Perfeito, Palmeiras vira de forma épica sobre LDU/EQU e garante vaga em nova final de Libertadores
CARLOS MIGUEL: REGULAR
NOTA 5
Quais nota e avaliação poderia aplicar a um jogador que, devido à inexistência ofensiva adversária, não praticou uma só defesa importante em todo o jogo? Só apareceu, mesmo, quando deu chutões para o ataque.
Atuou como zagueiro pela direita mas, muitas e muitas vezes, foi o ala pelo setor. Teve uma atuação elogiável, seja pelos ótimos lançamentos que fez como pelo gol que marcou, tal qual um centroavante fosse.
 GUSTAVO GÓMEZ: BOM
NOTA 6
Teve a liderança que já conhecemos e, percebendo que pouco ou quase nada poderia ajudar na marcação, já que a LDU/EQU não atacava, foi muitas vezes mais um atacante do que um zagueiro
MURILO – SATISFATÓRIO NOTA 5,5
Não foi mal, mas poderia ter aproveitado que o time jogava com três zagueiros para iniciar mais jogadas pelo lado esquerdo da nossa defesa.
 ALLAN: EXCEPCIONAL
NOTA 9
Para lhes ser sincero, nem me lembro de quando um lateral/ala jogou tanto pelo Verdão quanto este rapaz jogou hoje (talvez só na época de Arce, e olhe lá). Ele foi brilhante, seja ao cruzar para o gol de Ramón Sosa, seja pelo pênalti que sofreu em jogada de absoluto talento individual, seja por todos os lances de que participou, sempre como protagonista. E poderia ter feito nosso terceiro gol ainda no primeiro tempo não fosse o indesculpável egoísmo de Vítor Roque. Se estamos na final da Libertadores, devemos muito ao que Allan jogou hoje.

ANDREAS PEREIRA: ÓTIMO
NOTA 7
Talvez vocês estranhem a nota e a avaliação acima, já que de fato ele não apareceu muito para a torcida. Mas sua entrega à equipe ao ser, até quase os 40 minutos do segundo tempo, o único jogador de marcação em nosso meio-campo, aliada ao fato de ter iniciado muitas jogadas ofensivas explicam tal análise.
MAURÍCIO – REGULAR
NOTA 5
Dentre os titulares, foi o único que destoou. Não que tenha jogado mal, mas realmente não é um jogador de raça, de vibração e, portanto, não era o nome mais indicado para começar o jogo. Parece render mais quando começa na reserva e entra no decorrer das partidas.
PIQUEREZ  – BOM
NOTA 6
Com Sosa bem aberto pela esquerda, quase sempre que apoiou o fez fechando pelo meio. Mas também conseguiu algumas boas jogadas e bons cruzamentos pela lateral.
FLACO LÓPEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Teve uma atuação abaixo das que vinha tendo, mesmo apresentando boa movimentação e bastante presença dentro da área.

VÍTOR ROQUE: MUITO BOM
NOTA 6,5
Ok: recebe a nota e a avaliação acima porque deu duas assistências que terminaram em gols – o de Bruno Fuchs e o primeiro de Raphael Veiga. Mas além de errar todos os chutes que deu a gol, no fim do primeiro tempo ainda foi fominha e não passou a bola que Allan havia lhe tocado após jogada magistral, preferindo chutar e, desta forma, desperdiçando aquele que seria nosso terceiro gol.
RAMÓN SOSA: ÓTIMO
NOTA 7
Depois de perder uma ótima chance na semana passada, hoje se redimiu não apenas pelo gol de cabeça que marcou mas também pelo cruzamento que originou nosso segundo gol. Sua saída foi, em minha opinião, o único erro de Abel Ferreira na partida.
ABEL FERREIRA: EXCELENTE
NOTA 8,5
Meus amigos.
“Que os gols que hoje não deram as caras na Arena Palestra Itália sejam fartos no próximo jogo. E, claro, que sejam todos eles verdes e brancos”.
Foi desta forma que terminei minha crônica pós-jogo do último domingo, quando não saímos do zero diante do Cruzeiro/MG. Por isso, fiz questão de iniciar a desta quinta-feira lembrando esta frase – não para sugerir que sou uma espécie de “Mãe Dinah” ou algo semelhante, mas para lhes mostrar que o futebol – ah, esse danado! – muitas vezes nos dá indícios do que virá pela frente.
Comecei a ter certeza absoluta de que chegaríamos a mais uma final da Copa Libertadores da América (por sinal a 7ª, recorde dentre os clubes brasileiros) quando vi a formação tática (3-4-3) e a escalação inicial que nosso treinador definiu. Ao surpreender e colocar na ala direita (mas muitas vezes também na ponta direita) o jovem Allan, ele certamente quebrou todas as expectativas de Tiago Nunes, que jamais poderia imaginar que, mesmo tendo à disposição dois laterais para o setor,
Outro ponto elogiável de Abel Ferreira foi tornar Bruno Fuchs o primeiro zagueiro mas, sempre que tínhamos a bola, fazer dele nosso ala pelo setor direito. Não à toa, o jogador que chegou em troca de Caio de Paulista (aliás, mais uma vez: muito obrigado, Atlético/MG) foi um dos destaques da equipe tanto na marcação quanto nos lançamentos e, hoje, de novo também no gol que fez.
Confesso que me surpreendi quando, já aos 18 minutos da etapa final e vencendo por apenas 2 a 0, o técnico palmeirense resolveu mexer no time. E foi aí que ele, de uma única vez, acertou der novo mas também cometeu aquele que, em minha opinião, foi seu único erro na noite: ao trocar o insípido Maurício pelo “mordido” Raphael Veiga ele deu uma injeção de ânimo ainda maior no time, mas ao sacar Ramón Sosa e colocar em campo Felipe Ânderson fez com que perdêssemos um pouco da força que apresentávamos pelo setor esquerdo. Graças a Deus isso não nos causou maiores danos.
Mas o que mais me chamou a atenção no português não foi nem sua excelente atuação no comando do Verdão nesta quinta-feira, mas a certeza de que o time iria reverter uma desvantagem-monstro sofrida no Equador. Com frases como “90 minutos é muito tempo no Allianz” ou “Viveremos uma noite mágica na próxima quinta-feira”, tiradas sei eu lá de onde, ele fez com que cada atleta e cada torcedor acreditassem piamente em mais uma virada épica, bastante comuns em nossa história porém, ainda mais, desde que ele chegou, há exatos cinco anos.
Sendo assim, prezado palmeirense, estamos a um jogo do tetracampeonato da mais importante competição do continente. Iremos conquistá-lo? Não sei – nosso adversário também tem um time fortíssimo, como sabemos. Mas podemos ser os donos da América do Sul mais uma vez? Com toda a certeza.
Afinal, nos últimos anos, têm sido muitas as noites – e também os dias – do orgulho verde.
GIAY – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA
Jogou apenas poucos minutos, sem tempo para ser analisado.
RAPHAEL VEIGA – EXCELENTE
NOTA 8
Após o jogo do último domingo, disse que começava a temer, e muito, pelo futuro deste rapaz no Palmeiras. Hoje, porém, ele saiu do banco e simplesmente garantiu a nossa classificação – primeiro com um passe magistral para Vítor Roque, que lhe devolveu a bola em ótimas condição para marcar, e depois cobrando o pênalti que nos livrou… da cobrança de pênaltis (sempre um perigo para o nosso time, como todos vocês sabem). Tomara que a partir de agora volte a jogar o que já jogou em em muitos e muitos jogos – exatamente o jogou hoje.
ANÍBAL MORENO – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA
Jogou apenas alguns minutos, sem tempo para ser analisado.
FELIPE ÂNDERSON – SATISFATÓRIO NOTA 5,5
Não entendi sua entrada no jogo, pois Sosa estava muito bem. É mais um jogador com qualidades, mas que não tem a vibração necessária para jogos decisivos. Pelo menos tentou um chute que levou perigo.
KHELLVEN – REGULAR
NOTA 5
Entrou quando já vencíamos por 3 a 0 e apenas ocupou o espaço que na lateral direita. Não contribuiu muito, mas também não atrapalhou.
IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS – NELSON ALMEIDA/AFP




























31/10/2025 at 8:42
Bom dia, Márcio.
O que foi esse espetáculo apresentado pelo Palmeiras no Allianz?
A última vez que vi tamanha atuação do Verdão foi quando perdíamos para o Botafogo/RJ por 3 a 0 em jogo do segundo turno do campeonato brasileiro de 2023 e tivemos a façanha de virar para 4 a 3, sagrando-se campeão brasileiro daquele ano.
Eu não sei o que foi que a comissão técnica colocou na água dos jogadores, mas os caras estavam “pilhados”, com sangue nos olhos. O time entrou em campo obcecado pela vitória e absolutamente ciente de que a virada seria plenamente possível.
E sabe o que é melhor? Nenhum dos gols marcados gerou polêmica, foram todos criados pela nossa equipe das mais diferentes formas sem a interferência do VAR. Vitória com “V” maiúsculo e classificação que enche de orgulho os corações dos milhares de Palmeirenses espalhados pelo mundo.
Não existe justiça no futebol, mas merecíamos esta classificação à final pelo que fizemos ao longo da competição. O Palmeiras jogou muito mal uma única partida e ser desclassificado por causa dessa atuação seria um tremendo banho de água fria em tudo que havíamos feito.
Agora chega de sofrer, pelo amor de Deus! Ser o time da virada é bonito só na música da torcida, porque para quem assiste é sensação de infarto todos os jogos. Sei que existem dias de luta e dias de glória – como dizia nosso saudoso Chorão, da banda Charlie Brown Jr. – mas chega de dias de luta e que venham os dias de glória.
E por falar em glória, a Glória Eterna está bem ali, em Lima.
Um abraço.
Valter