CAP. 102: PALMEIRAS, O SUPERCAMPEÃO – PARTE II

O primeiro jogo decisivo do Campeonato Paulista de 1959 aconteceu no dia 5 de janeiro do ano seguinte, uma terça-feira à tarde (estranho, não? Pois é…). Em um Pacaembu com mais de 38 mil pagantes, viu-se uma partida bastante disputada dado o equilíbrio entre Palmeiras e Santos. 

Zequinha

Pelé – sempre ele! – abriu o placar para nossos adversários aos 22 minutos do primeiro tempo. Mas o bravo volante Zequinha (um jogador à frente de seu tempo pois, mesmo sendo um atleta de marcação apoiava o ataque sempre que via uma brecha) empatou para o Verdão ainda na etapa inicial – seu gol foi aos 34 minutos. Nos últimos 45 minutos, muito embora tanto Peixe quanto Verdão tivessem tido a chance de fazer o gol da vitória, o empate prevaleceu. 

O 1 a 1 do primeiro jogo decisivo deu ainda mais emoção ao Campeonato Paulista de 1959 pois, caso uma das equipes vencesse a partida seguinte, em 7 de janeiro, seria declarada a grande campeã. Curiosamente, o público nesta partida foi um pouco menor (aproximadamente 34 mil torcedores), mesmo com o jogo sendo disputado à noite (vá entender…). 

Chinesinho

Pior para quem não foi, pois o encontro entre palmeirenses e santistas se tornou ainda mais emocionante. Pepe, cobrando uma penalidade máxima, fez 1 a 0 para o Santos aos 25 minutos do primeiro tempo. Na etapa final, o Palmeiras voltou com tudo e, logo aos 3 minutos, conseguiu o empate através de um gol contra do zagueiro Getúlio. Arrasador, apenas dois minutos mais tarde o craque Chinesinho levou a torcida palmeirense ao delírio, virando o jogo. 

A partir de então, o técnico Oswaldo Brandão orientou nossa equipe a segurar o resultado e só atacar quando as condições melhor se lhe apresentassem. Só que o Peixe não tinha apenas um ataque excelente, mas também uma defesa sólida. Resultado: além de não permitir que nossos craques chegassem com facilidade à meta defendida por Laércio, ainda deram mais confiança para que Pelé e seus amigos viessem pra cima do nosso time. E de tanto insistir, quando faltavam apenas 10 minutos para o fim do clássico o ponta Pepe, mais uma vez e de novo de pênalti, deixou a sua marca. 

Ao apito final de Catão Montez Júnior, o 2 a 2 no placar no Pacaembu obrigou a realização de mais um jogo decisivo. E se chegou à conclusão de que Palmeiras e Santos eram tão fortes, mas tão fortes, que não disputavam o título do Paulistão, e sim de um “Super Paulistão”. 

Em nosso próximo encontro, recordaremos a história desta grande finalíssima.

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