CAP. 44: A PRIMEIRA REFORMA DA NOVA CASA

Em meio a muita discussão, clube resolve construir o novo Parque Antártica

Como já tivemos a oportunidade de relembrar em encontros anteriores, o Palestra Itália caminhou de forma apenas regular no Paulistão de 1929, terminando-o em 3º lugar. Devido ao surgimento do Campeonato Brasileiro de Seleções Regionais, o certame paulista foi disputado em turno único, o que evidentemente atrapalhou a vida palestrina. A nos compensar, apenas, o título nacional ganho pela equipe bandeirante, que tinha em seu onze titular dois alviverdes: o médio central Gogliardo e o ponta-direita Ministrinho. 

Naquele mesmo ano, porém, algo muito importante em nossa história começou a nascer. Desde 1920, quando adquiriu da Companhia Antarctica Paulista toda a área do chamado Parque Antarctica, a diretoria do Palestra Itália tinha um sonho: construir no local o mais moderno e seguro estádio de futebol do País. Claro que lá já existia, havia muito, o campo onde nossa equipe mandava suas partidas, mas ele era apenas isso: um campo, e nem de longe correspondia aos ideais de grandeza que nosso clube carregava desde seu nascimento. 

Porém, unanimidade entre italianos é algo quase impossível, certo? Daí que, dentro do clube, existiam duas correntes: uma insistia para que o campo fosse reformado e no mesmo local se construísse o estádio; outra, também bastante numerosa, desejava que na Água Branca ficassem apenas as partes social e administrativa, cabendo ao clube, desta forma, escolher uma outra região da Cidade para construir o seu novo campo de jogo. 

Arquibancadas do Parque Antarctica antes da primeira grande reforma

No fim dos anos 20, vale lembrar que São Paulo, embora já uma cidade grande, não era nem de longe a megalópole que hoje conhecemos. Uma boa prova disso foram as palavras ditas pelo conselheiro Ângelo Cristóforo, em reunião ocorrida no dia 4 de setembro de 1928, ao tomar conhecimento das duas regiões paulistanas em que se poderia erguer a obra. “Peço a todos os membros deste Conselho Deliberativo que abandonem a ideia de transferir o Palestra para as longínquas margens do Tietê ou às matas do Pacaembu, e tratem de construir o estádio na propriedade atual de Parque Antarctica”. 

A distância em relação a tais locais, que hoje fazem parte do Centro Expandido do Município mas que na época eram, de fato, verdadeiras periferias, talvez tenha sido um dos principais motivos que levaram a direção do clube a optar pela construção no mesmo local onde já existia o gramado. Outra razão, claro, foi financeira: escolhendo o Parque Antarctica para ser o lugar definitivo do novo estádio, se economizou uma boa quantia em dinheiro, pois não foi preciso adquirir outra área. 

Desta forma, foi lançada em 10 de março de 1929 a pedra fundamental do nosso campo, cujo nome oficial seria mantido: Estádio do Parque Antarctica. Naquele dia, uma partida amistosa com o Botafogo/RJ se seguiu à solenidade, mas nela o Verdão não se deu bem e foi derrotado por 3 a 2.     

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