CAP. 17: COM SABOR DE VITÓRIA

Enfim, o Palestra Itália estreava no Campeonato Paulista de 1916, e pela festa “orindi” parecia até que vencera.

Pouca gente sabe, mas o dia 13 de maio é parte integrante da vida palmeirense. Afinal foi nessa data, em 1916, que nossa equipe disputou sua primeira partida oficial, ou seja, debutou no Campeonato Paulista. Competição a qual nosso clube mais vezes venceu, seja quantitativa, seja proporcionalmente, é o título mais gostoso de ser conquistado na opinião de muitos dos torcedores.

A estréia palestrina, porém, parecia fadada ao insucesso. Afinal, teríamos pela frente nada menos do que o Mackenzie, “apenas” o vice-campeão estadual do ano anterior. O que se poderia esperar de uma equipe montada às pressas, quase que um aglomerado de jogadores, sem treinamento e sem noção tática, diante de um esquadrão, de um das mais importantes e mais respeitados clubes de futebol do começo do século passado?

Os 11 primeiros atletas a defenderem o Palestra Itália numa partida válida pelo Paulistão foram Fabrini; Grimaldi e Ricco; De Biasi, Bianco e Fabbi; Gobatto, Valle II, Vescovini, Bernardini e Severino Cestari.

Valle II: foi dele o nosso 1º gol no Paulistão

Não se pode negar que se temeu, e muito, pelo desempenho palestrino naquele sábado à tarde. Até porque apenas dois dos 11 jogadores do time eram relativamente conhecidos – Bianco e Vescovini. Todos os demais se enquadravam na condição de ilustres desconhecidos, fosse dos adversários, fosse dos simpatizantes. Ainda bem: certamente, o elemento-surpresa foi a principal arma da equipe que, no campo da Associação Atlética Palmeiras, a Chácara da Floresta, entrou vestindo a camisa branca com a faixa horizontal azul e, nesta, a Cruz de Savóia.

Mostrando uma gana fora do comum, os palestrinos dificultaram em muito a ação dos adversários. Nem mesmo o primeiro gol do jogo, marcado por Zecchi, foi capaz de fazer esmorecer o ímpeto de nosso clube. E uma boa prova disso foi o empate, obtido através de Valle II, logo depois. E quem esperava uma goleada por parte dos então vice-campeões paulistas teve de se deparar, sem esconder a estupefação, com o resultado de 1 a 1, que perdurou até o fim da partida.

Parecia até que o Palestra Itália já havia ganhado aquele Paulistão, tamanha foi a festa dos “oriundis” por toda a São Paulo/SP. E não era para menos: o resultado fora pra lá de positivo, e dava indícios de que nossa equipe havia chegado para ficar e para incomodar bastante já em sua primeira competição oficial.

Se isso de fato aconteceu ou então não passou de um devaneio coletivo é o que ficaremos sabendo em nosso próximo encontro. Até lá.

Obs.: Esta seção será atualizada em 11/05/2011.

One Response to CAP. 17: COM SABOR DE VITÓRIA

  1. George Rodrigo

    É isso ai Verdão amado, já de inicio mostra que veio para ser vencedor e que não iria abaixar a cabeça para ninguem mesmo. Linha atacante de raça.

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