Saiba os motivos que fizeram o Verdão abrir mão de Diego, o substituto natural de Marcos.
Academia de Futebol, uma fria manhã de agosto de 2002. Acabo de chegar para mais um dia de trabalho na assessoria de Imprensa do Palmeiras quando vejo o então goleiro Marcos, com roupas sociais, entrando em seu carro. Surpreso, pergunto:
_Marcão, você não irá treinar?
Ele se vira em minha direção, fecha a porta do automóvel que acabara de abrir, dirige-se até mim e diz:
_Não, Márcio. Eu acabei de acertar minha ida ao Arsenal/ING e viajo nesta tarde para fazer os exames médicos.
Em seguida, me deu um forte aperto de mão e encerrou a conversa:
_ Boa sorte pra vocês.
O que seria uma trágica notícia para todos os palmeirenses não me deixou nem um pouco abalado. Não que deixasse de reconhecer o talento e a importância daquele atleta ao nosso time e à nossa história, mas sabia que no elenco havia um jovem goleiro com totais chances de substituí-lo: Diego. Lembro-me, inclusive, que comentei isso com vários membros da comissão técnica. Ainda que à época fosse apenas a terceira opção, já que Sérgio por vezes até revezava com Marcos na condição de titular, o garoto que então tinha somente 19 anos provara em treinamentos e nas passagens pelas seleções de base do Brasil toda a qualidade que já possuía.
Bem, como sabemos, Marcos não foi para a Inglaterra, permaneceu no Verdão até o fim de sua carreira e aumentou ainda mais a sua presença entre os maiores ídolos de toda esta quase centenária história alviverde. Mas, e Diego? Por que ele deixou o Palmeiras, já que seria o substituto natural do eterno camisa 12?
Porque, apesar de palmeirense fanático (certa vez ele me contou que estava nas arquibancadas do Morumbi na finalíssima do Paulistão de 1993), ele percebeu que enquanto Marcão estivesse vinculado ao grupo jamais conseguiria, de fato, ser titular absoluto. Por melhor que jogasse, por mais confiança que tivesse por parte da nossa torcida, por maiores que fossem os elogios que recebesse da Imprensa, jamais Diego ou qualquer outro goleiro conseguiria barrar Marcos. Se este tivesse encerrado sua carreira antes…
E aí o lado profissional precisou falar mais alto. Curiosamente, uma proposta também vinda da Inglaterra – do Liverpool – em 2008 tirou do Palmeiras, por R$ 9,5 milhões, aquele que seria nosso goleiro por, pelo menos, mais uns 10 ou 15 anos. Na época, a alegação da diretoria alviverde era que Marcos ainda jogaria por muitos anos, e que a liberação de Diego era um prêmio por tudo o que ele fizera durante os 12 anos em que trabalhara no Verdão. Mas a verdade era outra: acreditava-se, piamente, que outros goleiros de nossa base, como Deola e Bruno, poderiam ser tão bons ou até melhores do que Diego.
Com todo o respeito a estes dois profissionais, hoje todo mundo sabe que não é bem assim.
21/06/2013 at 14:45
Olá Márcio.
Muita boa tarde.
É um prazer tê-lo de volta. Rapaz, você fez muita falta estes dias.
Um abraço
Roberval
10/07/2013 at 1:19
Muito obrigado, Roberval.
Escreva sempre, ok?
Abs.
11/06/2013 at 10:10
Sem goleiro,sem time, sem motivos pra se alegrar com esse conglomerado. O pior “time” de todos os tempos. E o pior, contra o América iremos jogar com 10 em campo, pq o tal Araújo foi expulso e com certeza o Kleina não irá colocar outro no lugar dele. Porque não houve análises técnicas dojogo contra o Sport? Espero que não tenha sido pelo fato de o Araújo ter sido expulso e o Márcio não poder dar nota acima de 6 pra ele. Desculpe Márcio, mas pramim carregador de piano é o Pierre, o Ralf, o Fernando do grêmio. Não sei por que vcs especialistas admiram tanto esse cara, que já foi até culpado maior em derrotas em jogos decisivos, tal qual aquele contra o goiás na sulamericana. E até hoje não vi nenhuma evolução por parte dele pra se redimir da culpa. Desculpe minha agressividade nas palavras, mas muito estimo sua pessoa e este site.
11/06/2013 at 15:42
Osni, boa tarde.
O Márcio não fez a análise do jogo contra o Sport, pois, conforme uma nota que ele mesmo publicou, esteve impossibilitado por problemas de saúde.
E, aproveitando, desejo saúde à você, Márcio, e aos seus, mesmo não sabendo quem está ou esteve enfermo.
Grande abraço e vida longa, ao site e ao Sr. Palmeiras!
09/06/2013 at 9:46
Caros, pelo historico do Márcio, o Diego nós perdemos e já fa parte do passado. Mas atualmente ver o Bruno no gol do Palmeiras dá um frio na barriga, e dá ansia e ainda mais ele usando aquele uniforme: parece um mamão maduro gigante (mole,mole). Em 2012 eu sugeri o Goleiro Juliano que tava no Guarani, onde ele tá agora?
08/06/2013 at 10:28
Meu Deusssssss, achar que o Bruno e o Deola seriam melhores que o Diego!!!!!
O Diego nos dois brasileiros que substituiu o Marcos ficou entre os tres melhores goleiros da competição, sempre pegou muito.
Agora temos que ficar torcendo pro regular Prass e na esperança do Bruno não entregar quando está jogando.
Marcio, fiquei com a impressão que o Alemão tambem é fraco, será que o Fábio é melhor?
Ouço dizer que sim.
O que voce me diz?
07/06/2013 at 15:01
Trevisan é por isso que acesso seu site todos os dias…matérias dessas valem ouro para o torcedor.
Sei que você tem muitas mas muitas outras para nos contar. E POR FAVOR NOS CONTE!!! e o melhor é que sabemos que é verdade pois você é um jornalista honesto.
abraços, Francesco.
08/06/2013 at 23:01
Concordo plenamente!
Assino embaixo
07/06/2013 at 12:30
Márcio, boa tarde.
É uma pena mesmo estarmos sem um goleiro
de nível e o Diego esbanjando categoria no
Fluminense.
Me lembro que em todos os jogos o Diego demonstrava
uma categoria excepcional, digna da “leiteria” do
nosso clube.
Como você eu não vejo o Marcos senão como
um bom goleiro, mas que dava sorte justamente
contra “eles”, dai a fama de “santo”.
Estamos sem um time à altura de nossas tradições, até
porque, não custa lembrar que “todo grande time começa
por um grande goleiro”.
Tomara que o Diego seja titular da seleção na Copa do Mundo.
Um Abraço.
08/06/2013 at 10:30
Amigo, discorde de voce , o Marcos não foi um bom goleiro e sim um fantastico goleiro.
Sorte todos tem que ter um pouco, mas a sorte só procura os qualificados.
07/06/2013 at 10:06
Márcio e demais amigos Palestrinos:
Ora, ora, ora, creio que no caso do Diego faltou-nos uma diretoria que conseguisse enxergar e planejar o clube a médio e longo prazos. Pois qualquer pessoa minimamente informada sabia que o Marcos estava se machucando muito e que o Diego já estava dando conta do recado e, que naturalmente, deixou de ser uma promessa mas se tornou uma realidade. E quando o Marcos parasse, naturalmente o Diego envergaria a camisa 12.
Mas nossa diretoria não planeja médio e longo prazo. Não toca nem o curto prazo. Somos um clube sem cérebro, sem visão, sem objetivos compartilhados entre situação e oposição. Por isso que estamos chafurdando na lama, tais como porcos que parte da torcida tanto gosta de se auto-proclamar.
Um abraço, Ricardo
07/06/2013 at 10:35
Ricardo: é exatamente isso.
A diretoria achou que o Marcos seria eterno e que no grupo haviam outros goleiros tão bons quanto Diego.
Entendiam tudo de bola, não?
E sabe o que é pior? A atual diretoria entende menos ainda.
Abs.
07/06/2013 at 9:13
Bom dia!
Falando em ex-jogadores do Verdão: vocês assistiram ao jogo Coritiba x Fluminense ontem? O Cabeção ainda é fera, não?! Pena que encerrará a carreira num clube pequeno, sem expressão.
E o estilo de jogo é o mesmo: parece que está dormindo, com a cabeça no mundo da lua… fica dando aqueles trotinhos no círculo central… Mas, sempre com os dois volantes grudados nele e, como num passe de mágica (o verdadeiro Mago), faz aquelas barbaridades… que assistência foi aquela no primeiro gol?!
E quanto ao gol que fez, o goleiro do Flu errou, mas, repare, a bola faz uma curva já bem próxima à mão dele. Alex trata a bola com amor! É jogador decisivo… Sempre será!
Seria uma bela bandeira no nosso centenário…
Mas, enfim, vamos lamber os beiços com o que temos, rs!
Bom fim de semana a todos!
Abraços!
07/06/2013 at 10:33
Colletti: concordo com tudo o que vc disse.
Mas, lembro: Alex não voltou ao Palmeiras porque não quis, já que a proposta do Coritiba/PR era obviamente menor.
Ele optou pela pressão em menor escala.
Abs.
06/06/2013 at 17:17
Na época eu ouvia que o Bruno Mão de Alface era melhor ATÉ que o Diego Cavalieri e por isso eles não tinham preocupação em vender este. Lêdo engano…
07/06/2013 at 1:10
Oi, Eduardo.
Agradeço muito sua inserção e lhe dou as boas-vindas à nossa página.
Abs.
06/06/2013 at 16:48
Mestre, ele não iria para o Arsenal?
07/06/2013 at 1:10
Fala, Serjão.
Justamente: para o Arsenal.
Abs e obrigado pelo seu primeiro depoimento.
06/06/2013 at 16:46
Olá Márcio…um abraço.
Como vai?
A respeito do seu texto, perfeito como sempre, lembro a triste sina dos goleiros reservas do Verdão, que curtem essa reserva sem nenhuma perspectiva , no tempo e no espaço, dado que os titulares, a bom grado, “não permitem” nem por sonhos, a sua ascensão.
Muito apropriado como exemplo, além do Diego Cavalieri, foi o caso do goleiro Raul Marcel, falecido alguns anos atrás, que por mais de 8 anos, se não me falha a memória, era o reserva direto do Leão, que não largava a posição nem com com reza brava, pois até mesmo com as duas mãos quebradas e as duas pernas engessadas, ficava no time titular no grito e não deixava reserva nenhum tomar o seu lugar.Cabe aqui umas observação de cunho pessoal que já comentei neste blog estupendo, que considero o Leão, o melhor goleiro de todos os tempos do Palmeiras (não vi o Oberdan Cattani jogar, não era do meu tempo) e também do Brasil, pois considero que nunca houve outro melhor que ele desde os anos 1950 até hoje.
Para terminar, lembro que os críticos esportivos da época (anos 1970), grandes nomes como o saudoso Mauro Pinheiro da Rádio Bandeirantes, por unanimidade, afirmavam que o Raul Marcel, pelas suas qualidades técnicas, pessoais e profissionais, seria titular absoluto em TODOS os times do futebol brasileiro e que no Palmeiras, não tinha a menor chance por causa do Leão.
Márcio, agradecendo pelo espaço, despeço-me com um forte abraço
do amigo e admirador de sempre
Roberval
07/06/2013 at 1:09
Oi, Roberval.
Rapaz: você estava sumido! Pensei até que tinha abandonado este site.
Ótimo ter você de volta.
Quanto ao Raul Marcel, não o vi jogar, justamente porque o Leão nunca deixava. Mas, também, não havia grau de comparação: tecnicamente, Leão foi insuperável no gol do Palmeiras nestes quase 100 anos de história.
Só escolho Oberdan como o melhor pela importância histórica que ele tem.
Abs.