeiro tempo, o Verdão foi sempre melhor, criou várias chances de gol e só não abriu o placar devido a várias e sensacionais defesas de Silas que, além da sorte de ver várias bolas passando raspando às suas traves, fez naquela noite a melhor partida de toda a sua carreira. Mas o 0 a 0 ao fim da etapa inicial, como já dissemos, garantia o título ao time interiorano e, por isso, Carbone colocou em campo, no segundo tempo, nosso time ainda mais no ataque: sacou Diogo e colocou Ditinho, lateral-direito muito mais ofensivo do que o uruguaio, e pôs Mendonça na vaga de Lino, visando dar uma maior qualidade ao meio-campo.

O técnico José Luís Carbone colocou o Palmeiras todo no ataque. Mas não adiantou…

Não se pode afirmar se tais ideias dariam ou não certo, pois em menos de dez minutos já pedíamos por 2 a 0. Aos 5, Márcio Alcântara permitiu que o centroavante Kita dominasse e virasse de fora da área, concluindo com força no canto direito baixo de Martorelli; aos 9, após um chutão, Denys tentou recuar com o peito para o goleiro palmeirense, mas tocou fraco na bola e permitiu que o ponta-direita Tato (o mesmo que no ano seguinte jogaria no Palmeiras) driblasse nosso camisa 1 e ampliasse a vantagem.

O desespero tomou conta de todos os alviverdes. Precisaríamos, ao menos, empatar o jogo no tempo normal e tentar uma vitória na prorrogação, já que a vantagem dos empates era toda da Inter de Limeira/SP. Nosso time lutou, e isso ninguém pode contestar: fomos pra frente, sufocamos o adversário, demos espaços para mortais contra-ataques não aproveitados pelo time do Interior mas, apesar de todos os esforços, só conseguimos um gol – Amarildo, justamente o substituto de Bacharel, após cobrança de escanteio de Éder tocou de cabeça. Já nos acréscimos, mais especificamente aos 47 do segundo tempo, o maior pecado: após chute de fora da área e rebote de Silas, Mendonça cabeceou livre e a bola raspou a trave direita. Seria o gol do empate e a certeza da prorrogação, SQN…

Instantes depois, Dulcídio Wanderley Boschillia apitou o fim do jogo e, também, o fim do nosso sonho. O título não veio, a fila continuava. E o que seria ainda pior: ela duraria, ainda, um bom tempo, conforme começaremos a relembrar a partir do próximo capítulo de “Nossa História”. 

Até lá!

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6 Responses to CAP. 163 – E O IMPOSSÍVEL ACONTECEU (PARTE II – FINAL)

  1. Marcio, nesse jogo tem algumas histórias que prefiro te mandar por email.
    Quanto a escalação o Carbone não tinha colocado esse time da final em nenhum jogo.
    Era Edmar inicialmente e Mirandinha entrando no 2º tempo..E vinha dando resultado.Foi mudar justo na última partida.
    Quanto as falhas para mim muito mais falha do Martorelli, que nem deveria estar jogando e sim o Leão, do que do Denis no 2º gol

  2. Marcio você vai fazer uma matéria sobre a participação do ex palmeirense Mina e do Borja na edição deste circo chamado Copa do Mundo de 2018.
    O falastrão técnico do Brasil não convocou nenhum jogador do Palmeiras.
    BEM FEITO !
    Com foi difícil torcer em sequencia pra Suiça, Costa Rica, Servia e México.
    Ufahhhhh VIVA a Bélgica !

    VIVA a Bélgica !
    VIVA a Bélgica !

    • Márcio Trevisan

      Jair: nem vou perder meu tempo.

      Mina foi muito bem, mas não nos pertence mais. E Borja jogou apenas 5 minutos.

      Abs.

  3. Ola Marcio tudo bem?
    Felizmente esta acabando mais uma MALDITA copa do mundo de futebol da ridícula FIFA !
    Então estou de volta …
    Mas cá pra nós…um time que tem o PIOR goleiro da historia do Palmeiras, o RIDÍCULO, ESTAPAFÚRDIO E GROTESCO Martorelli não merece ganhar absolutamente NADA !

    • Márcio Trevisan

      Jair: Martorelli era uma aposta da diretoria, que via nele o mesmo potencial de Gilmar.

      Só que o primeiro não deixou a torcida palmeirense sentir saudades de Leão.

      Mas não é verdade que Martorelli foi o pior goleiro da história do Palmeiras. Há outros, meu amigo, muitos outros.

      Abs.

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