CAP. 99 – COMO SURGIU O PERIQUITO

Apesar da admissão, tanto por parte da torcida, já há 30 anos, como por parte da diretoria, no segundo semestre de 2016, a verdade é que o símbolo oficial do Palmeiras é o periquito. Mas são poucos os que conhecem a história de como este simpático pássaro se tornou a marca registrada do nosso clube. Daí a decisão que tomamos em dedicar um capítulo de “Nossa História” para contar esta… história. 

Uma das figuras mais tradicionais da cidade de São Paulo/SP em tempos idos era o homem do realejo. Ele percorria as ruas levando no topo de seu instrumento uma pequena gaiola com um periquito e, logo abaixo, uma gaveta repleta de bilhetinhos dobrados, os chamados “bilhetes da sorte”. Quando havia gente por perto, o homem parava, apoiava seu instrumento de trabalho num comprido bastão que fazia parte do aparelho e começava a girar uma manivela com a qual acionava o mecanismo que reproduzia a música já gravada.

Terminada a canção, vinham as pessoas interessadas em tirar a sorte, mediante pagamento de pequena quantia. O homem do realejo ordenava e o periquito, baixando a cabeça, pegava um bilhetinho com o bico. O tocador de realejo esperava, então, que o passarinho bicasse o bilhete até o perfurar por completo para só depois entregar a mensagem a quem por ela havia pago. 

E era tão grande o sucesso deste tipo de entretenimento que os compositores Antônio Nássara e Sá Roris fizeram para o Carnaval de1957 afamosa marchinha “Meu Periquitinho Verde”, cuja letra todo mundo conhece: “Meu periquitinho verde, tire a sorte, por favor. Eu quero resolver este caso de amor, pois se eu não caso neste caso vou morrer…”, e por aí ia.

Esta marchinha foi aproveitada por Domingos Ianaconi, o popular “Minguinho”, fanático diretor do Palmeiras que montou a famosa bandinha alviverde e o primeiro organizador de torcida a levar música aos estádios em dias de futebol. Ela era proprietário de uma loja de eletrodomésticos, a TV do Braz e, nas segundas-feiras após vitórias do Palmeiras, vários eram os jogadores que passavam por lá. Invariavelmente saíam com algum eletrodomésticos debaixo do braço, presente do proprietário.

Mas o maior presente Minguinho deu mesmo ao nosso clube: como seu conjunto soube muito bem se aproveitar do sucesso da marchinha carnavalesca, o Verdão ganhou um símbolo dos chargistas da época, justamente o que ilustra esta matéria. 

P.S.: Quando chegar o momento propício, também contaremos como e porque o porco também se tornou um símbolo do Palmeiras. 

ATENÇÃO: ESTA É UMA OBRA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL, SENDO PROIBIDA SUA DIVULGAÇÃO TOTAL OU MESMO PARCIAL SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. OS INFRATORES SERÃO RESPONSABILIZADOS CRIMINALMENTE.

 

Para ler os capítulos anteriores, clique aqui.

 

One Response to CAP. 99 – COMO SURGIU O PERIQUITO

  1. Bom dia, Márcio.

    Muito interessante esta história. Eu não sabia a origem do nosso mascote. Obrigado pela informação.

    Feliz 2017, com muita saúde.

    Forte abraço.

    Valter

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