VÍTOR. OU VITÓRIA.

Assim como o filme de Hollywood, centroavante brilha e garante três pontos ao Palmeiras

Meus amigos.

O filme “Victor ou Victoria”, dirigido por Blake Edwards e estrelado por Julie Andrews e James Garner, conta a história de Victoria Grant, uma cantora lírica desempregada que, para voltar ao estrelato, aceita se passar por homem, o Conde Victor Grezhinski. A comédia foi indicada a sete Oscar’s em 1983 e ganhou o de melhor Trilha Sonora Original.

Lembrei-me desta obra, à qual assisti nos cinema em meus tempos de adolescência, assim que vi mais uma atuação de Vítor Roque. Hoje, assim como já acontecera em partidas recentes, o centroavante novamente foi o jogador que mais se entregou, que mais lutou e que mais buscou a vitória. E, desta vez, foi agraciado não com apenas um gol, mas sim com um golaço, que garantiu mais três pontos ao Palmeiras.

Apesar de ainda não ter apresentado no Verdão o futebol que todos sabemos que ele jogar e que levou o Barcelona/ESP a pagar 35 milhões de euros em julho de 2023 ao Atlético/PR, a verdade é que o ainda jovem atacante – tem apenas 20 anos! – tem sido praticamente o único nome do nosso elenco a ser preservado de críticas por parte da Imprensa e da torcida, esta não sem razão muito decepcionada com o futebol que a equipe vem apresentando nesta temporada.

Se mantiver – e há de manter – esta entrega, esta luta e esta busca, o camisa 9 palmeirense tem tudo para ser, de fato, aquele comandante de ataque do qual tanta falta sentimos desde que Endrick nos deixou.

Tomara que, desta forma, muito em breve Vítor seja sempre sinônimo de vitória.  

WEVERTON: REGULAR
NOTA 5

Não teve culpa no golaço de que sofreu, mas se estivesse um passo atrás talvez o tivesse evitado. É melhor começar a tomar mais cuidado, pois um grande goleiro chegará nesta semana – e vai querer tomar o seu lugar.

GIAY: REGULAR
NOTA 5 

Um lateral que pouco apoiou e, nas raras vezes que o fez, preferiu tocar de lado a cruzar a bola. Mas defensivamente não foi mal.

GUSTAVO GÓMEZ: MUITO BOM
NOTA 6,5

Hoje bem melhor que nas últimas partidas. Destacou-se sobretudo pelos desarmes e antecipações. 

MICAEL – REGULAR
NOTA 5

Parece ter sido um dos que mais sentiu a pressão pós-eliminação na Copa do Brasil. Esteve visivelmente nervoso, mas deu sorte que o Ceará/CE atacou com apenas um jogador, Pedro Raul – justamente a quem ele teve como missão marcar.

PIQUEREZ: RUIM
NOTA 4,5

Foi bem no primeiro tempo, sobretudo no apoio. Mas infelizmente falhou no gol dos caras e, depois disso, se abateu.

ANÍBAL MORENO: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Após eliminar com sua imbecilidade o nosso time da Copa do Brasil, mostrou personalidade para iniciar o jogo desta fria tarde de domingo como titular. Não teve uma grande atuação, mas pelo menos desarmou e iniciou uma ou outra jogada ofensiva.

LUCAS EVANGELISTA: BOM
NOTA 6

No Palmeiras joga como segundo volante de marcação, e não como segundo volante de armação, função que o fez se destacar no Bragantino/SP. Hoje, contudo, foi bem exercendo esta nova missão.

MAURÍCIO – BOM
NOTA 6

Toca pouco na bola, aparece pouco no jogo, mas sempre está presente em lances perigosos ou decisivos. Hoje, isso de novo aconteceu, pois foi dele o passe preciso para Vítor Roque marcar o gol da virada e da vitória. 

FACUNDO TORRES – REGULAR
NOTA 5

Atuou pela direita mas, como sempre, fechou bastante pelo meio a fim de tentar as finalizações, mas não as conseguiu. Valeu pela ajuda na marcação nas poucas vezes em que o Ceará/CE atacou.

VÍTOR ROQUE: ÓTIMO
NOTA 7,5

Um jogador que luta em todas as bolas, que recupera algumas que parecem perdidas e que dá um trabalho infernal a seus marcadores. Assim tem sido o nosso camisa 9, hoje o melhor jogador não só do Palmeiras como de toda a partida.

RAMÓN SOSA – RUIM
NOTA 4,5

Talvez devido à pressão da torcida e, talvez, também ao vandalismo do qual foi vítima nossa Academia de Futebol na madrugada de sábado para domingo, hoje se escondeu em campo e não fez nada de útil.

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ABEL FERREIRA: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Nosso treinador optou, corajosamente, por definir como titulares na partida deste domingo os mesmos que iniciaram o jogo de quarta-feira passada. Como o Palmeiras ganhou, ficou tudo certo, mas se a vitória não tivesse nos sorrido certamente teria de explicar tal decisão, já que alguns jogadores estavam visivelmente nervosos e este sentimento, aliado à fortíssima marcação do adversário, quase nos complicou a vida.

Mas o que menos gostei na atuação der Abel Ferreira, mais uma vez, foi sua demora em alterar o time. Não jogamos absolutamente nada no primeiro tempo e, mesmo assim, ele volta com a mesma formação inicial. Aí, sofremos o gol aos 6 minutos e, aí sim, ele acha que é hora de mexer na equipe. Só que, de uma só vez, acerta e erra: o acerto foi optar por Flaco López e não sacar Vítor Roque (só faltava ele errar de novo com o nosso camisa 9), pois a presença de ambos deixou nosso ataque mais forte e também mais perigoso. Já o erro foi um absurdo: seu time está perdendo, precisa desesperadamente virar o jogo e ele manda a campo um jogador reconhecidamente lento, sem vibração e apático como Felipe Ânderson? 

Assim fica difícil…

EMI MARTÍNEZ – REGULAR
NOTA 5

Entrou no fim do jogo para dar um “help” a Aníbal Moreno. Não teve tempo para mostrar nada de mais importante.

ALLAN – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Deveria ter ido a campo logo após o time nordestino ter aberto o placar, mas só entrou aos 39 do segundo tempo. Deu uma força em nossa intermediária defensiva direita. 

FLACO LÓPEZ – MUITO BOM
NOTA 6,5

Entrou com personalidade, criou boas jogadas, participou do lance do pênalti e o converteu com um golaço, chutando no ângulo. Quem dera fosse sempre assim…

FELIPE ÂNDERSON – REGULAR
NOTA 5

Sua entrada em campo logo após termos ficado atrás do placar não se justifica. Não atrapalhou, é verdade, mas também não ajudou em muita coisa. Jogador sem vibração, lento em demasia.

KHELVENN – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas sete minutos, sem tempo para ser avaliado.

  

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

6 Responses to VÍTOR. OU VITÓRIA.

  1. robertoalfano

    Boa tarde caro Trevisan, uma vitória mais que importante, pois mesmo jogando mal, ganhamos de virada e o que interessa é a vitória, agora para o próximo jogo da Libertadores tem que mostrar muita raça e não cometer erros!!!!!

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Para o jogo de quinta, no Peru, basta não ser incompetente.

      O Universitário/PER é bem mais fraco do que a gente.

      Abs.

  2. 3 pontos ótimos.
    Futebol do Palmeiras nota 5,1
    Justiça seja feita, foi o Flaco Lopes quem lançou o Mauricio na direita pro Mauricio centrar a bola pro Vitor Roque no 2° gol.
    Weverton = se a bola não for contra o corpo dele, ou passar a 3 cm da ponta dos seus dedos, “É CAIXA ” !
    Vem logo Gigante de 2,05 m de haltura, ex-goleiro do time da marginal sem n° !
    Felipe Anderson. = só tem 1 solução, DOAR imediatamente o cidadão pro futebol das Arábias

    Abçs.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Também fiquei contente com a contratação de Carlos Miguel, pois creio que a partir do ano que vem será ele o nosso goleiro titular (mesmo com Weverton tendo contrato até o fim de 2027). Mas, para o seu próprio bem, o gigante terá de arrumar uma explicação bem convincente sobre as bobagens que disse e cantou em seus tempos de Marginal s/nº fundos.

      Em relação a Felipe Ânderson, foi o que eu disse aí embaixo para o Valter: se optar pela rescisão contratual, o Palmeiras terá de lhe pagar tudo o que está previsto em contrato até que este se encerre, já que a decisão não terá caráter justificado (ou seja a famosa justa causa). Além disso, o atleta poderá processar o clube na Justiça Comum, alegando prejuízo de sua imagem – e terá gigantescas chances de ganhar. Assim, creio que o melhor seja uma conversa no fim deste ano com o staff do jogador para tentar uma saída amigável.

      Abs.

  3. Bom dia, Márcio

    Essa vitória foi fundamental ao Palmeiras, pois se tivesse perdido teríamos um ambiente insustentável. Não que o ambiente esteja tranquilo, mas estamos com o queixo fora da lama. Vitória boa, mas que não apaga o mau momento.

    Abel tem uma mania: ele não desiste dos jogadores. Prova disso é a manutenção do Aníbal Moreno no time – se tivesse sacado o cara, ele teria definitivamente queimado o atleta – e esta insistência irritante por Felipe Ânderson.

    Eu carrego comigo o pensamento de que as pessoas merecem ser ajudadas, mas estas mesmas pessoas precisam mostrar um mínimo de interesse em querer e serem merecedoras de ajuda. Após um ano no clube, eu não vejo isso neste cidadão chamado Felipe Ânderson e esta uma das razões que classifico o trabalho do Sr. Anderson Barros como extremamente passivo. Felipe Ânderson é um exemplo de atleta cujo contrato já deveria ter sido rescindido há tempos.

    Pergunta capiciosa para você, Márcio: renovamos com Abel ou buscamos um novo treinador?

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Concordo com tudo o que você disse sobre Felipe Ânderson, mas vou defender nosso diretor neste caso: na Itália, o cara jogava todas e jogava bem. Não sei explicar por que caiu tanto de rendimento, mas talvez seja algo relacionado à sua vida pessoal que ficou sem ser resolvido na Europa.

      Quanto à rescisão contratual do atleta, não é bem assim que a banda toca. Se optar por isso, o Palmeiras terá de lhe pagar tudo o que está previsto em contrato até que este se encerre, já que a decisão não terá caráter justificado (ou seja a famosa justa causa). Além disso, o atleta poderá processar o clube na Justiça Comum, alegando prejuízo de sua imagem – e terá gigantescas chances de ganhar. Assim, creio que o melhor seja uma conversa no fim deste ano com o staff do jogador para tentar uma saída amigável.

      Por fim, em relação à permanência ou não de Abel Ferreira até o fim de 2027, vou resumir em poucas palavras: tudo nesta vida chega uma hora em que acaba.

      Abs.

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