No novo Parque Antarctica, Verdão mostra excelência de sempre e massacra pequeno clube do Rio de Janeiro.
Desde que comprara o Parque Antarctica, em 1920, o Palestra Itália vivia num dilema: reformar o campo de jogo que lá já existia e o transformar num local à altura dos seus sonhos e de sua grandeza ou, então, manter aquele gramado apenas para os treinamentos e construir noutro lugar da Cidade um novíssimo estádio?
Durante anos, conselheiros e associados defenderam com ardor ambas as ideias, até que no fim dos anos 20, mais especificamente em 1928, decidiu-se pelas duas coisas: o clube construiria, sim, um novo estádio, mas aproveitaria as instalações já existentes em seus domínios.
Cinco anos mais tarde, estava pronto o novíssimo Estádio do Parque Antártica, que entre as novidades apresentou a geral toda em cimento armado, as arquibancadas de madeira reforçadas com vigas metálicas – algo que, é claro, aumentou a segurança do público – e, também, os alambrados, até então inexistentes no futebol brasileiro. Diante de tamanha modernização, nosso estádio passou a ser o mais importante do Brasil, superando o de São Januário, no Rio de Janeiro/RJ. Tal status só seria perdido sete anos mais tarde, quando da inauguração do Pacaembu.
Aproveitando a disputa do primeiro Torneio Rio-São Paulo da história, a diretoria palestrina promoveu uma grande festa naquele 13 de agosto de 1933. Era dia de jogo contra o Bangu/RJ e, claro, o novíssimo Parque Antarctica ficou superlotado. E os torcedores alviverdes que lá estiveram não se arrependeram, pois assistiram a uma impiedosa goleada: 6 a 0.
Dois dados curiosos da escalação do Bangu/RJ é que seu técnico, Luiz Vinhaes, seria o comandante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Itália, no ano seguinte, e que dois de seus jogadores, Médio e Ladislau, eram irmãos de Domingos da Guia e, portanto, viriam a ser tios de Ademir da Guia, que nasceria nove anos mais tarde.
TORNEIO RIO-SÃO PAULO/1933
6 x 0
15h00
ESTÁDIO PARQUE ANTARCTICA, EM SÃO PAULO/SP
ARRECADAÇÃO NÃO DIVULGADA
PÚBLICO NÃO DIVULGADO
HAROLDO DIAS DA MOTA
AVELINO (2), GABARDO (2) E ROMEU PELLICCARI (2)
NASCIMENTO
-
CARNERA
JUNQUEIRA
-
TUNGA
DULA (ZICO)
TUFFY
-
AVELINO
GABARDO
ROMEU PELLICCIARI
LARA
ARMANDINHO
TÉCNICO: HUMBERTO CABELLI
EUCLIDES
-
MÁRIO
SÁ PINTO
-
PAULISTA
SANTANA
MÉDIO
-
SOBRAL
LADISLAU
TIÃO
PLÁCIDO
DININHO (VIVI)
TÉCNICO: LUIZ VINHAES
Obs.: Esta seção será atualizada em 09/09/2011.
