Amamos tanto o Palmeiras que bastam duas ou três vitórias para que esqueçamos as derrotas.
Não faz muito tempo, um internauta escreveu neste site que o palmeirense é como mulher de malandro: basta receber alguns carinhos para que se esqueça de todas as pancadas que tomou. Quando li, confesso que achei um pouco exagerada tal comparação, mas agora creio que ela é bem verdadeira.
Se não, vejamos: as três mais recentes vitórias obtidas pelo Verdão, duas delas por goleadas e muito convincentes, já propiciaram comentários pra lá de otimistas por parte dos torcedores. De uma hora pra outra, todas as deficiências da equipe deixaram de existir, Gílson Kleina tornou-se o novo Rinus Michels, passamos a ter o melhor time dentre os paulistas (incluindo os que disputam a Série A, claro), somos favoritos à conquista do tricampeonato da Copa do Brasil, nossa diretoria é composta por gênios do futebol e até um confronto contra o Barcelona/ESP seria, digamos, “pau a pau”.
Valdivia faz o palmeirense acreditar que o Palmeiras é melhor do que fato é.
Exageros à parte, é óbvio que o Palmeiras tem melhorado, e isso vem acontecendo por diversos fatores, dentre os quais, claro, a chegada de reforços e, principalmente, o retorno de Valdivia. O Mago, quando quer jogar, joga como poucos, e melhor: faz com que outros “meia-bocas” também joguem. O chileno, em síntese, melhora toda a equipe.
Sempre digo que o torcedor tem todo o direito de se levar pela paixão – até porque, se o que prevalecesse fosse a razão, ele deixaria de ser torcedor. O problema é que tais exageros, tanto de um lado quanto do outro, são quase sempre prejudiciais: quando acreditamos que somos piores do que de fato somos, assumimos o famoso “complexo de cucaracha”; quando espalhamos aos quatro cantos que somos melhores do que de fato somos, podemos contaminar nosso elenco com o não menos famoso “salto alto”.
Então, meus amigos, é aquele tal negócio: nem tanto ao Céu, nem tanto à Terra. O Palmeiras irá, sim, voltar à elite do futebol nacional sem maiores problemas, pois tem, sim, uma equipe superior a quase todas – ou talvez até mesmo a todas – as demais da Série B. Mas por melhor que seja o nosso time de 2013, ele terá de ser muito pior do que o time que será o nosso em 2014.
Pelo menos é por isso que eu torço, tanto com a paixão quanto com a razão.
24/07/2013 at 14:48
Onde assino?
Abraços, Ricardo
18/07/2013 at 10:42
Um tema para debate, para reflexão e para abrir os olhos.
Nas mesmas condições atuais do time do Jardim Leonor, de elenco, de time, de treinador e de resultados, o Palmeiras já estaria condenado ao rebaixamento, sem chance de recuperação no campeonato brasileiro, mesmo restando trinta e uma rodadas.
A imprensa e a própria torcida se encarregariam de derrubar o Palmeiras. Com eles isso não vai acontecer. A imprensa vai blindar, a CBF vai dar uma ajudinha e a torcida será controlada.
Jamais iremos ouvir ou ler que o time deles é ruim, que o elenco é limitado e que o ambiente interno é péssimo.
18/07/2013 at 14:35
Oi, Marco.
Vc tem razão.
Quando da minha passagem pela Assessoria de Imprensa do Palmeiras, percebi instantaneamente a diferença de tratamento dado ao SPFC, muito mais ameno e condescedndente do que em relação ao Verdão ou ao Corinthians.
Creio que isso se dá por duas razões principais: a primeira é que o clube do jardim Leonor ainda é, sim, muito mais bem organizado do que seus dois maiores rivais e, por isso, tem crédito acumulado. E o segundo é porque a grande maioria dos jovens jornalistas é são-paulina.
Abs.
18/07/2013 at 10:01
Marcio, sorte do Bayer que o Marcio Araujo e o Henrique falharam no lance que terminou no frangaço do Bruno, senão esses alemães ficariam com mais um vice. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
Analise perfeita, o Palmeiras só vai mostrar que realmente melhorou quando o Valdivia não estiver em campo, pois é disparado o melhor jogador da Serie B.
Os adversarios se preocupam demais com ele, dessa forma não dá tempo do Marcio Araujo entregar a partida e mascara as vaciladas do Kleina.
Mas mesmo assim, ainda acho que o Palmeiras esta entre os 6 melhores elencos do Pais.
18/07/2013 at 14:32
Oi, Heber.
Obrigado pelo elogio.
Mas, pensando bem, não tenho medo do Barcelona/ESP. Sabe por quê? Porque jamais perdemos pra eles.
Abs.
18/07/2013 at 9:27
Bom dia.
“Mas por melhor que seja o nosso time de 2013, ele terá de ser muito pior do que o time que será o nosso em 2014.”
É a síntese, o dever, a obrigação… da nossa Diretoria! Agora, será que dá pra acreditar?
E, Márcio, você tem alguma informação a respeito da possível parceria que a AEG faria com reforços? Lí isso num outro portal, sendo dito pelo gestor da Arena.
Abraço.
18/07/2013 at 14:31
Olá, Colletti.
É comum à Allianz presentear os clubes com os quais firma parceria com um grande nome do futebol. Ao LA Galaxy/EUA, por exemplo, foi escolhido David Beckham.
Tomara isso também aconteça e, no ano do nosso centenário, um nome internacional possa ter a honra de vestir a nossa camisa.
Sugiro Lionel Messi, que tal?
Abs.
24/07/2013 at 10:49
KKKKKKKK…MESSI SENHOR MÁRCIO? …KKKKKK … QUE TAL O DIDI, DEDÉ, ZACARIAS E MUSSUM? … BRINCADEIRAS A PARTE, UM GRANDE NOME PARA 2014 SERÁ POUCO. DEUS NOS LIVRE DA MALDIÇÃO DO CENTENÁRIO.
17/07/2013 at 22:23
Penso que se não fosse essa paixão, o futebol seria um esporte como outro qualquer.
Avanti, Palestra. Rumo ao tricampeonato da Copa do Brasil!