Parece pessimista, eu sei, mas na verdade o título acima é mais do que otimista – é realista.
Nem é preciso que você me diga que quer ver o Palmeiras campeão em 2015. Por acaso, você acha que meu desejo é diferente do seu? Assim como você, quero muito ver o Verdão dar uma, duas ou, se possível, até mesmo três voltas olímpicas até o começo de dezembro. E isso, claro, poderá acontecer.
Mas provavelmente não acontecerá. E não é nem porque nosso time ainda precisa de algumas peças que evidentemente nos fazem falta ou que o nosso treinador, convenhamos, não seja lá um Oswaldo Brandão ou mesmo um Telê Santana. O que não me deixa acreditar muito em um título ainda nesta temporada é que estamos no que se chama de “ano de entressafra”.
Isso mesmo: assim como acontece na agricultura, no futebol também existe o tempo de plantar e o tempo de colher. E, entre um e outro, há de se ter a paciência para que as sementes germinem e deem frutos e para que estes fiquem maduros e possam ser colhidos. Aliás, isso aconteceu várias vezes na história do Palmeiras.
Por exemplo: todo mundo sabe de cor e salteado todos os títulos obtidos pela Segunda Academia. Mas o que pouca gente sabe é que aquele time levou um tempo para começar a dar certo. Para que possam comprovar isso, basta ver que sete de seus protagonistas estrearam antes de 1972, quando de fato teve início este maravilhoso período de nossa história: Eurico e Luís Pereira (1968), Leão, Zeca e Edu Bala (1969), Leivinha (1971) e Nei (1972). Ou seja: grandes craques demoraram um, dois, três e até quatro anos para serem campeões no Verdão. Apenas Dudu, Ademir da Guia e César Maluco, remanescentes da Primeira Academia, haviam obviamente estreado antes – em 1964, 1962 e 1967, respectivamente.
Não ficaram satisfeitos? Ok: segue mais um exemplo. Após comandar o futebol paulista e brasileiro em 1993 e 1994, faturando naqueles dois anos nada menos do que cinco títulos expressivos, o Palmeiras passou 1995 em branco, conseguindo no máximo o vice-campeonato paulista (e com “direito” à vexatória goleada para o Grêmio/RS por 5 a 0, pela Libertadores). E o que tivemos logo no ano seguinte? Uma das mais completas equipes de futebol que o mundo já viu jogar, ainda que por apenas alguns meses. Em 1997, outro ano sem grandes conquistas (apenas um vice brasileiro), mas em 1998 e 1999…
Assim, o que acredito é que 2015 é o ano de plantar, e que 2016 será o ano de colher. E não apenas porque o time já terá sua base montada em janeiro próximo, algo que sempre facilita muito, mas também porque haverá ainda mais dinheiro em caixa – com o Avanti, com os patrocínios, com a Arena Palestra Itália ainda mais lotada.
Se o Palmeiras obtiver um título já neste ano, melhor; se obtiver dois ou até os três que disputará, muito melhor, claro. Mas se isso não acontecer restará a você, a mim, a nós termos a paciência necessária de esperar pelos dias melhores, pois eles sempre vieram.
E novamente virão.
03/04/2015 at 19:16
marcio corcordo com suas colocaçoes apenas acho que nosso elenco hoje nao deve nada a de outros rivais apenas esta nos faltando mais raça e pegada
06/04/2015 at 14:24
Oi, Celso.
Acho que há algo que nos falta ainda mais: técnico.
Abs.
02/04/2015 at 16:05
Para quem ja se acostumou a ser apenas coadjuvante e só ganha um paulista á cada 10 12 anos, que fiquem esperando e entrando nessa de semente plantada, enquanto nossos rivais ja colhem o fruto !!!E saboreiam cada vez mais !!!
02/04/2015 at 18:44
Oi, Emílio.
Entendo sua posição, pois ela não difere da minha.
Ainda que em meus tempos de adolescência tenha sofrido muito com o Palmeiras (foi moleque entre 1979 e 1985), como historiador do clube sei que, no passado, deitávamos e rolávamos. Depois, tive a sorte de ver os times de 1993, 1994 e 1996, todos sensacionais, e os de 1998 e 1999 – bem mais fracos tecnicamente, porém igualmente vencedores.
Mas, acredite: se é verdade que nunca mais teremos uma nova Academia, também é verdade que voltaremos a sorrir. Como disse, possivelmente ainda neste ano, mas cprovavelmente a partir de 2016.
Abs.
02/04/2015 at 12:42
Precisamos de um centroavante e um meia para substituir o Chileno, aquele que quando joga faz a diferença (principalmente contra times de menor expressão), mas como não joga nunca, poderia ser dispensado há dois anos atrás.
02/04/2015 at 17:48
Acabo de ler que não jogará contra o Mogi. Estamos poupando-o para o próximo amistoso que o Chile fará
02/04/2015 at 12:32
Marcio Concordo 100 % com seu post.
Mas sabe porque as equipes demoram tanto pra ser campeãs ?
Vamos pegar o exemplo da 2ª academia.
Luiz Pereira = Jogador extraordinário, monumental, maior zagueiro da história do Palmeiras, ficou anos, isto mesmo, INTERMINÁVEIS anos, sendo ABSURDAMENTE reserva do Baldochi.
Baldochi era um jogador medíocre. Resposta = NÃO !
Mesmo sendo reserva do Brito na Copa de 70, deixar Luiz Pereira no banco vários anos é INACREDITÁVEL, INCONCEBÍVEL, ABSURDO, etc. etc. e tome etc. nisso.
Segundo exemplo do time da 2ª academia.
Emerson Leão, só virou titular quando “ENFRENTOU” o Filpo Nunes e depois de uma atuação extraordinária contra o Santos de Pelé, só foi titular a partir do jogo seguinte quando tascou a seguinte frase pro Filpo ” O senhor disse que o titular será CHICON e não LEON”, isto porque INACREDITAVELMENTE Filpo Nunes queria escalar o Chicão e não o Leão pro jogo depois do Santos, depois da atuação Estratosférica do Leão contra o time de Pelé.
Filpo disse a Leão “é isto que eu queria, um jogador de grande personalidade. Você a partir de agora é o titular do gol”.
Porque estou tocando nestes casos que você que é um maravilhoso Jornalista e Historiador já sabe de cor e salteado.
Pra mim técnico de futebol é igual a Jockey “GANHA A CORRIDA O CAVALO QUE O JOCKEY MENOS ATRAPALHAR”
Ou seja, o técnico de futebol que menos atrapalhar um time bom, vai ter seu time campeão com antecedência.
Um abraço e parabéns pelas matérias sobre a historia do nosso AMADO e sofrido Palmeiras.
02/04/2015 at 14:36
Oi, Jair.
Muito obrigado pelos elogios – tomara eu de fato os mereça.
E vc está correto em relação a Luís Pereira, Baldocchi e Leão.
Abs.
02/04/2015 at 15:38
Jair, boa tarde.
Parabéns pelas suas comparações, estão corretas. Quanto ao comentário do Márcio, também estão certas, precisamos ter calma, pois também tive a felicidade de ver as Academias nascerem e as mesmas não foram criadas do dia para a noite, recentemente fiz este mesmo comentário e só me preocupa uma coisa, hoje somos o “curintian” de ontem (e o que é pior eles são o Palmeiras de ontem) é fundamental a torcida não agir igual, ou seja, ter calma e paciência para ver os frutos darem resultados. Depois de muitos anos temos uma Diretoria Profissional e Competente, temos um estádio maravilhoso, disponibilidade financeira, etc. sendo assim não tem como não obter vitórias e consequentemente títulos. Dá-lhe Verdão !!!!!!!
02/04/2015 at 18:45
Oi, Édson.
Sua comparação entre nós e “eles” me deixou preocupado, pois é bem verdadeira.
Abs.
02/04/2015 at 11:15
A semente está sendo plantada. Não dá para ficar exigindo títulos logo no começo. Mas quem sabe, não damos umas duas voltas olímpicas, já este ano?
02/04/2015 at 14:35
Deus te ouça, Paulo.
O que mais quero é estar errado.
Abs.
02/04/2015 at 10:06
Marcio,
“Infelizmente” concordo contigo. Principalmente se em uma das próximas janelas (seja no meio do ano ou no fim do ano) consigamos trazer mais uns três reforços nível A: um zagueiro, um volante e um meia canhoto.
Enquanto isso vamos torcer, apoiar e acreditar jogo a jogo.
Abraço, Hudson