Palmeiras vence Al Ahly/EGI e só depende de si para ir às oitavas da Copa do Mundo

Meus amigos.

Existem jogos em que apresentamos um ótimo futebol e vencemos, mas nem sempre com facilidade. Em outros, jogamos bem mais ou menos e, no final, o placar no apresenta uma vantagem que não reflete aquilo que fizemos em campo. Mas há também partidas em que, após o apito final do árbitro, chegamos à conclusão de que aquilo que aconteceu em campo foi exatamente o que propiciou o resultado final – sem mais, nem menos.

Foi exatamente isso o que aconteceu nesta quinta-feira em New Jersey/EUA. Os 2 a 0 que o Palmeiras impôs ao Al Ahly/EGI foram exatamente aquilo que nosso time produziu. Após um primeiro tempo que deixou demais a desejar, na segunda etapa o Verdão voltou bem mais “ligado” e, em menos de 15 minutos, construiu o placar que lhe garantiu, na segunda rodada da fase de grupos, a primeira vitória na Copa do Mundo de Clubes.

Agora, a situação é a seguinte: diante da surpreendente derrota do Porto/POR para o Inter Miami/EUA, dependemos apenas de um empate na última rodada, exatamente contra o time de Messi, para não só garantirmos a classificação como também a primeira colocação do grupo. Se perdermos, ainda assim poderemos ficar com a segunda vaga, mas neste caso dependerá dos resultados da outra partida, entre portugueses e egípcios.

Por exemplo: se formos derrotas por apenas um gol, só ficaremos de fora se o clube europeu vencer sua partida por, pelo menos, 2 a 0 – ou dois gols de diferença. Ou, então, que os africanos goleiem por pelo menos 3 a 0. Tudo isso muda, claro, se nossa derrota for por um placar mais dilatado.

Mas, sinceramente, pelo que vi até aqui, creio que o mais provável é que o Verdão fique mesmo com a liderança e enfrente o segundo colocado do Grupo B, que poderá ser o… Paris Saint Germain/FRA, “apenas” o atual campeão europeu e apontado com justiça como o melhor time do mundo. De qualquer forma, espero que o Palmeiras imponha sua história, vença o representante norte-americano e encare quem tiver de encarar, pois assim é o futebol. E podem estar certos: seja lá quem for nosso adversário nas oitavas de final, será muito difícil.

Mas não só para nós.

WEVERTON: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Foi muito pouco acionado. Fez apenas uma boa defesa, sem maiores dificuldades, e já na etapa final.

GIAY: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5 

Não contem com ele no apoio, pois neste sentido é de uma nulidade total. Mas defensivamente não comprometeu e, já no fim da partida, evitou um gol certo dos caras.

GUSTAVO GÓMEZ: BOM
NOTA 6

Atuação segura, mas também sem muito brilho.

MURILO: BOM
NOTA 6

Cumpriu bem sua missão, que era marcar o centroavante Abou Ali. Ele até fez um gol, mas como foi para nós… Rs.!

PIQUEREZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Poderia ter se aventurado um pouco mais no ataque, sobretudo após a entrada de Vanderlan. Na marcação, foi bem.

ANÍBAL MORENO: MUITO BOM
NOTA 6,5

Bem demais, e mais uma vez. Marcou sério à frente da zaga, desarmou com precisão e ainda cruzou a bola para o primeiro gol. Saiu machucado. Queira Deus que não seja nada grave, pois ele é quem deverá marcar Messi na na segunda-feira.

RICHARD RÍOS: BOM
NOTA 6

É um jogador muito importante taticamente, pois faz a função conhecida como “pêndulo” (carrega a bola do campo defensivo ao ataque). Mas tem o conhecido problema de prender demais os lances e, hoje, ainda levou um amarelo juvenil.

RAPHAEL VEIGA: MUITO RUIM
NOTA 4

No dia em que completou 30 anos, teve uma das piores atuações com a nossa camisa. Além de não criar absolutamente nada,  nem mesmo nas bolas paradas, só não foi expulso porque o árbitro do VAR convenceu seu colega em campo do contrário. Mas, em minha opinião, mereceria ter ficado com o vermelho que recebeu. 

 

ESTÊVÃO: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Lutou bastante, correu bastante (pelo menos enquanto teve fôlego), mas ficamos por aí. De produtivo, mesmo, só o ótimo lance individual no começo do jogo que por pouco não se transformou em gol. Segue devendo nesta Copa do Mundo de clubes.

VÍTOR ROQUE: RUIM
NOTA 4,5

Este rapaz precisa de um banho de sal grosso ou algo que o valha. Enquanto está em campo, não lhe sobra uma única chance para finalizar, mas basta ser substituído para estas comecem a brotar seguidamente. Ou está jogando fora de suas características ou, então, ainda não entendeu como o Palmeiras joga.

FACUNDO TORRES: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Merece elogios por cumprir à risca sua função tática, que era abrir o jogo e ajudar no apoio à marcação pela esquerda. 

ABEL FERREIRA: ÓTIMO
NOTA 7,5 

Nosso treinador teve hoje uma de suas melhores atuações desde que chegou ao Palmeiras.

Seu primeiro acerto foi alterar a equipe inicial em duas posições, sacando o inútil e irritante Felipe Ânderson e também Maurício, que foi mal na estreia contra o Porto/POR, e escalando Raphael Veiga e Facundo Torres, respectivamente. Seu objetivo com taus mudanças era dar mais qualidade à criação de jogadas no meio campo e também às bolas paradas, no caso do aniversariante do dia, e deixar a equipe mais ofensiva no que diz respeito ao uruguaio. Além disso, sem a nociva presença do “Rolando Lero” que veio da Itália, Estêvão atuou no setor em que melhor costuma produzir.

Tal decisão deu certo? Não, e a prova foi o mau primeiro tempo que tivemos diante do Al Ahly/EGI. Então, por que mesmo assim o portuga merece elogios? Porque ele teve a sensibilidade de perceber a horrível atuação de Veiga (que só não foi expulso, em minha opinião, porque o VAR nos deu uma força) e, já no intervalo, e também porque estava visado pelo árbitro, o sacou para recolocar Mauricio. Para sua sorte, este entrou muito bem e foi um dos destaques do nosso time.

Outra mudança que Abel Ferreira fez também no intervalo acabou surtindo efeito. Com López no lugar de Vítor Roque, ganhamos em presença ofensiva, finalização (mesmo diante da conhecida limitação do argentino) e, não à toa, chegamos rapidamente não só ao primeiro gol, marcado contra, como também ao segundo, em jogada que começou e terminou com os dois que vieram do banco.et

Isso já seria mais do que suficiente para que o comandante alviverde fosse elogiado, mas ainda tinha mais. Após o jogo ser paralisado por quase uma hora devido a uma ameaça de tempestade (entendam-se por isso dois trovões ouvido ao longe – sinceramente, nunca via algo tão absurdo no futebol…), aos poucos o cansaço foi batendo e ele dobrou a nossa marcação pela esquerda, com Vanderlan Na última parte do jogo, com o cansaço batendo forte devido ao calor (e olha que o jogo ficou paralisado por quase uma hora devido a dois trovões) o cansaço foi batendo e ele dobrou a nossa marcação pela esquerda, colocando Vanderlan.

E isso acabou com as poucas chances de reação que a equipe egípcia ainda possuía.  

MAURÍCIO – MUITO BOM
NOTA 6,5

Sua entrada já no intervalo foi um golaço de Abel Ferreira. Rendeu muito, mas muito mais do que Veiga e ainda deu o passe perfeito para Flaco López marcar o segundo.

EMI MAERTÍNEZ – REGULAR
NOTA 5

Entrou no lugar de Aníbal Moreno e se limitou à marcação em nosso meio-campo..

FLACO LÓPEZ – MUITO BOM
NOTA 6,5

A primeira jogada que fez foi furar em frente ao goleiro e perder uma ótima chance de abrir o placar. Mas, com personalidade, permaneceu firme em campo, teve qualidade para marcar o segundo e levou bastante perigo à zaga egípcia.

PAULINHO – REGULAR
NOTA 5

Jogou cerca de 20 minutos, e na única vez em que poderia criar alguma coisa em um contra-ataque, perdeu a bola. Está muito longe do jogador que um dia já encantou o País.

VANDERLAN – RUIM
NOTA 4,5

Entrou para dobrar a marcação pelo lado esquerdo, pois Piquerez estava “amarelado”. Não é atacante, mas isso não lhe dá o direito de perder o gol que perdeu e que poderia nos ter feito falta hoje. Tomara que não nos faça falta ao fim desta fase da Copa do Mundo.

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS