Em melhor partida do ano, Palmeiras vence SPFC e mostra que aprendeu a lição
Vencer ou perder um clássico é algo normal e acontece com todos os grandes clubes – e a esta regra não cabe exceção. O detalhe é que há formas e formas de se vencer e de se perder um clássico, e neste ano o Palmeiras já mostrou ambas: ao perder para o Corinthians/SP, em 24.02, e ao vencer o São Paulo/SP, nesta quinta-feira.
Quando foi superado por “eles”, nosso time não mostrou a raça, a fibra e a concentração essenciais a um bom desempenho numa partida importante. A apatia, o descaso, o “dar de ombros” que nossos jogadores evidenciaram no Itaquerão foram, eles sim, a principal causa da nossa derrota, e não o polêmico lance penal anotado pelo árbitro quase um minuto após, de fato, ter acontecido.
Hoje, o Verdão mostrou ter aprendido a lição. Desde o começo do Choque-Rei deixou muito claro ao adversário quem iria mandar na partida. Exercendo sempre que foi possível o que hoje se chama de “marcação alta”, utilizando-se da velocidade pelas laterais e pelas pontas e, sobretudo, extremamente aplicado na marcação, inclusive por parte de seus atacantes, o Palmeiras sobrou em campo. Sobretudo no primeiro tempo, quando praticamente resolveu o jogo, a equipe do pra lá de ameaçado Dorival Júnior sequer viu a cor da bola. Por sinal, as únicas cores que os são-paulinos viram na Arena Palestra Itália foram o verde e o branco – das nossas camisas e das arquibancadas, mais uma vez repletas.
Antônio Carlos: apesar do belo gol, erros individuais atrapalharam sua atuação
Uma alteração tática simples, porém fundamental, promovida por Róger Machado também possui um enorme parcela de responsabilidade em mais esta vitória sobre nosso tradicionalíssimo rival. Ao inverter o lado do campo de atuação de Dudu (da esquerda para a direita), o treinador alviverde não só se aproveitou da fragilidade técnica de Edimar como, também, amenizou os problemas que o ótimo Valdívia causaria pelo setor, já que nosso capitão também deu uma força a Marcos Rocha na marcação.
E por falar em atacantes ajudando o setor defensivo, cabe aqui um elogio, ou melhor, um reconhecimento a um jogador: Miguel Ángel Borja Hernández. O centroavante do Verdão é um jogador completamente diferente do que foi em seu primeiro ano de clube, e como disse acima não apenas pelos gols que vem marcando. Ontem, por sinal, fez dois – pena que o segundo em milimétrico impedimento percebido, sabe-se lá como, pelo árbitro-assistente. O colombiano parece ter, enfim, entendido que o futebol que se joga no Brasil é completamente diferente do que se joga na Colômbia, e que uma total entrega em campo não só nas finalizações, sua especialidade, mas também nas disputas de lances e na marcação na saída de bola adversária faz com que suas atuações sejam sempre positivas – e os gols, claro, são apenas o resultado disso.
Por fim, meus amigos, o que eu espero – ou melhor: o que eu acredito – é que a vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo/SP e, principalmente, a forma como o Palmeiras a obteve servirão de exemplo para todos os grandes jogos que tivermos pela frente nesta temporada. Afinal, clássico se joga assim.
E a Libertadores também.
JAÍLSON – 5
REGULAR
MARCOS ROCHA – 6
BOM
ANTÔNIO CARLOS – 5,5
SATISFATÓRIO
THIAGO MARTINS – 6,5
MUITO BOM
VICTOR LUÍS – 7
ÓTIMO
FELIPE MELO – 6,5
MUITO BOM
BRUNO HENRIQUE – 7
ÓTIMO
LUCAS LIMA – 6,5
MUITO BOM
DUDU – 7,5
ÓTIMO
BORJA – 8,5
EXCELENTE
WILLIAN BIGODE – 6
BOM
RÓGER MACHADO – 7
ÓTIMO
MOISÉS – 5,5
SATISFATÓRIO
THIAGO SANTOS – 5
REGULAR
GUSTAVO SCARPA – 5,5
SATISFATÓRIO
Créditos Fotos: César Greco/Agência Palmeiras
13/03/2018 at 12:48
É assim que quero ver meu verdão jogar durante o ano todo.
10/03/2018 at 21:28
Quando perde, uma avalanche de comentários. Quando ganha, sobretudo de maneira tão avassaladora (excelente futebol), a galera some.
Palmeirense precisa ser estudado…
11/03/2018 at 1:29
Fábio: sempre foi assim e sempre será.
Em meus tempos de editor da Revista do Palmeiras, fechávamos a edição na sexta-feira, e a revista chegava às bancas na segunda-feira.
Quando o Palmeiras perdia no fim de semana, independentemente da manchete, a venda era expressivamente maior.
E a explicação é simples: muitos torcedores utilizam os canais ligados ao cube como catarse, a fim de desabafar.
Abs.
11/03/2018 at 12:51
não ligam tanto pra vitória, mas se importam muito com as derrotas. como se ganhar fosse uma algo normal, uma obrigação, mas derrotas são imperdoáveis…
10/03/2018 at 7:40
Bom dia, como disse se ganhássemos, e ganhamos, titulo a vista. Porque se jogar como jogou vai ser duro tirarem da gente.
Ps. Só se os árbitros mais uma vez contra a gente alterar as regras e inventar novas.
11/03/2018 at 1:27
Seu último parágrafo é o meu maior medo, Ronaldo.
Abs.
09/03/2018 at 21:00
Márcio só uma coincidência, os mesmos jogadores que fizeram os gols ontem, foram os mesmos que fizeram contra o Santos.abraços.
10/03/2018 at 12:23
Verdade, Maciel….bem observado
11/03/2018 at 1:26
Maciel: eu não acredito em coincidências, mas que elas existem, existem – rs…
Abs.
09/03/2018 at 11:35
Bom dia!
Jailson= aquela bola no travessão explica a máxima de que todo grande goleiro também precisa de sorte; no mais, mero expectador! – 6
Marcos Rocha= parece cada vez mais solto; – 6
A. Carlos= pareceu nervoso, quando menos precisava – 5,5
T. Martins= engoliu o sistema ofensivo delas; 7
V. Luiz= um dos melhores em campo; pra mim, sua melhor atuação com a nossa camisa; – 8
F. Mello= o maior “bolso” do futebol atual brasileiro; ousado, vibrante; 7
B. Henrique= sustentou bem a marcação aos armadores delas, e ainda, ajudou em boas saídas de bola; 6,5
L. Lima= todas as melhores jogadas do Palmeiras passam por seus pés; 7,5
Dudu= o Capitão voltou!!! partida típica do futebol que sabemos que tem; e ganhou mais pontos ainda comigo, pois, admitiu que estava abaixo do que pode render; 8,5
Bigode= não parece estar tão bem quanto ano passado, meio pressionado quando olha para o banco; 6
Borja= impressionante o que mudou e melhorou. Também quero fazer uma ressalva aqui: aos 43′ do segundo tempo, numa marcação alta, ele estava pilhado apertando um dos zagueiros e o goleiro, quando a bola foi tocada para a lateral esquerda… Borja ficou p* e deu bronca no M. Rocha ou Scarpa que não foram pra cima. Está com vontade o matador!!! 9
Moisés= tem muito crédito e é ídolo; sua cadência foi fundamental para não sofrermos pressão no final da partida; penso que Bruno Henrique vai dificultar sua vida no time titular; 6,5
Scarpa= está na hora de entrar no lugar do Bigode; que canhota meus amigos; 6,5
T. Santos= atual 12º jogador do time; 6
R. Machado= deu mostras de que sabe o que faz e que já tem o time sob seus domínios; também concordo em vir mantendo esta base, que já deu mostras de responder em jogos grandes; precisa realmente mostrar outras formas de jogar, variar, como ontem e impôr dificuldades aos adversários; e já percebeu que as atmosferas dos clássicos paulistas são muito diferentes do RS e de MG, e como elas tumultuam as vidas daqueles que os perdem. 7,5
Sobre o jogo, Márcio, como sempre, esmiuçou com perfeição, nada de mais relevante a acrescentar. Mas, a sexta-feira está mais leve e agradável, rs!!!
Abraços.
11/03/2018 at 1:26
Obrigado, Colletti.
Muito legal ver suas notas e avaliações.
Faça sempre assim.
Abs.
09/03/2018 at 11:21
Grande Márcio, bom dia!
Depois de mais ou menos 4 meses, estou de volta a minha satisfatória rotina de resenhar aqui no seu blog.
E ja volto discordando da nota ao Antonio Carlos, acho que a zaga ontem foi nota 8, acho que além “delas” outro que não viu a cora da bola foi o Jailsão, pois a nossa defesa praticamente não deixou o ataque deles jogarem, exceto na bola que o Trelez acertou a trave.
Dudu, Borja, B. Henrique e Vitor Luis realmente foram excelentes.
Márcio, eu estava com uma raiva do Scarpa, o moleque erra passes demais meu Deus!!, embora no decorrer do segundo tempo ele melhorou, mas… tem que melhorar muito, mostrar o futebol que jogou no Flu/RJ e assim justificar todo empenho e desgaste que o Verdão teve para contrata-lo.
Gd braço Márcio.
11/03/2018 at 1:24
Olá, Verdão.
Que bom que vc está de volta!
Em relação ao Scarpa, creio ser uma questão de tempo. Rapidinho ele mostrará aqui o que fez lá.
Abs.
09/03/2018 at 11:15
Bom dia, muito bom seu comentário caro Trevisan, é assim que se joga clássico totalmente concentrado e aguerrido, principalmente no primeiro tempo.
Não fosse o juiz ter apitado o impedimento do Borja, que não foi, seria o segundo dele.
Agora só tem um Time que está engasgado na garganta do nosso Torcedor, você sabe qual é.
Da para brigarmos por Título, só depende de nós.
abraço.
11/03/2018 at 1:23
Olá, Alfano.
Vamos brigar, sim. E confio que, neste ano, levaremos este Paulistão.
Abs.