CAP. 112: NA CIDADE MARAVILHOSA, UM TIME MARAVILHOSO

Tido e havido como o melhor time do mundo em todos os tempos, o Santos/SP da década do 60 teve, no entanto, pelo menos uma pedra no sapato – uma gigantesca pedra, aliás. Afinal, mesmo tendo pela frente um time que contava com, por exemplo, Pelé – isso sem que lembremos de tantos outros craques na melhor definição da palavra –, o Verdão conseguiu resultados pra lá de expressivos naquele período. 

Em 1965, por exemplo, conquistamos o título do Torneio Rio-são Paulo, feito relembrado no capítulo anterior de “Nossa História”. Mas aquela foi apenas a primeira significativa conquista do ano. Logo depois houve outra, quase tão importante quanto no aspecto técnico, e igualmente louvável sob o ponto de vista emocional. 

Valdir de Moraes

Em comemoração aos 400 anos de sua fundação, a cidade do Rio de Janeiro, então capital do estado da Guanabara, realizou no Maracanã um quadrangular internacional. Dele, participaram Fluminense/RJ, Penãrol/URU, Palmeiras e Seleção do Paraguai, então vice-campeã sul-americana. O Verdão entrou em campo no dia 9 de julho com a missão de bater os paraguaios e, desta forma, chegar à final contra o vencedor do duelo entre o Tricolor carioca e o representante uruguaio.

O primeiro tempo foi bastante equilibrado. Mesmo começado em vantagem no placar, nossa equipe vacilou e permitiu o empate. Porém, tendo em seu elenco jogadores sensacionais, o Palmeiras não demorou muito na etapa final para chegar com facilidade não só à vitória como também à goleada: 5 a 2, com gols de Tupãzinho (2), Servílio, Rinaldo e Monges (contra).

Com o triunfo na semifinal, o alviverde se garantiu na decisão do torneio contra o Peñarol/URU dois dias mais tarde. Após um empate sem gols no tempo regulamentar, o título foi decidido nos pênaltis.

Pedro Rocha

Naquele torneio, o sistema de disputa foi diferente do usual: cada equipe chutava apenas três vezes, com o mesmo cobrador e na sequência. Ou seja: não haviam as cobranças intercaladas. Coube ao aurinegro do Uruguai bater primeiro, com ninguém menos do que Pedro Rocha, o extraordinário e inesquecível camisa 10, um dos mais completos jogadores de futebol em todos os tempos. 

Mas no gol palmeirense estava Valdir de Moraes, que defendeu as duas primeiras cobranças e viu a terceira ir para fora. Quando Rinaldo cobrou e converteu logo o primeiro penal para o Verdão, o título foi garantido. E na Cidade Maravilhosa, a festa foi mais uma vez alviverde.

O ano de 1965, como vimos, começava ade forma brilhante para o Palmeiras devido às conquistas do Rio-São Paulo e do IV Centenário do Rio. Porém, ainda era pouco: dois meses depois, uma outra glória seria obtida pelo Palmeiras. E será este o tema principal do nosso próximo encontro.

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