CAP. 128: A SEGUNDA ACADEMIA – PARTE II

Muito embora o ano tivesse começado de forma brilhante para o Palmeiras, a verdade é que as conquistas dos Torneios Mar del Plata e Laudo Natel não significaram, assim, tanto prestígio. Foram taças, claro, comemoradas, mas sem a alegria comum aos palmeirenses.

Motivo: o grande objetivo do time era, sem dúvida, o Campeonato Paulista de 1972. Até porque, vale lembrar, a perda do título da edição anterior ainda não havia sido totalmente digerida pelos alviverdes, dada a absurda anulação do gol de Leivinha na partida decisiva (veja o capítulo 125 de “Nossa História). Mas a vingança sobre o São Paulo não haveria de tardar.

E de fato não tardou. Aquele Paulistão começou a ser disputado em 5 de março, apenas cinco dias após o Verdão ter levantado a taça do Torneio Laudo Natel. E, sem dúvida alguma, foi bastante disputado. Contudo, desde o seu início percebeu-se que Tricolor e Verdão tinham as duas mais fortes equipes. Tanto que se intercalaram, rodada a rodada, na primeira e na segunda colocações.

Eurico, Leão, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Dudu , Zeca, Edu, Madurga, Leivinha, Ademir da Guia e Nei: uma das formações-base do Palmeiras, campeão paulista de 1972.

E assim permaneceram até a última partida de ambos que, por sinal, era justamente um contra o outro. Coincidência? Não. A FPF organizou a tabela de acordo com as colocações do ano anterior, e como são-paulinos e palmeirenses foram os protagonistas finais do Paulistão/1971 ganharam o direito de, mais uma vez, disputarem o clássico de encerramento da competição.

Chegamos a esta partida com um ponto a mais e, portanto, podendo jogar pelo empate. O detalhe curioso é que tanto nossa equipe quanto a deles estava invicta no torneio. Assim, o 0 a 0 que estampou o placar do Pacaembu nos garantiu o título sem uma única derrota, e ao São Paulo coube uma condição no mínimo curiosa: foi vice-campeão sem também ter perdido um só jogo em todo aquele Campeonato Paulista.

Três competições disputadas no ano, três títulos obtidos. E tudo isso em pouco mais de oito meses. Aquela fantástica equipe jogava um futebol extraordinário, e tantas conquistas começavam a tornar enfadonha a rotina dos palmeirenses.  Então, chega de festa em 1972, certo?

Que nada, meus amigos. Em nosso próximo encontro, veremos que ainda haveria espaço para mais alegrias em verde e branco.

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