Em meio a muita discussão, clube resolve construir o novo Parque Antártica
Como já tivemos a oportunidade de relembrar em encontros anteriores, o Palestra Itália caminhou de forma apenas regular no Paulistão de 1929, terminando-o em 3º lugar. Devido ao surgimento do Campeonato Brasileiro de Seleções Regionais, o certame paulista foi disputado em turno único, o que evidentemente atrapalhou a vida palestrina. A nos compensar, apenas, o título nacional ganho pela equipe bandeirante, que tinha em seu onze titular dois alviverdes: o médio central Gogliardo e o ponta-direita Ministrinho.
Naquele mesmo ano, porém, algo muito importante em nossa história começou a nascer. Desde 1920, quando adquiriu da Companhia Antarctica Paulista toda a área do chamado Parque Antarctica, a diretoria do Palestra Itália tinha um sonho: construir no local o mais moderno e seguro estádio de futebol do País. Claro que lá já existia, havia muito, o campo onde nossa equipe mandava suas partidas, mas ele era apenas isso: um campo, e nem de longe correspondia aos ideais de grandeza que nosso clube carregava desde seu nascimento.
Porém, unanimidade entre italianos é algo quase impossível, certo? Daí que, dentro do clube, existiam duas correntes: uma insistia para que o campo fosse reformado e no mesmo local se construísse o estádio; outra, também bastante numerosa, desejava que na Água Branca ficassem apenas as partes social e administrativa, cabendo ao clube, desta forma, escolher uma outra região da Cidade para construir o seu novo campo de jogo.
No fim dos anos 20, vale lembrar que São Paulo, embora já uma cidade grande, não era nem de longe a megalópole que hoje conhecemos. Uma boa prova disso foram as palavras ditas pelo conselheiro Ângelo Cristóforo, em reunião ocorrida no dia 4 de setembro de 1928, ao tomar conhecimento das duas regiões paulistanas em que se poderia erguer a obra. “Peço a todos os membros deste Conselho Deliberativo que abandonem a ideia de transferir o Palestra para as longínquas margens do Tietê ou às matas do Pacaembu, e tratem de construir o estádio na propriedade atual de Parque Antarctica”.
A distância em relação a tais locais, que hoje fazem parte do Centro Expandido do Município mas que na época eram, de fato, verdadeiras periferias, talvez tenha sido um dos principais motivos que levaram a direção do clube a optar pela construção no mesmo local onde já existia o gramado. Outra razão, claro, foi financeira: escolhendo o Parque Antarctica para ser o lugar definitivo do novo estádio, se economizou uma boa quantia em dinheiro, pois não foi preciso adquirir outra área.
Desta forma, foi lançada em 10 de março de 1929 a pedra fundamental do nosso campo, cujo nome oficial seria mantido: Estádio do Parque Antarctica. Naquele dia, uma partida amistosa com o Botafogo/RJ se seguiu à solenidade, mas nela o Verdão não se deu bem e foi derrotado por 3 a 2.
ATENÇÃO: ESTA É UMA OBRA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL, SENDO PROIBIDA SUA DIVULGAÇÃO TOTAL OU MESMO PARCIAL SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. OS INFRATORES SERÃO RESPONSABILIZADOS CRIMINALMENTE.













