APESAR DE TÃO POUCO TEMPO, FOI UMA HONRA, “VERDUGO”

Morre Pedro Rocha, mais um dentre aos maiores craques de toda a história do futebol que também jogou no Palmeiras.

A passagem de Pedro Virgílio Rocha Franchetti pelo Verdão foi tão rápida e tão apagada que poucos são os palmeirenses que se lembram ou mesmo sabem que ela aconteceu. Contratado no início de 1979 ao Coritiba/PR, clube ao qual se transferira um ano antes após se tornar um dos maiores ídolos da história do São Paulo/SP, ele chegou ao Palmeiras com 36 anos, visivelmente em fim de carreira e já sentindo as inúmeras contusões que o fizeram largar o futebol pouco tempo depois.

Pedro Rocha: mais um gênio que jogou no Palmeiras.

Pedro Rocha foi a maior aposta da diretoria, então presidida por Delfino Facchina, para a Copa Libertadores daquele ano. Mas, assim como toda a equipe comandada por Telê Santana, fracassou de forma incontestável, sendo eliminado ainda na primeira fase em um grupo que contava, também, com o Guarani/SP e os peruanos Alianza e Universitário.

Ao todo, realizou apenas 10 partidas pelo Verdão, sendo que a primeira delas jamais esqueceu. “Eu me lembro bem do meu primeiro jogo no Palmeiras. Foi um amistoso contra o Taubaté/SP que vencemos por 2 a 0. Era diferente pois, até então, sempre tivera o Verdão como adversário, e foi emocionante vestir a camisa verde. Outro detalhe que me lembro é que muitos são-paulinos foram ao Interior e me aplaudiram quando entramos em campo”, contou, certa vez, a este jornalista que, agora, não poderia perder a chance de homenagear o “Verdugo”.

Apesar do pouco tempo, amigo, suas atuações e seu único gol pelo Palmeiras (12/04/1979, 4 a 0 no Alianza/PER), ficarão para sempre registrados em nossa história, e o motivo é simples: um gênio não precisa de muito para provar tudo. 

11 Responses to APESAR DE TÃO POUCO TEMPO, FOI UMA HONRA, “VERDUGO”

  1. Márcio se lembra que comentei com você o ano passado sobre o Lucas Lima? você disse que não o conhecia, pois bem é esse mesmo que disputou a série B Pelo Sport que pertence ao Inter RS e que foi revelado pela Inter de Limeira, é um meia habilidoso e com futuro, acho que compensa trocar pelo Luan sim. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Maciel.

      Agora eu conheço o Lucas Lima – rs…

      Se a troca for pelo Luan, qualquer um serve.

      Abs.

  2. PALESTRINO NATO

    O VERDÃO SEMPRE GOSTOU DE ESTRANGEIROS. ATUALMENTE TEMOS 03 E PARECE QUE SE A CBF LIBERAR VEM O MEDINA DO NACIONAL DE MEDELLIN. O MERCADO SULAMERICANO É BOM E COM A LIBERAÇÃO DE 05 ESTRANGEIROS, NÃO CUSTA NADA TRAZER UM ARGENTINO. QUE TAL O DALESSANDRO DO INTER?

  3. Márcio você poderia me tirar uma dúvida? O Pita que foi revelado pelo Santos e jogou no São Paulo chegou a vestir a camisa do Palmeiras em final de carreira? abraços.

  4. Olá Márcio.

    Um abraço.

    Quero deixar registrado que eu VI o Pedro Rocha jogar e não foi só no Palmeiras, como também no Peñarol, no São Paulo, na Celeste Olímpica e com isso posso afirmar que “El Verdugo” foi um dos maiores jogadores de futebol que já vi em todos os tempos. Muitas lembranças sobre esse craque extraordinário, mas, só para recordar algumas delas, são o texto que o jornalista Dalmo Pessoa escreveu no saudoso jornal Popular da Tarde, durante a Copa do Mundo de 1970, intitulado “O Deus Triste”, no qual comenta a ausência do craque por contusão nos principais jogos do Uruguai (talvez se ele tivesse jogado contra a Seleção Brasileira na Semi-Final, em que a Celeste foi derrotada por 3X1, a história poderia ter sido outra. Mas como em História não existe o “SE”…esse texto guardo até hoje em meus arquivos de memória do futebol, como tantos outros.

    Outra recordação foi a estréia do Uruguai na Copa do Mundo de 1974, quando perdeu de 2X0 para o Carrossel Holandês. Rocha jogou com um braço enfaixado, mostrando a garra e a dedicação que os jogadores uruguaios se entregam por seu país (Obdulio Varella em 1950 que o diga). Essa foi a primeira vitória da Laranja Mecânica do Rinus Mitchel contra as 3 potências sul-americanas, em que deu uma aula de futebol para todas elas num vareio homérico: 2X0 no Uruguai, 4X0 na Argentina e 2X0 no Brasil.

    Era isso que eu queria registrar numa singela homenagem a um dos maiores jogadores de futebol que o mundo conheceu.

    Muito obrigado pelo espaço e pela oportunidade Márcio.

    Um abraço

    Roberval.

  5. quase não me lembrava mesmo! vi o anúncio de sua morte e pensei nos bambis: ele foi um carrasco e tanto! “puxei” da memória e estava já quase certo que sim, quando recebi a notificação q continha esta matéria… começava uma era difícil na vida do Palmeiras! era q se esticou por longos e sofridos 16 anos e quase dez meses.. mas isso é outra história…
    Foi um grande prazer te lo visto envergando o nosso manto, mesmo jogando talvez nem 20 por cento do que sabia, apenas o que podia, mas sempre com muito estilo, elegância e categoria extrema. Muito educado, sempre respeitou os adversários e foi respeitado por eles. Só não se deu tão bem contra nós, no começo dos anos 70! Tínhamos nada mais do que o Divino com a 10!Imaginem o nível de um Palmeiras x SPFC com esses dois em campo! fora todo o resto da segunda academia! mammamiaaaa q saaaudades!!!

    • Márcio Trevisan

      Maurício: na primeira metade dos anos 70, os camisas 10 dos 5 grandes paulistas eram os seguintes:

      Ademir da Guia
      Rivellino
      Pedro Rocha
      Dica
      … e um tal de Pelé.

      Precisa dizer mais alguma coisa?

      Abração.

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