VAI, MOLEQUE. MAS VOLTA UM DIA.

Estêvão brilha em sua despedida no Palestra e conduz Palmeiras à nova goleada

       

     Meus amigos. 

Os goleiros Gilmar, Marcos, Sérgio, Velloso e Zetti; os zagueiros Alfredo Mostarda, Junqueira, Tonhão, Toninho Cecílio e Vítor Reis; os meio-campistas Amaral, Gabriel Menino, Galeano, Gérson Caçapa, Patrick de Paula, Danilo, Pires, Edu Manga e Luís Guilherme; e os atacantes Ministrinho, Romeu Pellicciari, Gabriel Jesus, Endrick, Heitor e Vágner Love são apenas alguns das centenas de craques que nossas categorias de base ou segundos quadros, como eram chamados antigamente, já revelaram. 

Porém, na condição de jornalista e historiador tanto do clube como do futebol em geral, não tenho a menor dúvida ao afirmar que Estêvão foi o mais habilidoso jogador que o Palmeiras já revelou para o Brasil e o mundo. Ainda é muito cedo para garantir que este jovem de apenas 18 anos será um dos maiores da história, mas já se pode cravar que seu potencial é para tudo isso – e talvez até mesmo muito mais. 

Nesta noite, em que goleamos o frágil Sporting Cristal/PER por 6 a 0, na última partida válida pela fase de grupos da Copa Libertadores da América atuando com uma equipe com apenas dois de seus titulares, a joia palmeirense disputou sua última partida diante dos olhos de seus torcedores. Ainda faltam alguns jogos, claro – como o de domingo, contra o Cruzeiro/MG, ou todos os que o time fará no mês que vem e que serão válidos pela I Copa do Mundo de Clubes da Fifa, mas todos estes serão longe de casa. E neste seu último encontro com a galera verde e branca, o atacante haveria mesmo de brilhar, com um golaço e duas assistências. 

Estêvão, claro, vai deixar saudades e uma enorme lacuna no coração de todos nós. Mas, por outro lado, creio que muito mais do que tristes temos todos de estar agradecidos. E o motivo é simples: nós tivemos a chance de desfrutar de um futebol genuinamente brasileiro quando nem a própria seleção brasileira tem sido capaz de apresentar. O craque-menino presenteou a cada um dos milhões de torcedores do Palmeiras com um futebol alegre, ofensivo, habilidoso e mortal a nossos adversários. Ou, em outras palavras, ele permitiu que palmeirenses mais jovens pudessem ter uma ideia do que foram a Primeira e a Segunda Academias. 

Agora, Estêvão, chegou a hora de cumprir a missão que Deus lhe reservou onde estão os melhores do mundo, como você um dia será – ou talvez até já seja. Mas saiba que as portas do clube e do coração de cada um de nós lhes estarão sempre abertas. 

Por isso, vai moleque. Mas volta um dia.

MERCELO LOMBA: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

MARCOS ROCHA: REGULAR
NOTA5 

BRUNO FUCHS: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

MICAEL: BOM
NOTA 6

VANDERLAN: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

ANÍBAL MORENO: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

RICHARD RÍOS: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

RAPHAEL VEIGA: ÓTIMO
NOTA 7

ESTÊVÃO: ÓTIMO
NOTA 7,5

FLACO LÓPEZ: ÓTIMO
NOTA 7,5

MAURÍCIO: ÓTIMO
NOTA 7

ABEL FERREIRA: ÓTIMO
NOTA 7 

 

ALLAN – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

PAULINHO – MUITO BOM
NOTA 6,5

FACUNDO TORRES – BOM
NOTA 6

LUCAS EVANGELISTA – REGULAR
NOTA 5

LUIGHI – REGULAR
NOTA 5

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

7 Responses to VAI, MOLEQUE. MAS VOLTA UM DIA.

  1. Boa tarde,
    Feliz com a vitória e ansioso pelo campeonato mundial,vamos na fé! Estou otimista e com pressentimento de sermos campeões mundiais.
    Trevisan, afinal de contas fomos campeões do mundo em 51? A Fifa reconheceu ou não?
    Grato pelo espaço!

    • Márcio Trevisan

      Olá, Eduardo.

      Fico sensibilizado com o seu otimismo. Queira Deus que vc esteja certo.

      Quanto à sua pergunta, segue capítulo do livro “A História do Futebol Para Quem Tem Pressa”, publicado pela Editora Valentina e escrito por um bocó chamado Márcio Trevisan:

      “A luta palmeirense pelo reconhecimento do título da Copa Rio de 1951 começou somente 50 anos depois de sua conquista, quando a diretoria produziu um dossiê e o enviou à FIFA solicitando que o torneio fosse considerado o primeiro Mundial de Clubes. A entidade máxima do futebol demorou sete anos até responder positivamente, por meio de um fax enviado em 2008 pelo seu então secretário-geral, Urs Linsi, ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, mas protelou o anúncio oficial devido a pressões internas e, principalmente, à vaidade do então presidente da entidade, Joseph Blatter, que se sentiu desprestigiado por não ter sido ele a assinar o documento.
      Por isso, apenas em 2014 a conquista foi, de fato, admitida pela FIFA, com Blatter chancelando a Copa Rio. No site da entidade, no entanto, o Verdão aparece como “primeiro campeão global”, já que para a entidade apenas os vencedores de 2000 e a partir de 2010 são “campeões mundiais”.

      _ Mundial ou apenas final intercontinental?

      O Palmeiras/SP não tem Mundial. O Palmeiras/SP é o primeiro campeão mundial.

      As frases acima espelham com exatidão a polêmica que envolve o assunto: de um lado, os palmeirenses enchem o peito de orgulho e afirmam que a Copa Rio foi, sim, a primeira competição interclubes do planeta; do outro, os torcedores de todas as outras equipes garantem que isso nem de longe pode ser verdade.

      Justamente por isso, a FIFA arrumou um jeito de acabar – ou pelo menos de tentar acabar – com a briga. Desde 2014, dividiu os vencedores destas competições em três blocos. Assim, surgiram o campeão global, os campeões intercontinentais e os campeões mundiais.

      Campeão global, como já explicamos, é apenas o Palmeiras/SP, desta forma qualificado pela entidade por ter vencido a Copa Rio de 1951. Campeões intercontinentais são todos os times que ganharam os confrontos entre os vencedores da América do Sul e da Europa, tenham eles sido decididos em duas ou em apenas uma partida. Por fim, campeãs mundiais são as equipes que disputaram os torneios organizados pela FIFA e que contaram com representantes de todos os continentes”.

      Agora, atente-se ao adendo que segue: com a criação da I Copa do Mundo de Clubes, a tendência é que a FIFA passe a considerar campeões mundiais apenas os próximos vendedores desta competição, cuja segunda edição acontecerá em 2029. Se isso acontecer, todos os demais campões serão considerados apenas “campeões intercontinentais”.

      • Boa tarde,
        Obrigado Trevisan pela aula, pelos esclarecimentos a respeito do título de 1951,somos campeões globais e seremos Mundiais este ano,se Deus quiser!,Amém!
        Grato, Eduardo.

  2. robertoalfano

    Boa tarde caro Trevisan, bela vitória para saudar a despedida do jovem Estêvão, vai fazer falta pelo talento do menino, mais confesso que estou com o Flamengo atravessado na garganta.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      E o problema é que, para ser bem sincero, ter os Urubus atravessados na garganta é algo que dificilmente iremos superar em pouco tempo.

      De minha parte, rezo para que não sejamos adversários nas próximas fases da Copa do Brasil e da Libertadores.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio.

    Foi realmente uma despedida a altura de um jogador que vinha contribuindo muito para a nossa equipe. Que bom que o resultado e a atuação do time foram compatíveis para o encerramento, esperemos momentâneo, do ciclo de Estêvão no Verdão.

    Agora, vou soprar minha corneta.

    Será que o Palmeiras só é Palmeiras contra adversários como o Sporting Cristal? Vitória muito convincente contra uma equipe que, cá pra nós, seria candidata ao rebaixamento do campeonato brasileiro.

    O que eu sinceramente quero ver é o Palmeiras mostrar sua superioridade contra equipes que são tão boas ou melhores que a nossa. Bater em cachorro morto não me anima.

    Um abraço.

    Valter

    P.S. Ainda não superei a derrota do último domingo.

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Faço minhas as suas palavras.

      Entendo que temos um ótimo elenco e um bom time, mas a verdade é que embora tenhamos vencido adversários mais fortes, como “eles”, Trikas ou o Inter/RS (e este fora de casa), ainda estamos devendo diante de adversários mais qualificados, como Botafogo/RJ, Bahia/BA e Flamengo/RJ.

      O lado positivo disso tudo é que temos, como disse acima, time e elenco para conseguir este objetivo.

      Abs.

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