Conforme combinamos em nosso mais recente encontro, voltamos a falar nesta seção da inesquecível campanha do Verdão no Campeonato Paulista de 1950. Sem dúvida alguma, uma das mais lindas páginas de toda a história alviverde.
Pois bem. Veio o segundo turno e a diferença pró-Palmeiras em relação ao São Paulo aumentou um pouquinho logo na primeira rodada, quando ganhamos do Juventus (3 a 1) e aproveitamos o empate do adversário com o Jabaquara por 1 a 1. Mas tal vantagem, que voltaria a cair para um ponto na rodada seguinte, se manteria na terceira mas mudaria de dono na quarta etapa do returno. Nela, perdemos por 3 a 1 para a para a Portuguesa de Desportos e vimos o Tricolor golear o XV de Piracicaba -3 a0 – e passar, desta forma, um ponto à nossa frente (24 a 23).
Seguidos tropeços palmeirenses acompanhados de sucessos são-paulinos em série do Tricolor foram nos deixando cada vez mais longe das faixas e a eles cada vez mais perto do tri. E a vantagem são-paulina chegou a praticamente inalcançáveis três pontos (30 a 27) quando faltavam apenas três partidas para o fim do torneio.
Esta larga margem acabou sendo prejudicial ao Tricolor, que inquestionavelmente amoleceu. Derrotas para o frágil Ypiranga e para o Santos, ambas por 2 a 1, respectivamente na antepenúltima e na penúltima rodadas, colocaram fim à hegemonia do time que então era do Canindé, já que o Palmeiras, nas mesmas datas, se recuperou e ganhou duas seguidas:1 a 0 no XV de Piracicaba e3 a 0 na Portuguesa Santista.
Caprichosamente, como se previsse antes de ser elaborada, a tabela marcava em sua última rodada o clássico entre… Palmeiras e São Paulo! Nós, com 31 pontos, precisávamos apenas do empate para ficar com a taça e impedir o sonhado tri dos rivais, que pararam nos 30 pontos. Em campo, nossa maior arma era Jair Rosa Pinto. Sacado pelo técnico Ventura Cambon durante boa parte do campeonato, ele voltou ao time no jogo decisivo.
E foi fundamental, como você poderá comprovar no próximo capítulo de “Nossa História”.
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