CAP. 104 – ANOS 60: A DÉCADA DE OURO

Sim, meus amigos: como dizia Fiori Gigliotti, um dos mais talentosos narradores do rádio esportivo paulista e brasileiro, “o tempo passa…”. Assim, chegamos à década dos 60, período em que o Palmeiras notabilizou-se por ser, em alguns períodos, o melhor time do Brasil. 

Na verdade, a disputa no Supercampeonato Paulista de 1959 não deixara dúvidas quanto a um fato: a partir de então, o Santos de Pelé e seus amigos não seria apenas mais um participante dos torneios que disputasse. O Verdão foi, com méritos, o grande supercampeão, mas a dificuldade que teve para garantir mais este troféu acendeu uma luz amarela na mente de nossos dirigentes: ou o time se fortalecia e se preparava para enfrentar um adversário que certamente faria história ou, então, que se limitasse a ser única e tão somente um coadjuvante nos anos que seguiriam. 

Politicamente, nosso clube tinha no comando um presidente que se eternizaria como um dos mais vitoriosos de toda a história alviverde: Delfino Facchina. Homem de extrema visão administrativa e também esportiva, foi ele quem decidiu reforçar ainda mais o já forte time que o Verdão possuía. Segundo ele, esta seria a única forma de fazer frente ao esquadrão santista. Assim, mesmo ostentando o título paulista de 1959, o Palmeiras se reforçou e repatriou um grande ídolo de década anterior: Humberto Tozzi. 

A volta do extraordinário meia e também artilheiro foi fundamental para que o time desse continuidade à sua sina de campeão. Ainda em 1960, o time faturaria a Taça Brasil, torneio que, com todos os méritos, ainda que tardiamente foi galgado à condição de título nacional – afinal, dava ao seu campeão o direito de representar o País na Copa Libertadores da América. 

O Palmeiras, claro, não se limitaria apenas a este feito. Nos anos seguintes, faturaria também dois estaduais, mais uma Taça Brasil e dois “Robertões”, como era popularmente conhecido o Torneio Roberto Gomez Pedroza, este sim precursor direto do atual Campeonato Brasileiro e que hoje também goza de idêntico status. De quebra, o Verdão ganharia também mais um Rio-São Paulo e encerraria a década com a conquista de seu primeiro Carranza. Únicas a impedirem que o Santos reinasse, absoluto, no cenário futebolístico nacional, não à toa aquelas equipes ficariam eternamente conhecidas como “Primeira Academia”. 

E é justamente deste maravilhoso período da história palmeirense que começaremos a detalhar a partir do nosso próximo encontro. Você terá a possibilidade de relembrar ou, dependendo de sua idade, de conhecer a história de inesquecíveis vitórias e de eternos craques. 

Portanto, como dizia a antiga canção de Jair Rodrigues, por sinal sucesso nos mesmo anos 60, “prepare o seu coração pra’s coisas que eu vou contar”.  

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2 Responses to CAP. 104 – ANOS 60: A DÉCADA DE OURO

  1. Como eu sou feliz de ser Palmeirense.
    Nos anos 60, meu saudoso Pai começou a me levar em estádios de futebol, pra assistir jogos com estes craques maravilhosos.
    Me levou também pra ver os jogadores veteranos dos anos 50 que faziam jogos de exibição no time de veteranos do Palmeiras.
    Passados todos estes anos, é indescritível o meu sentimento !

    • Márcio Trevisan

      Então, Jair, como diria a antiga canção do seu xará, Jair Rodrigues, “prepare o seu coração pra’s coisas que eu vou contar” nos próximos capítulos de “Nossa História”.

      São de arrepiar até carecas, como eu.

      Abs.

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