COM PINTA DE CAMPEÃO

Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras que, após superar o América/MG, obteve a 7ª vitória em 10 jogos no Brasileirão. 

EM SÍNTESE - Eu sei: foram apenas 10 jogos até aqui, o que significa que nem mesmo 1/3 do campeonato foi cumprido. Eu também sei que nem em sonho o Palmeiras- ou qualquer outro time – conseguirá ganhar sete de cada 10 partidas que disputar, assim como é pouco provável que o excelente aproveitamento atual, de mais de 73%, seja mantido até o fim da competição. Mas será que o Verdão vai deixar de tocar a bola de pé em pé? Será que os chutões, agora praticamente extintos, voltarão a ser a tônica nos jogos do time? Será que não mais haverá sempre dois ou mais jogadores próximos em todas as jogadas, como se vê agora? Será que, de repente, os três setores deixarão de “conversar” entre si? Será que o número de situações claras de gol, hoje enorme em todas as partidas, diminuirá tão drasticamente? E, por fim, até pode ser que uma ou outra situação como estas venha à tona, mas será possível que todas elas acontecerão? O que quero dizer, meus amigos, é que o fator que mais me empolga não são as vitórias, mas a forma como o Palmeiras as tem obtido. Por isso, e já que fiz neste texto tantas perguntas, termino-o com outra: será, palmeirense, que nosso time não está com pinta de campeão? 

FERNANDO PRASS – 5
REGULAR

Sabe quantas defesas o nosso goleiro praticou em todo o jogo? Nenhuma. A única bola que foi com perigo ao seu gol passou, por sorte, à sua direita. De resto, ele foi um mero batedor de tiros de meta.

JEAN – 5,5
SATISFATÓRIO 

Teve um bom primeiro tempo, sobretudo nos lances em que foi preciso sua intervenção nas coberturas. Mas acabou se machucando após receber uma falta e não conseguiu retornar do intervalo.  

EDU DRACENA – 6
BOM

Nosso técnico me provou que é melhor do que eu pensava ao manter o amigo aí de cima no time – afinal, mesmo não sendo mais o mesmo grande zagueiro dos tempos do Santos/SP, é muito melhor do que Thiago Martins. Hoje, é fato, teve uma vida mais fácil, já que a bola não chegou a Borges e, desta forma, ele praticamente não teve a quem marcar. Por pouco não marcou um belo gol de cabeça, após ótimo cruzamento de Fabiano – o ótimo goleiro João Ricardo praticou, no lance, um dos seus três milagres da noite.

VÍTOR HUGO – 5,5
SATISFATÓRIO

Melhorou em relação às duas últimas partidas, pois pelo menos não falhou em nenhuma marcação em lances de bola parada. Além disso, cobriu bem os espaços todas as vezes em que Egídio e Zé Roberto apoiaram o ataque.

EGÍDIO – 5,5
RUIM

O América/MG só não abriu o placar, o que atrapalharia bastante a vida do Palmeiras, porque demos sorte, mas sua falha no lance foi gritante. Além disso, errou todos os cruzamentos que tentou. Só não foi substituído no intervalo porque Jean se contundiu e nosso treinador, acertadamente, optou por esperar o meio da etapa final para sacá-lo da equipe.

TCHÊ TCHÊ – 6,5
MUITO BOM 

É bem provável que o torcedor não perceba a importância que tem tido para o time, mas nesta terça-feita, mais uma vez, ele foi vital à nossa vitória. Diante de uma equipe que pouco ou quase nada atacou, pôde vez ou outra trocar de lugar com Moisés e, desta forma, apareceu algumas vezes em nossa intermediária ofensiva. Além disso, roubou várias bolas, desarmou outras tantas e até jogadas pelas laterais realizou. Não é à toa que se tornou titular absoluto desde que chegou. 

MOISÉS – 7
ÓTIMO

Mesmo quando não joga tão bem, este rapaz me chama mais a atenção a cada partida. Imaginem, então, quando nos brinda com uma atuação como a desta noite. Moisés é o que se pode chamar de jogador moderno, pois realiza as três funções no meio-campo: marca, sai para o jogo e arma jogadas ofensivas. E, no caso dele, ainda faz dois ou três lançamentos primorosos, como os que vimos hoje.  

CLEITON XAVIER – 6
BOM

É verdade que esteve longe de brilhar, mas ainda assim participou diretamente dos dois gols – no primeiro intencionalmente, quando tocou para Gabriel Jesus e, no segundo de forma involuntária, quando errou o chute e fez com que a bola chegasse aos pés da nossa joia. Cansou-se bastante na etapa final, sumiu em  campo e foi corretamente substituído. 

DUDU – 7
ÓTIMO

Ao contrário do que fizera diante do Santa Cruz/PE, desta vez jogou no meio-campo, como ponta-de-lança, exatamente como aconteceu no fim do ano passado, sob o comando de Marcelo Oliveira. E de novo foi bem demais, com ótimos passes e lançamentos. De seus pés saíram as bolas que culminaram nos dois gols de Gabriel Jesus.

RÓGER GUEDES – 9
QUASE PERFEITO 

Confesso que estou preocupado: após o que esse cara jogou hoje, temo que além de Gabriel Jesus e Fernando Prass fiquemos também sem ele durante o período das Olimpíadas, já que ele tem idade olímpica. Róger Guedes teve uma atuação de encher os olhos em todos os aspectos: dribles, jogadas de linha de fundo, chutes a gol e até na ajuda à marcação. A verdade é que nossos dois gols só aconteceram porque ele não desistiu das jogadas, não largou mão de bolas que pareciam mais do que perdidas. De longe, o melhor em campo nesta que foi a sua melhor atuação desde que chegou ao Verdão.

GABRIEL JESUS – 8
EXCELENTE

Demorou, mas enfim parece ter aprendido que gol é gol, não precisa ser bonito. Hoje fez dois gols feios (o segundo, aliás, na verdade foi contra), mas tão importantes quanto tantos outros golaços que já marcou. Além disso, não foi individualista, ajudou a equipe marcando a saída de bola e também deu uma força nas bolas cruzadas contra a nossa área. Se nos camarotes estavam observadores do Barcelona/ESP, deu mais um passo para ir jogar com Messi, Neymar e Suárez.

CUCA – 9,5
PERFEITO

Palmas para o nosso treinador. Mais uma vez, mas desta vez ainda mais, ele teve uma atuação muito, mas muito elogiável. De cara, queimou a minha língua e manteve Edu Dracena no time titular, o que foi um acerto em cheio. Depois, ciente da fragilidade do adversário, manteve os mesmos jogadores que iniciaram a partida do sábado passado – ou seja: postou a equipe com um poderio ofensivo muito forte. Porém, inteligente, sentiu que diante do Santa Cruz/PE, apesar da vitória, não foram tantas quanto deveriam as jogadas ofensivas iniciadas no meio, e por isso optou por recuar um pouco Cleiton Xavier e escalou Dudu ao seu lado. Com isso, o Verdão ficou mais ofensivo, mais incisivo e só não chegou à goleada porque João Ricardo não foi eleito o melhor goleiro do último Campeonato Mineiro à toa. Além disso, mais uma vez vimos uma equipe compactada, com os três setores jogando uníssonos, os jogadores próximos uns dos outros e um toque de bola que enche o coração de palmeirenses de meia idade, como eu, tanto de saudade quanto de esperança. Nas substituições, nada a declarar: iria sacar Egídio já no intervalo, mas não o fez porque Jean sentiu uma contusão. Aí, poderia ter colocado Matheus Sales e deslocado Tchê Tchê à lateral direita, mas ciente de que Fabiano ainda não havia estreado, deu a oportunidade ao ex-cruzeirense. Assim que sentiu que a vitória estava garantida, mandou a campo Zé Roberto e, com isso, melhorou nossas jogadas pelo lado esquerdo e também pelo meio. Por fim, acertou de novo ao promover a estreia do jovem Vitinho, de apenas 18 anos, e assim fez o garoto “quebrar o gelo”. Cuca só não leva a nota 10 e a avaliação “Divino” por uma razão: ele não é Ademir da Guia.  

FABIANO – 5
REGULAR

Começou muito bem em sua estreia, pois logo de cara acertou um cruzamento perfeito, na cabeça de Edu Dracena. Depois, errou um outro lance e pareceu se intimidar, caindo então de rendimento.

 ZÉ ROBERTO – 6
BOM

Sua presença em lugar de Egídio melhorou o setor esquerdo do nosso time, tanto defensiva quanto ofensivamente. Além disso, ainda deu uma força em jogadas de meio-campo. 

VITINHO – 5
REGULAR

Foi apenas a sua estreia e, claro, cometeu erros que certamente não cometerá no futuro. Mas nem por isso chegou a jogar mal ou a atrapalhar o time em algum lance.

FOTOS DA CAPA: César Greco/Agência Palmeiras e Djalma Vassão/Gazeta Press

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

 10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO

8,5 – EXCELENTE
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE

21 Responses to COM PINTA DE CAMPEÃO

  1. Olá, Márcio.

    Impressionante não só o futebol, mas a personalidade que o Roger Guedes tem demonstrado!

    No futebol brasileiro há poucos atacantes com essa característica ofensiva, agressiva e atrevida. Foi algo que se perdeu ao longo do tempo e era muito comum no passado, em jogadores como Edmundo, Edílson, Muller, Denílson, Paulo Nunes, Euller, e por aí vai…

    Quanto ao Gabriel Jesus, vou emitir minha opinião sincera: é muito oba-oba da imprensa nesse menino. Tem muito talento, claro! Mas ainda está cru para o futebol.

    Concordo com o Cuca a respeito dele. Precisa amadurecer em todos os sentidos antes de embarcar para a Europa, ainda mais em se tratando de Barcelona. Vai esquentar banco por um longo período.

    Abraços!

  2. Leonardo Madureira

    Concordo com todo seu texto Márcio. Mas estou preocupadíssimo com o STJD. Parece que eles estão com olhos virados pra torcida o tempo todo a espera de qualquer motivo para denunciar.

    Outra coisa, você viu que no jogo com o Coritiba, os torcedores do palmeiras acenderam os sinalizadores, e só denunciaram Palmeiras. No jogo do palmeiras e grêmio, grêmio acende sinalizador, palmeiras e gremio sao denunciados. E ainda ouso dizer que o gremio pega multa e o palmeiras perde mando. Tá ficando escarada a coisa.

    • Márcio Trevisan

      Pois é, Leonardo.

      E é justamente por isso que apoiei a ida do Paulo Nobre à CBF, na semana passada.

      Pelo menos mostra que não estamos dormindo em relação a fatores extra-campo.

      Abs.

  3. Em Tempo
    O Time extraordinário do 1º semestre de 1996, que disputou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, goleando praticamente todo mundo, era uma time “fora da curva”, nem mesmo as 2 Academias aplicavam tantas goleadas.
    Porém, só conquistou o campeonato Paulista de l996, e infelizmente na Copa do Brazil, na final teve 27 chances de gol, mas incrivelmente perdemos pro Cruzeiro por 2 x 1.
    Abs.

  4. De propósito eu fiquei estas 3 rodadas sem fazer comentários.
    Estava aguardando a “postura” dos jogadores e do Cuca nas partidas contra Coritiba, Santa Cruz e América, pois tenho em mente que um time que esta na parte de cima da tabela ao enfrentar estes times da parte de baixo, tem que conquistar os 9 pontos.
    Q U E M A R A V I L H A !
    Só não conquistamos os 9 pontos devido aqueles torcedores (sic), inteligentes, espertos, sensatos, equilibrados, que fazem tudo certo pro nosso amado Palmeiras !
    Mas, esquecendo estes acéfalos, vamos a alguns comentários:-
    1º) Se o Palmeiras tivesse uma dupla de zaga, no nível do time, dos volantes pra frente, seria campeão INVICTO deste campeonato brasileiro.
    2º) Se eu fosse o Barcelona, pagaria a multa contratual do Gabriel Jesus e do Roger Guedes, e levaria a dupla pra ser reserva dos ótimos jogadores e PÉSSIMOS caráter, estou falando da dupla Neymar Soares.
    Contrataria os 2 e não emprestaria pra time nenhum da Europa.
    3º) Ontem o Roger Guedes teve uma atuação digna de estar jogando na posição do INESQUECÍVEL e LENDÁRIO Julinho Botelho. Foi quase perfeito !
    4º) Repito, desde a época do Jorginho eu não via o Palmeiras jogar uma coisa chamada “futebol”. Que beleza !
    5º) Esta é pros jovens que mandam mensagens ou mesmo leem os nossos comentários,
    ANTIGAMENTE, quando eu era joven, praticamente TODOS os jogos da 1ª e 2ª Academia eram nesse nível que estamos finalmente revendo nos jogos do Palmeiras.
    Q U E S A U D A D E !

    • Márcio Trevisan

      Oi, Jair.

      Concordo com todas as suas prerrogativas.

      Nasci em 1968 e, por isso, lamentavelmente não vi a Primeira Academia e nem a Segunda Academia, que acabou quando eu tinha apenas 6 anos. Mas pelo que estudei da história do Verdão, é mais ou menos de acordo com o que vc disse.

      Abs.

  5. Marcio, bom dia a voce e a todos palmeirenses, merecemos depois de tempos na escuridão. Penso que exite uma lógica, que resumo grosseiramente assim:
    Para ser campeão tem que ganhar, para ganhar tem que fazer gols, para fazer gols tem que jogar bem e jogar bem e fazer gols estamos cumprindo. Então indo ao encontro do que escreveu,podemos sonhar sim.
    As tres melhores contratações do Palmeiras depois de algumas baciadas são sem duvida Tche Tche, Moisés e Roger Guedes. Este ultimo bom jogador e bem trabalhado e lapidado pode até chegar a ser um craque.
    Hoje não vou pegar no pé do Vitor Hugo porque ele não trabalhou. E prefiro o Dracena a seu lado para que ganhe mais segurança.

  6. Júnior Colletti

    Márcio, bom dia!

    Quando vi a escalação dos 11 iniciais, me lembrei de você sobre o Dracena… kkkk… Acontece, o Cuca está nos surpreendendo para o bem mesmo. Bom, só escrevendo para o bom dia mesmo… sem maiores comentários!!! Coisa linda de ver!!!

    Já com relação ao nosso futebol nacional, uma colocação: temos salvação sim. Temos jogadores que se não serão craques geniais, farão frente a qualquer selecionado europeu. E, pelo menos, dois técnicos com essa filosofia: o que está na Seleção Nacional… e o que está na Seleção Alviverde. Bom, pelo nosso pedigree, sou muito mais o nosso mesmo!! Agora, há que sejam convocados os melhores jogadores e não os de melhores empresários.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Pois é, Colletti, este é o detalhe: pelo pouco que o conheço, não acredito que Tite entre no esquema de empresários.

      Daí a chance de a Seleção ser forma mais por jogadores que atuam no Brasil do que no exterior, o que por si só já aumentará a identificação do torcedor.

      Quanto a Cuca ser melhor do que Tite, pode até ser, mas deixa todo mundo pensar que ele é pior. Assim, ele fica conosco por mais tempo.

      Abs.

      • Marcio, desculpe o pitaco, mas neste caso independentemente do caráter do Cuca, isso transcende ao técnico. Vem de cima, é o tipo de coisa que vem de cima, da cúpula da CBF. Pois também acredito que o Dunga tenha bom caráter, mas é o tipo de coisa que torna-se inerente, quando a sujeira está em cima, cai automaticamente pra baixo. constante. Talvez a coisa passe a ser menos constante, mas via continuar.

  7. Roberto Alfano

    Bom dia caro Trevisan, muito bom seu comentário e o mais importante é que o Time todo está jogando bem, pena já ter olheiros nos principais jogadores.

    O Palmeiras está no caminho como mencionou acima, temos que ganhar fora para já criar gordura, pois o Campeonato é longo, vamos conseguir.

    Força Verdão.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Obrigado, Alfano.

      Quem faz sucesso chama a atenção mesmo, não tem jeito.

      Quanto ao jogo de sábado, se empatarmos já estará de bom tamanho, dados os últimos resultados.

      Abs.

  8. Marcos Vinicius

    Prezado Marcio

    Da famosa frase , FUTEBOL PUNE, nao entendo como ser possivel um time que almeja o titulo ainda manter EGIDIO , desde 2015 sabe-se da fragilidade deste jogador, é inadmissivel a demora em se tirar este jogador do time, futebol pune….

    • Márcio Trevisan

      Pois é, Marcus, também penso assim.

      Egídio até faz um ou outro jogo bom, mas na maioria das vezes é ruim (basta ver as análises de pós-jogo neste site).

      Talvez fosse a hora de dar uma chance e Fabrício.

      Abs.

  9. Olá Marcio,

    Tudo bem?

    Precisamos ter olheiros do Barcelona em todos os jogos! Deu pra ver o excesso de entusiasmo de Jesus e Roger Guedes acima do usual. Temo não só perdê- los para a seleção temporariamente como defnitivamente para o mercado europeu.

    • Márcio Trevisan

      Carlos: mais cedo ou mais tarde Jesus nos deixará, é fato.

      Mas me preocupo, mesmo, com Róger Guedes, pois ele é bem mais barato e pode ser contratado por qualquer clube europeu.

      Abs.

  10. Tà dando gosto de ver o Palmeiras jogar !!! E quanto ao Roger Guedes eu acho que ele parece muito com o Renato Gaucho !!nao sei se vc concorda?

    abraços

    • Márcio Trevisan

      Oi, Enrico.

      Renato Gaúcho era mais driblador e menos veloz, mas vc tem razão: o nosso jovem tem o mesmo estilo impetuoso do atacante que brilhou no Grêmio/RS.

      Abs.

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