Palmeiras ganha dois presentes e, de virada, vence o Fluminense/RJ no Maracanã.
Meus amigos.
Todos os anos, quando chega o dia 26 de agosto todos nós, palmeirenses, comemoramos muito. Afinal, a maior paixão de todos nós completa mais um aniversário e, claro, isso é sempre motivo de muita festa.
Contudo, parece que o Fluminense/RJ optou por se antecipar e, mais de um mês antes, já nos presenteou não com um, mas com dois presentes.
Somente assim eu consigo definir os lances que culminaram nos gols de Maurício e de Vítor Roque, responsáveis pela vitória, de virada, por 2 a 1 obtida nesta quarta-feira, no Maracanã. No primeiro gol, aquele na opinião deste jornalista é o melhor goleiro do Brasil (e que por isso deveria ser o titular da Seleção Brasileira) não conseguiu segurar uma cabeçada fraquinha do meia palmeirense, engolindo um frangaço. No segundo, o volante Martinelli simplesmente deu a assistência para o camisa 9 do Verdão mostrar habilidade e, após 42 dias, voltar a marcar.
Isso significa que caso tais presentes tricolores não tivessem sido entregues o Palmeiras perderia o jogo? Não necessariamente. Mas a verdade é que, até então, nosso time não havia jogado nada. Tanto isso é verdade que a única finalização que tivemos em todo o primeiro tempo foi justamente a que se transformou em nosso gol. Pouco antes, é verdade, a equipe já havia melhorado consideravelmente, sobretudo graças à contusão de Felipe Ânderson e a consequente entrada de Ramón Sosa, que a deixou bem mais ofensiva. Torçamos que estas duas vitórias seguidas embalem o Verdão e que, no sábado, vençamos novamente.
E se o Grêmio/RS também estiver a fim de nos presentear, por mim, tudo bem.
WEVERTON: REGULAR
NOTA 5
Não fez uma única defesa importante em toda a partida, limitando-se a cortar ou defender bolas cruzadas.
GIAY: REGULAR
NOTA 5
Fiquei até com pena deste rapaz, pois teve de encarar Soteldo e, depois, Keno. Perdeu 80% das disputas, mas como nenhuma delas se transformou em gol ou mesmo em lances perigosos, escapou de nota e avaliação negativas.
GUSTAVO GÓMEZ: MUITO BOM
NOTA 6,5
Extremamente seguro, anulou Cano completamente. Além disso, foi muito bem nas bolas aéreas.
MICAEL – BOM
NOTA 6
Voltou bem ao time. Mostrou segurança principalmente nas recuperações e coberturas. Impediu que sentíssemos falta de Bruno Fuchs.
VANDERLAN: BOM
NOTA 6
Deu sorte de que o Fluminense/RJ praticamente não atacou em seu setor. Por isso, apareceu duas ou três vezes com certo destaque no apoio. Mas, tecnicamente, é muito fraco.
ANÍBAL MORENO: BOM
NOTA 6
Destacou-se nos desarmes, que sempre foram seu ponto forte.
LUCAS EVANGELISTA: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Bastante tímido, limitou-se a ser um segundo volante apenas de marcação. E não comprometeu.
MAURÍCIO – BOM
NOTA 6
Vinha tendo uma atuação irritante no primeiro tempo, até mostrar seu já conhecido oportunismo e, como se um centroavante fosse, marcar mais um gol – se bem que, neste, contou a enorme colaboração de Fábio. Na etapa final, cresceu de produção.
FACUNDO TORRES – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Atuou mais como um auxiliar de lateral-direito do que como um ponta pela direita. Ajudou o time, é claro, mas ficou devendo no ataque. Tanto que, vez ou outra, deu as caras até no meio.
VÍTOR ROQUE: MUITO BOM
NOTA 6,5
Deus ajuda a quem trabalha. Após jogar muito no domingo, hoje caiu um pouco de rendimento. Contudo, apesar do presente que ganhou do zagueiro tricolor, mostrou calma, frieza e qualidade técnica para marcar nosso segundo gol.
FELIPE ÂNDERSON – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Vinha ajudando até que relativamente bem o pobre Vanderlan na marcação. Mas sentiu uma contusão muscular e saiu ainda aos 35 minutos do primeiro tempo.
ABEL FERREIRA: MUITO BOM
NOTA 6,5
Nosso treinador foi muito bem nesta quarta-feira. Começou escalando a equipe de forma coerente – sem Fuchs, optou por Micael; sem Piquerez, mandou a campo seu reserva imediato – Vanderlan. Ou seja: não deu uma de Professor Pardal.
O problema é que no primeiro tempo o Palmeiras não deu as caras no gramado do Maraca. Se por um lado de fato conseguia anular quase todas as jogadas adversárias antes que estas se tornassem, de fato, um perigo real e imediato, por outro era absolutamente inócuo ofensivamente falando. Tanto que o único lance importante que conseguimos na etapa inicial foi justamente o gol de Maurício.
Já nos últimos 45 minutos Abel Ferreira mudou a maneira de o Verdão jogar. Ainda que a virada só tenha acontecido devido ao erro grotesco do Flu, o time já havia alterado completamente sua postura e incomodava bastante o adversário. Ou seja: nosso segundo gol foi, sim, um presentão, mas só aconteceu porque estávamos próximos à área, e não recuados em nosso campo de defesa.
No que diz respeito às alterações, gostei de todas. Ramón Sosa era, de fato, nosso principal atacante no banco, e por isso sua escolha para o lugar de Felipe Ânderson, que se machucou ainda no primeiro tempo, foi acertadíssima. Da mesma forma, Emi Martínez, Flaco López e, sobretudo Allan, foram três outros acertos do português pois, respectivamente, melhoraram nossa marcação no meio-campo, prenderam um pouco a bola no campo de ataque e reforçaram a ajuda pelo lado direito da nossa defesa.
RAMÓN SOSA – BOM
NOTA 6
Foi de seus pés que saiu a bola cruzada para Maurício marcar o primeiro gol. Depois, teve importante função tática, compondo o meio-campo na saída de bola.
EMI MARTÍNEZ – REGULAR
NOTA 5
Entrou para reforçar a marcação à frente da nossa zaga. E cumpriu seu papel.
FLACO LÓPEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Buscou prender a bolsa no ataque e criar algumas jogadas ofensivas. Ficou só na vontade, mas valeu pela entrega.
ALLAN – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Sua ida a campo foi uma ótima decisão de Abel, pois além de ajudar Giay na marcação ainda foi ao ataque. Pena ter exagerado e após atingir Samuel Xavier com uma cotovelada recebido merecidamente o cartão vermelho.
RAPHAEL VEIGA – REGULAR
NOTA 5
A ideia é que pudesse contribuir nas bolas paradas, mas como o time teve poucas delas após sua entrada…
IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
24/07/2025 at 16:20
Boa tarde caro Trevisan, muito boa está vitória fora de casa e ainda de virada, agora vamos com tudo no próximo jogo pois é na data festiva do aniversário do Verdão.
Abraço.
25/07/2025 at 0:54
Olá, Alfano.
Com certeza a vitória foi essencial, até porque foi fora de casa e diante de um adversário de qualidade.
Mas me permita uma correção: o Palmeiras completará 115 anos não neste sábado, 26 de julho, mas sim em 26 de agosto próximo.
Abs.
24/07/2025 at 9:46
Bom dia, Márcio.
Me permita reescrever uma frase importante de sua crônica: “Mas a verdade é que, até então, nosso time não havia jogado nada”.
É justamente isso que tem me chamado a atenção. Não estamos jogando nada e eu te pergunto o seguinte: qual tem sido a dificuldade do Abel em encontrar uma forma de jogo? Ainda estamos órfãos de Estêvão e lamentando a venda de Ríos?
A vitória de ontem foi mérito das finalizações realizadas, mas principalmente uma sorte danada. O problema é que a sorte não estará presente em todas as rodadas e se não voltarmos a jogar futebol o futuro não será promissor.
Um abraço.
Valter
25/07/2025 at 0:53
Valter, salve!
Pelo que noto nas entrevistas, por sinal quase sempre mal educadas, de Abel após os jogos, sinto que nem ele sabe por que o Palmeiras parou de jogar.
Pode ser uma coincidência de queda de rendimento de vários jogadores (Veiga e Gómez, por exemplo), pode ser a dificuldade de Vítor Roque em se adaptar ao time, pode ser o luto pela ausência de Estêvão (se bem que, mesmo com ele, já não estávamos bem…).
Cabe ao português dar seus pulos e resolver o problema pois, como vc mesmo disse, não será toda jogo que ganharemos dois gols de presente.
Abs.
24/07/2025 at 9:24
Como o futebol é um esporte INACREDITÁVEL !
O Fabio teve atuações EXTRAORDINÁRIAS na Copa do Mundo de Clubes levando o Fluminense às semi-finais da competição.
Agora, pouco depois toma esse frangaço !
Enquanto isso o nosso “saco de batatas” tomou o frangaço na Copa do Mundo de Clubes, ANIQUILANDO o Palmeiras e agora todo dissimulado, passa como um mocinho galã dos filmes de Hollywood.
É simplesmente S U R R E A L !!!!
Abçs.
25/07/2025 at 0:49
Olá, Jair.
Como disse na crônica pós-jogo, na minha opinião Fábio é o melhor goleiro do Brasil e deveria ser o titular da Seleção. E não estou nem aí para a idade dele.
Quanto ao Weverton, sei que fui voto vencido, mas não vi falha dele no segundo gol do Chelsea/ING. Para mim, quando a bola desvia em Giay, acaba com qualquer chance de defesa.
Mas, claro respeito a sua opinião.
Abs.
P.S.: De qualquer forma, Weverton fará 38 anos em dezembro e, como tem contrato apenas até o fim de 2026, creio ser de bom tom contratarmos um goleiro para substituí-lo. Há vários bons nomes, mas um me chama mais a atenção: Lucas Arcanjo, do Vitória/BA, que no próximo dia 5 fará apenas 28 anos (ou seja: tem pelo menos mais 10 anos de carreira pela frente).
24/07/2025 at 7:13
Bom dia,
Parabéns Palmeiras pela vitória!
Precisávamos de um meia que fizesse lançamentos para os nossos atacantes, e o adversário quebrou nosso galho, expondo a nescessidade de um meia que lance os atacantes.
Ficou claro que tem qualidade no ataque, falta lançamentos.
Trevisan,sua crônica está ótima como sempre.
Abraços.
25/07/2025 at 0:42
Olá, Eduardo.
Agradeço pelo elogio.
Na verdade, temos no elenco dois meias com estas características: Veiga e Maurício.
Contudo, parece que ambos se esqueceram de como se faz este tipo de jogada.
Abs.