Flaco López brilha bem perto do céu e faz Palmeiras sorrir na Libertadores

 

Meus amigos.

Em 25 de julho de 1993, o Brasil perdeu pela primeira vez em toda a história das Eliminatórias para a Copa do Mundo. O algoz dos, então, ainda apenas tricampeões mundiais foi a Bolívia, que venceu por 2 a 0 e ainda desperdiçou um pênalti. O local? Estádio Hernando Siles, na capital do país. Naquele sábado, este jornalista viveria a pior de todas as suas experiências em um estádio de futebol, pois mesmo contando, na época, apenas 25 anos, nunca mais passaria tão mal quanto naquela tarde – uma dor de cabeça que parecia anunciar um AVC, uma fadiga muscular compatível à pior de todas as dengues e uma falta de ar semelhante a que voltaria a sentir muitos anos mais tarde, quando tive Covid-19.

Contei esta história para que todos vocês pudessem ter uma ideia do tamanho da vitória obtida pelo Palmeiras nesta quinta-feira, no mesmo local onde a Seleção Brasileira conheceu sua primeira derrota de sua história em jogos válidos por aquela competição. Se estar a mais de 3.900 metros de altitude já é uma tarefa inglória, imaginem então correr por mais de 90 minutos em busca de um resultado positivo. O placar de 3 a 2 que impusemos ao Bolívar/BOL, embora não tenha sido nosso primeiro triunfo no local (já havíamos vencido outras duas vezes, em 1974 e em 2020) é daqueles resultados memoráveis que – e isso é ainda melhor – servem de impulso para que uma equipe ganhe ainda mais confiança na busca por seus objetivos.

E sabem o que é ainda melhor? O resultado foi pra lá de merecido. Mesmo tendo sofrido o empate após estar vencendo por 2 a 0, o Verdão foi superior ao adversário na maior parte do jogo, e nem mesmo após levarmos o segundo gol deixamos nos abater – apenas quatro minutos depois já vencíamos novamente. Isso só foi possível graças a dois motivos: o primeiro foi a entrega tática da equipe, muitíssimo bem montada por Abel Ferreira no já conhecido esquema 3-4-3; e o segundo foi a união mostrada por todos os nossos jogadores, que correram uns pelos outros, que jogaram uns pelos outros e que, justamente por isso, venceram uns pelos outros.

Mais uma vez, os deuses do futebol resolveram nos surpreender e vimos um Flaco López raramente visto desde que chegou à Academia de Futebol. O centroavante foi o melhor em campo não só pelo gol que marcou após falhas bisonhas do zagueiro e do goleiro adversários, mas porque foi mais um a colocar o coletivo acima do individual. Que maravilhoso seria se ele fosse sempre assim…

Claro que não ganharemos todos os jogos, pois nenhum time do mundo consegue tal façanha. Mas também é claro que esta 7ª vitória consecutiva insere em cada peito alviverde uma gigantesca dose de orgulho e um quê a mais de esperança de que dias ainda mais felizes estão por vir.

Para tanto, basta ao Palmeiras repetir onde jogar a mesma atitude que vimos na altitude.

P.S.: Caso alguém não tenha entendido o título desta crônica pós-jogo, segue a explicação: trata-se de uma adaptação do nome de um sucesso de Roberto Carlos, “A Paz do seu Sorriso”. 

 

WEVERTON: ÓTIMO
NOTA 7

BRUNO FUCKS: REGULAR
NOTA 5

GUSTAVO GÓMEZ: MUITO BOM
NOTA 6,5 

PIQUEREZ: MUITO BOM
NOTA 6,5

GIAY – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5 

EMI MARTÍNEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

ANÍBAL MORENO: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

VANDERLAN: BOM
NOTA 6

ESTÊVÃO: MUITO BOM
NOTA  6,5

FLACO LÓPEZ: EXCELENTE
NOTA 8

FACUNDO TORRES: MUITO BOM
NOTA 6,5

ABEL FERREIRA: ÓTIMO
NOTA 7

 

MAURÍCIO: MUITO BOM
NOTA 6,5

 

FELIPE ÂNDERSON: REGULAR
NOTA 5

BENEDETTI: BOM
NOTA 6

LUCAS EVANGELISTA: SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

ALLAN – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA 

 

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS