SE O QUE VALE É A VITÓRIA…

Palmeiras ganha mais uma no Brasileirão. Mas sem jogar muita coisa.

Meus amigos.

Vou lhes ser, como sempre sou, muito sincero: sinto que não consigo ser um jornalista-torcedor na melhor concepção deste substantivo composto. Faço desta uma luta quase que diária, mas para mim não basta apenas o Palmeiras vencer – ele tem de me convencer também. E isso só acontece quando o time obtém um resultado positivo apresentando um futebol que o justifique.

Nesta noite de sábado, isso não aconteceu. Até pensei que fosse acontecer, pois começamos impondo um ritmo tão forte que já aos 3 minutos vencíamos a partida com aquele golaço de Facundo Torres. Mas, aos poucos, fomos perdendo a força, fomos trocando o viço pela névoa cada vez mais espessa e não fosse um milagre de Weverton ainda no primeiro tempo e a quase espantosa fragilidade do Grêmio/RS em toda a partida certamente teríamos amargado mais um tropeço na Arena Palestra Itália, por sinal hoje nem tão lotada quanto poderia estar dado o horário indigesto de início do jogo (21h00).

“Mas como o Trevisan é chato! Ganhamos, nos mantivemos entre os primeiros e as chances de conquistar nosso 13º Brasileirão ainda neste ano seguem vivíssimas. E ele, ainda assim, não está satisfeito”. Sei que vocês, se não todos ao menos a maioria, devem estar pensando desta forma. E eu os entendo.

Mas é que para mim não basta ter meu prato preferido em minha mesa – é necessário que ele esteja muito bem temperado.

 

WEVERTON: EXCELENTE
NOTA 8

Ainda no primeiro tempo, ele não fez uma defesa – fez um milagre. E graças a ele conseguimos vencer mais uma.

GIAY: REGULAR
NOTA 5 

Talvez por ter apoiado um pouco mais, teve muitas dificuldades na marcação e levou duas bolas nas costas. Melhorou um pouco no segundo tempo.

GUSTAVO GÓMEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Foi bem nas coberturas e nas antecipações. Jogou com mais tranquilidade porque o ataque gremista inexistiu.

BRUNO FUCHS – MUITO BOM
NOTA 6,5

Muito bem pelo alto e também nos desarmes. A cada jogo consolida mais a sua condição de titular. Se continuar assim, Murilo terá dificuldades para retomar a posição.

PIQUEREZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Não teve uma partida brilhante, mas também não deixou a desejar. Destacou-se um pouco mais no apoio.

EMI MARTÍNEZ: BOM
NOTA 6

Mostrou personalidade e competência na marcação e ainda saiu para o jogo. Gostei.

LUCAS EVANGELISTA: BOM
NOTA 6

Hoje um pouco mais solto e mais confiante, iniciou boas jogadas em nossa intermediária.

MAURÍCIO – BOM
NOTA 6

Como quase sempre acontece, esteve longe de brilhar. E também como quase sempre acontece, participou do lance decisivo dando a assistência final para o golaço de Facundo Torres.

FACUNDO TORRES – MUITO BOM
NOTA 6,5

Fez um gol tão bonito, mas tão bonito, que chegou a lembrar os golaços de Estêvão. E o melhor é que não se limitou à ponta direita, aparecendo muitas vezes no meio-campo.

VÍTOR ROQUE: BOM
NOTA 6

Movimentou-se bastante, como é de seu feitio, e também concluiu com perigo a gol em duas oportunidades. Mas foi fominha em dois lances, e isso não é legal.

LUIGHI – REGULAR
NOTA 5

Atuou deslocado para a esquerda, onde não é a sua, e mesmo caindo algumas vezes pelo meio acabou sendo prejudicado, não rendendo tudo o que poderia.

ABEL FERREIRA: BOM
NOTA 6 

Nosso treinador foi relativamente bem nesta noite. Começou sendo coerente ao promover o retorno de Bruno Fuchs à zaga e também ao dar o devido descanso a Aníbal Moreno (já visando ao clássico da próxima quarta-feira). Também merece elogio sua decisão de alterar taticamente a equipe, orientando que tanto Facundo quanto Luighi não permanecessem presos às pontas direita e esquerda, respectivamente. Isso confundiu a marcação do Grêmio/RS, sobretudo até os 20 minutos de jogo. Nas substituições, poupou aqueles que mais vezes têm jogado – Maurício, Vítor Reis e Lucas Evangelista – para que pudessem estar mais descansados na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil. E mostrou coragem ao promover a estreia de mais um talento da nossa base, Riquelme Fillipi, no fim da partida.

RAMÓN SOSA – REGULAR
NOTA 5

Nesta noite não foi tão bem. Perdeu bolas bobas e não se aproximou muito do gol.

ANÍBAL MORENO – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Entrou para reforçar a marcação em nosso meio-campo e o fez com competência. 

FLACO LÓPEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Sempre busca ajudar o time, e isso é algo elogiável. Hoje, atuou mais como um meia de armação do que como um centroavante.

RIQUELME FILLIPI – REGULAR
NOTA 5

Mais uma cria da Academia que estreia no time de cima. Tem muito, mas muito potencial, mas é claro que hoje não renderia muito dados o pouco tempo em que esteve em campo (apenas 16 minutos) e, também, ao justificável nervosismo. 

RAPHAEL VEIGA – REGULAR
NOTA 5

Entrou aos 13 minutos do segundo tempo e mostrou uma gigantesca vontade de… IR EMBORA DO PALMEIRAS!!! Para não dizer que não fez absolutamente nada, cobrou com competência uma falta já no fim da partida. Mas não tem sido nem sombra do que jogador que já foi.

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

13 Responses to SE O QUE VALE É A VITÓRIA…

  1. Heitor Domingues Faílla Junior

    Caro Marcio ,salvo melhor juízo ,nosso manto é muito grande e pesado para meio campistas tipo Lucas Evangelista ,vamos precisar de jogador para esse setor ,lateral esquerda e um novo goleiro à fazer ¨sombra¨ ao nosso titular.
    Viva o Palestra

    Forte abraço

  2. Boa tarde!
    Concordo com sua ótima crônica Trevisan, horário das 21 horas de sábado é indigesto mesmo!e vencemos e não convencemos.
    Está chegando o momento de decisão na copa do Brasil,precisamos nos classificar, ganharemos!
    Abraços!

    • Márcio Trevisan

      Olá, Eduardo.

      Agradeço seu elogio.

      Fera: é bom a gente eliminar esses caras da Copa do Brasil, seja lá de que jeito for.

      Não quero nem pensar na hipótese de sermos eliminados por um time mais fraco do que o nosso e dentro de casa.

      Abs.

  3. Boa tarde, Márcio.

    Concordo plenamente com sua crônica. Não basta ter o prato favorito, tem que estar bem temperado e apresentável. O nosso prato está insosso e quase não dá vontade de comer.

    Continuando essa crônica gastronômica, a cereja do bolo foi ver Abel chutando o microfone de campo depois do apito final. Não sei o porquê de sua frustração, mas alguém precisa avisar que é bom ele lamber os beiços. Essa bolinha que o time tem demonstrado tem muitos ingredientes que ele tem colocado nessa angu.

    Esses comentários me deram fome. Hora daquele cafezinho da tarde de domingo!

    Um abraço.

    Valter

  4. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, depois do Gol, não saiu mais nada, porém em pontos corridos o que interessa é a vitória, então vamos encostar nos Líderes!!!

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Em jogos de mata-mata o que importa também é a vitória.

      Só que ela vem com mais facilidade quando se joga um futebol melhorzinho, certo?

      Abs.

  5. Em tempo
    Existe 1 pergunta muito difícil de ser respondida que é:_
    ” Quem nasceu 1° o ovo ou a galinha ? ”
    A 2ª pergunta difícil de ser respondida é:_
    “A bola, aquele objeto principal utilizado no jogo de futebol, não gosta do Flaco Lopes ou o Flaco Lopes que não se sente bem com a bola no jogo de futebol ? “

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Dada a quase que completa incapacidade de jogar futebol do referido jogador, creio que ambas as situações são veradeiras.

      Abs.

  6. Bom dia.
    Assino embaixo sobre todas as colocações.
    O problema de resultados como esse é que fica a nítida certeza de que contra esse tipo de adversário (Bolívar, Sporting, Mirassol, Flu, Atlético, etc), ganha ou empata. Assim que cruza com um time um pouco mais ajustado – Cruzeiro, Flamengo, Bahia, Chelsea), perde.
    Perde porque não tem criatividade; qualidade nos passes, tesão pelo gol; escalações ruins.
    O próximo jogo será um bom teste. Na essência é um time fraco, cheio de problemas dentro e fora de campo, mas compensa, muitas vezes com garra. E tem um ou dois jogadores que se destacam. Aguardemos.
    Bom domingo a todos.
    Saudações Alviverdes.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Marcelo.

      Concordo com o que vc escreveu. O Palmeiras está devendo – e já há um bom tempo – uma atuação elogiável contra uma equipe do nosso tamanho.

      Quanto aos jogos das duas próximas quartas, não tem outra opção: ou eliminamos o time “deles”, que aliás é bem mais fraco do que o nosso, ou então mergulharemos numa crise difícil de sair.

      Abs.

  7. Vitória nota 10.
    + 3 pontos nota 10.
    Futebol nota 5,5
    Por que nosso goleiro não fez defesas na Copa do Mundo de clubes como a defesa espetacular que ele fez ontem ?
    Abçs

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Muito simples: porque nosso goleiro é apenas um bom goleiro, e não um gênio.

      Abs.

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