UM INFERNO BEM PERTO DO CÉU

Ridículo, Palmeiras é goleado em Quito/EQ. Agora, só um milagre o levará à final da Libertadores

Meus amigos.

Perder de 3 a 0 não é algo comum na história do Palmeiras. Afinal, hoje foi apenas a 88ª vez que este placar aconteceu em 6.473 jogos. Mas também não fazia muito tempo que havíamos levado paulada semelhante – foi no ano passado, diante do Fortaleza/CE.  Por isso, o que mais me assustou não foi nem o placar do jogo desta noite, mas sim a forma como a LDU/EQ o conseguiu – sem fazer muita força, sem encontrar nenhuma resistência e com uma facilidade enorme.

Ainda que a altitude de 2.800 metros seja, sim, algo a ser considerado, nem de longe pode ser utilizada como desculpa para a paulada que o nosso time levou. Pareceu até que entramos em campo com a mais absoluta certeza de que venceríamos com certa facilidade, até porque somos, indiscutivelmente, superiores ao adversário. Aliás, até mesmo o bom futebol que jogamos domingo, no Maracanã, pode ter contribuído para que a soberba se sobrepusesse e o resultado tenha sido esta vergonha que passamos. Isso sem contar, claro, com o erro tático cometido por Abel Ferreira, o qual explico em sua análise, logo mais abaixo.

Está tudo perdido? Não. Na próxima quinta, diante de nossa torcida, existe a chance de golearmos e chegarmos à decisão da Libertadores? Sim. Contudo, para que estas duas situações aconteçam, será preciso que o Palmeiras faça uma partida perfeita, que nossos erros sejam absolutamente zero e que o time equatoriano não mostre a personalidade que mostrou quando atuou fora de casa contra Botafogo/RJ e São Paulo/SP. em outras palavras, prezado palmeirense: será preciso que um verdadeiro milagre aconteça.

O bom é que milagres, às vezes, de fato acontecem.     

CARLOS MIGUEL: BOM NOTA 6

Como pode ter ido bem um goleiro que levou três gols? Simples: porque além de não ter tido culpa alguma ele ainda impediu que levássemos outros dois.

KHELLVEN: PÉSSIMO NOTA 3

Levou um banho de Medina, falhou feio no primeiro gol, inexistiu no apoio. Uma atuação para esquecer.

 GUSTAVO GÓMEZ: REGULAR NOTA 5

Teve a reconhecida raça durante todo o jogo, mas bobeou no lance do segundo gol ao permitir que a bola passasse à sua frente.

MURILO – RUIM NOTA 4,5

Outro que entregou a paçoca no lance do terceiro gol, chegando com pé mola na hora da dividida.

PIQUEREZ  – REGULAR NOTA 5

Atuou mais como terceiro zagueiro e por isso teve seu jogo comprometido, sem poder apoiar como costuma.

 EMI MARTÍNEZ: PÉSSIMO NOTA 3

Sua missão era marcar o cara que fez dois gols. Preciso explicar mais alguma coisa?

ANDREAS PEREIRA: REGULAR NOTA 5

Começou como 8, depois foi 10 e terminou como 5. Ajudou como pôde, mas esteve longe de brilhar.

RAPHAEL VEIGA – REGULAR NOTA 5

Sua escalação como titular foi mais uma aposta pelo seu histórico em jogos decisivos do que méritos próprios. Deu dois bons lançamentos, mas esteve longe de brilhar.

FLACO LÓPEZ – MUITO RUIM NOTA 4

Hoje lembrou o Flaco López de até alguns meses atrás, errando muito mais do acertando. Teve duas chances de gol, uma já nos acréscimos, cabeceando sozinho, e desperdiçou ambas.

VÍTOR ROQUE: RUIM NOTA 4,5

Foi prejudicado pelo péssimo futebol do time todo, já que praticamente não foram construídas jogadas ofensivas. Mas ainda no primeiro tempo perdeu uma boa chance e deixou a desejar.

FELIPE ÂNDERSON – BOM NOTA 6

Começo a ter pena deste cara, que está se sacrificando para ajudar o time e acaba pagando caro por isso. Hoje foi ele quem, de fato, se tornou no lateral-esquerdo, pois voltou toda hora para marcar. Só não conseguiu no último lance do primeiro tempo, quando saiu o terceiro gol dos caras.

ABEL FERREIRA:  MUITO RUIM NOTA 4

Nosso treinador cometeu nesta noite um dos maiores erros desde que assumiu o comando do Palmeiras, há quase cinco anos. Optar por escalar o time no 3-5-2, transformando Piquerez em zagueiro pela esquerda, foi uma péssima ideia, porque ciente disso o treinador da LDU/EQ, o brasileiro Tiago Nunes, escalou seu time no 5-3-2, sendo que estes dois atacantes eram justamente pontas. Com isso, anulou por completo a ideia inicial de jogarmos com alas, pois tanto Khellven quanto Felipe Ânderson tinham de se manter muito mais na marcação do que no apoio. Não à toa, o primeiro gol dos caras saiu pelo lado direito da nossa defesa, e o terceiro pelo lado esquerdo.

Outro detalhe é que saímos perdendo aos 15 minutos e, apenas 11 minutos depois, levamos o segundo. Diante desta situação, seria preciso esperar até o intervalo para promover alguma alteração que pudesse ao menos amenizar o show de bola que levávamos? Tal postura do português não me surpreende, pois ele mesmo já admitiu que considera falta de respeito sacar um jogador ainda na etapa inicial. Para mim, falta de respeito é ver o buraco que Emi Martínez deixava à frente da nossa zaga ou o baile que Khellven levava de Medina e não fazer absolutamente nada.

Na coletiva pós-jogo, Abel Ferreira fez questão de frisar, e mais de uma vez, que acredita numa incrível virada na próxima quinta-feira, e acertou ao dizer o que disse – afinal, como ele mesmo salientou, 90 minutos é muito tempo. O problema é saber se ele conseguirá colocar na cabeça de cada um de nossos jogadores que isso é mesmo possível.

Queiram os deuses do futebol que ele consiga.  

GIAY – REGULAR NOTA 5

Pelo menos não permitiu a avenida que Khellven deixou no primeiro tempo. Levou um  soco na cara dado por Brian Ramírez (o qual o VAR fingiu não ter visto) e, já no fim, uma entrada criminosa do mesmo jogador, que poderia ter lhe causado uma grave contusão. 

JEFTÉ – SATISFATÓRIO NOTA 5,5

Entrou como ponta-esquerda e, também, como auxiliar de Piquerez na lateral, já que Felipe Ânderson quase morreu de tanto correr. Ajudou naquilo que sua pouca qualidade lhe permitiu.

RAMÓN SOSA – MUITO RUIM NOTA 4

Melhorou nossas jogadas pela direita, mas com o time levando de três não tinha o direito de perde o gol que perdeu.

ALLAN – SATISFATÓRIO NOTA 5,5

Entrou com a missão de dar uma força na marcação mas, principalmente, de criar jogadas. Fez o que pôde.

BRUNO RODRIGUES – REGULAR NOTA 5

Entrou numa fria terrível, aos 36 do segundo tempo e com o time levando de 3 a 0. Não poderia, mesmo, render muito.

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

One Response to UM INFERNO BEM PERTO DO CÉU

  1. Meu caro tutor Trevisan. Eu tinha comigo que o Veiga não voltaria mais no time titular depois daquele jogo contra os bambes. Será que a comissão não entendeu que deu prá esse ex jogador ? Tá certo, todos jogaram mal mas infelizmente com o Veiga o time já entra com um a menos. E agora ? Vamos poupar os titulares contra o Cruzeiro ? Complicado hem. Abraços.

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