CAP. 98 – UM GÊNIO CHAMADO MAZZOLA

Em um dos nossos mais recentes encontros, dedicamos um capítulo de “Nossa História” a Humberto Tozzi, a quem chamamos de “craque esquecido”. Contudo, ele não foi o único jogador a brilhar no Palmeiras numa época em que os títulos importantes, quando muito, rarearam. Desta forma, seria uma enorme injustiça se não citasse aqui que, embora as taças não tenham chegado ao Parque Antártica naqueles anos, um craque supremo chegou.

Pode um jogador atuar por apenas dois anos e sete meses (entre setembro de 1955 e abril de 1958), não ganhar, como dissemos, nenhum título importante e mesmo assim se tornar um imortal? Pode, desde que este jogador tenha o mesmo nível de José João Altaffini, o Mazzola. Apesar do pouco tempo, aquele menino de Piracicaba/SP, palmeirense de coração, infernizou as defesas. Difícil foi o jogo em que atuou e que não marcou pelo menos um gol. Aliás, fez 92 em 122 partidas com a camisa do Verdão, o que representa uma pra lá de excelente média de 0.75 gol por jogo. 

Mazzola, que ganhou este apelido devido à semelhança que possuía com o antigo jogador italiano, começou ainda menino, no Clube Atlético Piracicabano/SP. Seus gols chamaram a atenção do Verdão e, com apenas 18 anos, o garoto se transferiu para o nosso clube.

Tivesse tido a sorte de encontrar um time apenas um pouquinho mais forte e ele certamente teria marcado ainda mais seu nome em nossa história – ainda que, para alguns, tenha sido ele o melhor centroavante que o Palmeiras já teve. Em sua época, o grupo contava com grandes jogadores, como Jair Rosa Pinto, Paulinho, Valdemar Carabina e Waldemar Fiúme, mas adversários que viviam fases melhores impediram as conquistas alviverdes.

Apesar disso – e da pouca idade: contava, então, apenas 20 anos, – o camisa 9 despertou o interesse do Milan/ITA, que o levou pouco antes da Copa do Mundo da Suécia por 25 milhões de cruzeiros. Só para se ter uma ideia da fortuna que este valor era na época, basta dizer que o Palmeiras usou parte – isso mesmo: apenas parte – daquele dinheiro para construir um ginásio e contratar craques como Chinesinho, Valdir de Moraes, Aldemar e Zequinha, entre outros. Após disputar o Mundial de 1958 na condição de reserva de Vavá, seguiu para a Itália e lá, além do rubro-negro de Milão/ITA, defendeu também a Juventus de Turim/ITA e o Napoli/ITA.

Hoje aos 78 anos e tão palmeirense quanto sempre foi, Mazzola vive na Itália e merecidamente desfruta da honra de ser uma das maiores glórias da mais do que centenária história alviverde.

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