CAP.: 36 – NEM ATAQUE MORTAL PARA O PALESTRA

Mesmo sem Pelé, Robinho ou Neymar, Santos monta excelente time. Só que o Verdão também era muito forte.

Não se pode negar que a segunda metade da década dos 20 foi pra lá de feliz para o Palestra Itália. Além de se consolidar como time de massa, nosso clube viu crescer de forma vertiginosa tanto o seu patrimônio quanto seus simpatizantes – à época, já não eram mais exclusivamente os italianos e seus descendentes os que torciam pela equipe.

Tanto sucesso fora de campo, claro, só pode ser explicado pelos ótimos resultados obtidos dentro das quatro linhas. Campeão paulista em 1926 e, como vimos em nosso último encontro, também vencedor do tira-teima com o ganhador do certame da Guanabara, o São Cristóvão, o alviverde parecia não ter adversário que o pudesse enfrentar de igual para igual.

A. Patuska

Tal afirmação vale, inclusive, para o Santos, que em 1927 montou o primeiro grande esquadrão de sua história. Sua linha ofensiva, formada na maioria das vezes por Omar, Camarão, Siriri, Araken Patuska (um dos primeiros gênios do futebol brasileiro) e Evangelista, se consagrou por ter sido a primeira a atingir a marca dos 100 gols em um mesmo torneio. E vale lembrar, claro, que Pelé e cia. só apareceriam 30 anos mais tarde, e Robinho e Neymar ainda bem depois.

Mas a verdade é que o Palestra não estava nem aí para o indiscutível poder de fogo santista. E uma boa prova disso foi que lhe aplicou uma sonora goleada no primeiro jogo que disputaram – 4 a 1, no Parque Antarctica – curiosamente válido pela última rodada da fase classificatória (sim, meus amigos: após um bom tempo sendo disputado no sistema de pontos corridos, naquele ano o Paulistão teve um quadrangular final).

A este se classificaram os quatro melhores do Primeiro Turno – além do Verdão, também o próprio Santos e mais Guarani e Corinthians. Os quatro clubes jogariam entre si e o título seria daquele que somasse mais pontos. Contudo, havia um detalhe importantíssimo: os pontos adquiridos na Primeira Fase seriam somados aos que fossem obtidos na segunda etapa da competição. E isso foi fundamental para que nosso clube conquistasse o primeiro bicampeonato de sua história.

Mas este, caro internauta, é um assunto para o próximo encontro que tivermos em “Nossa História”. Até lá.

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